segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Há um ano, era assim #59

Coisas que não valem a pena.

E depois dizem que eu sou louca porque fiz uma cena por uma coisinha de nada.
Coisinha de nada agora. Há um ano atrás foi pior do que me arrancarem as unhas uma a uma.

Cada vez mais odeio esta rubrica. E hoje ODEIO mesmo.
Mas pensarei nisso daqui a duas semanas.

Adoravaaaaa


A sério, se eu soubesse trocar um pneu!! Era logo.
Depois era só ir com o pneu a uma qualquer oficina e pedir para serrar aquela coisa fora.
Com o odio que a maioria das pessoas tem à EMEL até se riam e me faziam isso de borla.

Aos bons estômagos...


...eu brindo. Parabéns!

O meu é fraco, sempre foi.
Ás vezes parece que saímos de um episódio de Gossip Girl. Aquele que já andou no chão com aquela, que agora anda com a melhor amiga que já esteve com o amigo, que já dormiu com as duas amigas, uma delas ex do melhor amigo que agora está com a outra...

"Girls who are boys who like boys to be girls who do boys like they're girls who do girls like they're boys".

E eu tenho que estar óptima porque toda gente está, é tudo normal e nós somos todos fantásticos e está-se tudo nas tintas se o meu estômago esta óptimo com isso ou não e portanto não vale a pena eu fazer drama. A minha resposta a isto é...whatever!!!
Nesta altura da minha vida não tolero coisas que não me apetece.
Tenho pena se isso soa a drama, e se tenho que estar óptima fabulosa com tudo, não quero nem saber... enrolem-se todos e não me chateiem.
É que há dias que até tem graça, o drama e o jogo de cintura e as risadas que se mandam com isto...nesta altura tenho um bocado mais com que me preocupar!

domingo, 27 de fevereiro de 2011

E tão assim...

A diferença entre uma pessoa especial e a nossa pessoa é, na maioria das vezes ligeira, talvez até quase imperceptível. Mas depois os outros dias, os poucos dias em que sabemos de certeza absoluta que uma pessoa especial não é, de todo, a nossa pessoa. E enquanto na maioria dos dias não faz diferença quase nenhuma, nos outros torna-se uma coisa tão grande e intransponível como a muralha da China.
No horizonte vejo pedra, a erguer-se alta e fria quase até ao céu.
Mas é bom. É bom porque esta pequeníssima diferença, faz toda a diferença do mundo.
Convém não esquecer!

Música do dia #25

Crescer custa caneco.
Vou estar em casa da minha mãe. Não estranhem a ausencia.
É o que tem de ser.

...

Charlotte: [...] Is it ok if I go now?
Miranda: Sure. You want me to walk with you?
Charlotte: No. I just want to be alone, ok?
Miranda: Ok. But I'll walk a little way behind you, in case you change your mind and want to talk.
Charlotte: No, I'm ok.

Charlotte walked all the way home. And even though she never turned back, she knew Miranda was behind her.

Exigências


Sou exigente.

Talvez não devesse ser, talvez devesse ficar contente com o que me dão, bater palminhas de alegria a cada pequena coisinha, mas no fundo eu sou exigente.
Não com toda gente, muito pelo contrario até com poucas, pouquíssimas pessoas. Sou exigente com as pessoas para as quais dou tudo, para aquelas que piscam e eu estou lá com chocolates e ombro amigo, para as que fico horas sem dizer nada apenas à espera do momento em que elas querem falar, para as que conheço o modo de ser e o modo de estar, para as que jamais deixarei faltar alguma coisa porque seria como me faltar a mim. Para essas pessoas eu sou exigente. E exijo o mínimo: que saibam que eu não peço ajuda (não é do meu feitio), e que estejam aqui quando eu faço o telefonema, aquele estranho para não dizer nada; que respeitem a minha forma de ser mas fiquem cá, mesmo se eu disser que é indiferente (normalmente quando eu digo "é indiferente", nunca é); que conheçam também os meus silêncios. No fundo que saibam como eu sou, e que eu não tenha de pedir um simples telefone ou uma misera mensagem.

Eu não gosto de exigir, não gosto de dizer aos meus amigos que eles estiveram mal, que deviam ter estado e não estiveram, que deviam ter perguntado e ignoraram, que olharam para o umbigo deles em vez de olharem um bocadinho para mim. Não gosto porque parece que estou a cobrar e a amizade não se cobra. Por outro lado não consigo não dizer nada, não sou essa pessoa. Se me pisam os calos eu grito. E neste momento estou aos berros e ninguém ouve, ninguém quer saber.

E depois isto passa, claro que passa. Eu sou a porreira, aquela que cá está sempre. A que nunca se chateia, que está sempre na boa. Está sempre tudo bem, impecável, óptimo...até ao dia em que não está. E nesta leva, desta vez, safaram-se poucos, muito poucos, quase nenhuns. E eu nem sei para que é que eu queria os meus amigos, eles não podem fazer nada, ninguém pode. Mas de alguma maneira sinto-me sozinha, quando toda gente me disse que eu não ia estar. Detesto que me digam coisas que não podem cumprir. Prefiro que não digam nada.

Ou então sou só eu que não estou a aguentar. A pressão e a preocupação é tanta que sinto a minha cabeça a latejar constantemente. Parece que falta alguma coisa que eu não sei o que é, ao mesmo tempo que quero fazer qualquer coisa, mas não sei o quê...não sei. Odeio não saber, detesto coisas imprevisíveis. A minha vida tem um buraco gigante, eu vejo-o já alia à frente, não tenho como fugir e caminho para ele... não sei se o vou atravessar ou se vou cair. Ninguém sabe, ninguém entende, ninguém percebe. O pior é ninguém fazer grande esforço para isso também, nem que fosse para me acompanhar no caminho. Pior ainda, é saber que por certas pessoas, se fosse ao contrario, eu as ia levar ao colo até lá. E isso custa e chateia.
Mas paciência, isto passa e eu depois esqueço-me. Eventualmente volto a ser a B. porreira que está cá para o que der e vier. Para cuidar e dar mimos e ser mãe de todos. Porque sim, porque gosto e porque não me faz sentido de outra maneira.
Não tenho muitas pessoas, tenho poucas, mas gosto de cuidar das que tenho. Só queria que às vezes elas também cuidassem de mim. Principalmente porque eu estou a precisar.

Nuvens negras


B.: Mimimimimi...blablablabla...beca beca beca...
G.: Pára. Estava aqui a ouvir-te falar sem parar e a certa altura desliguei do que estavas a dizer e só consegui pensar "ela e louca, completamente maluca". Pára de pensar. Pensas demasiado.

Talvez.
Parece que às vezes basta só gritar e deitar tudo cá para fora, desabafar todas as nossas duvidas, incertezas ou certezas mais do que absolutas. Dizer que sim e que não ao mesmo tempo, que é esquerda e direita, que se está bem enquanto não se para de chorar, que não sabemos. Finalmente baixamos os braços e admitimos que não sabemos! Por mais voltas que se dê, há certos sentimentos que não fazem sentido, que não se expressam por palavras, que são misturas de medos, certezas, duvidas, inseguranças, amor...

E depois há o cansaço, que quando se instala vem para ficar. Que moí e irrita a principio e que depois se habitua. É simplesmente normal esperar em vão, é saber que os outros vão falhar e não lhes dar sequer uma pista, porque não vale a pena. E até podem dizer "mas senão disseres ninguém vai saber"...a verdade? It doesn't matter anymore. A partir de certa altura, já não interessa. Quando se aprende a aceitar...a aceitação mata o amor.
No final, cada um olha só para o seu umbigo e nós estamos sozinhos. Independentemente de como estamos, que dor tenhamos e de quem diga que está aqui! Não está. Estamos sozinhos.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Viagens noutros blogs #43

Subscrevo tudo...até à ultima linha!!

É óptimo que saiba escrever e falar português decentemente, partilhe alguns gostos, tenha um humor mordaz e um palmo do que quer que seja que nos desequilibra. No momento certo, nos encoste a uma parede, nos descabele e mande às urtigas todas as dúvidas tipicamente femininas se é boa ideia nos metermos em semelhante alhada. Mas não há nada mais desinteressante num homem do que a incapacidade de lutar por uma mulher. Aquela dormência de quem não quer ter trabalho porque atrás vem mais uma ou a insegurança galopante do que pensa que atrás dele também vem mais um e se calhar, ela vai achá-lo melhor. A vida de casino em que as apostas só são feitas ao de leve, nada que faça estremecer os alicerces. Ou a vida de forreta, que nem joga a melhor cartada porque já se acovardou com a possibilidade de não ganhar.
Apostem tudo ou passem.

Simple things


Ia escrever mas não consigo.
Estou tão cansada que não ia sair nada bem.

Queria dormir e acordar daqui a um mês, com um sol radioso lá fora e a minha mãe a trazer-me papa Cerelac a cama enquanto o meu irmão pulava em cima de mim a dizer "mana acordaaaa". E depois ia-me vestir, leve, qualquer saia de tecido e casaco de malha serviam, e ia dar beijinhos na praia e andar de mão dada a molhar os pés.

Só isto. Tão simples.
Como é que é possível?!

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Há um ano, era assim #56

Não fazer nada

Eu devia seriamente pensar em deixar de fazer esta rubrica.
Ridicula! Oh God...

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Quote #58


Hell yeahhh...

Viagens noutros blogs #42

Juro

não precisas de beijar outra boca para perceberes que queres a minha.

Tãooo parecido...


Ontem, a falar com a minha BFF ao telefone, lembrei-me deste episodio:

Carrie: I'm meeting Big for lunch and I didn't think you'd approve.
Miranda: Wait. You're meeting Big?
Carrie: He called. He sounded upset and he said he needs to talk.
Miranda: Since when does Big talk?
Carrie: What does that mean? He's upset about Natasha leaving...
Miranda: You know what? I'm not holding your hand through this again.
Carrie: I'm not asking you to hold my anything. We're just having lunch.
Miranda: It's a huge mistake.
Carrie: It's not a huge mistake. It’s lunch.
Miranda: Wake up, Carrie. How many more times are you gonna go through this? He is bad for you. Jesus, every time you get near him, you turn into this pathetic, needy, insecure victim. What pisses me off the most is that you are more than willing to go back for more.
Carrie: I am not going back for more and I can't even believe...I can't believe you would say that to me.
Miranda: If you start up with Big again...
Carrie: I am not starting up with Big again.
Miranda: If you do, I don't wanna know anything about it. I mean it, Carrie. No calls. No cry.
Carrie: What are you gonna do, Miranda? You’re gonna cut me out of your life like you did to Steve?
Miranda: What?
Carrie: The first sign of any little weakness or flaw, and you just write people off. My God, Miranda. You are so judgmental. You can say I'm pathetic and needy and I can't say anything to you? You know. Everybody is not as tough as you, Miranda. People... Some of us make mistakes.

E o episodio acabou assim:

Mr. Big: Stay.
Carrie: I can't.
Mr. Big: Why not?
Carrie: Because, dear friend, you and I are like that red wall. It's a good idea in theory, but somehow it doesn't quite work.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Lá está...


Estão abertos oficialmente os dois dias mensais de estupidez.

Hoje de manha olhei para o calendário e pensei "boa...safei-me este mês"...nahhhh, já estou a senti-las, às hormonas (pegas) a andarem livremente como se mandassem em tudo aquilo que eu penso, digo ou sinto. A ludibriarem-me com pensamentos luxuriosos, a enviarem-me mensagens trocadas, a fazerem-me sentir coisas estúpidas desde a ponta dos cabelos até aos dedos dos pés, a mostrarem-me a minha fragilidade como ser humano, a apontarem-me os defeitos todos um por um...ODEIO-AS!!

Mas, como sempre o melhor e deixar-me estar quietinha. Se entro na espiral só levanto a cabeça na Sexta ou no Sábado. Não quero. Portanto é ocupar a cabeça, falar pouco, escrever menos ainda, ir treinar (que ajuda sempre a liberta-las), e manter os pés no chão. Nada é tão mau como parece! Está um lindo dia lá fora...é impossível ser...

Há um ano, era assim #54

Vou contar-te um segredo

Faz sentido.

O primeiro

Vá-se lá saber porquê ultimamente "vejo-o" em todo lado.
Que é como quem diz, lembro-me dele do nada e as pessoas falam dele sem querer.
É sinistro e não anuncia nada de bom, pelo menos em todas as vezes (muitas) que aconteceu antes não anunciou.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Sinais enviados ao universo


Já há uns dias que andava a matutar nisto dos sinais que enviamos ao mundo.

Depois de 5a feira à noite o F. me ter dito qualquer coisa como eu ter ar de má e de quem dava pouca confiança, e que devia confiar mais (nele diga-se...ahahahahah), e de no dia seguinte ter comentado isto com a J. e a resposta ter sido "B. tu não deixas as pessoas à vontade, pensava que já tinhas percebido isso".

Ontem foi a gota de agua. Claramente que eu não ando a enviar sinais claros da minha situação ao mundo, porque se andasse, certas perguntas não teriam necessidade de ser feitas, seria claro como água. E, aparentemente, não é...
Fiquei aborrecida. Fiquei! Primeiro porque não tinha percebido que era esta a postura que passava e segundo porque achei que dizer alto muitas vezes para mim mesma chegava para ser aceite como facto adquirido...e não chega.
Como tal, e tendo tanto de obstinada como outras pessoas tem de teimosas, está decidido que irei começar a mandar sinais claros e evidentes ao mundo, a partir de hoje. Custe o que custar, seja cruel ou não para mim, esteja com a cabeça ali ou noutro sitio qualquer, é assim que tem de ser. Com mais um ou três copos de vodka, é assim que vai ser.

Alegrem-se meninos, os convites para jantares, almoços e lanches irão começar a ser aceites.
Se é assim que tem de ser, assim será.

Há um ano, era assim #53

Phrases XIII

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Quote #57


Que sonhooooo...

A competição


Adoro o ambiente de competição.

Cada vez que lá vou adoro aquilo. O frenesim, a ansiedade no ar, uns a torcerem alto pelos outros, os treinadores a passarem-se, a concentração dos atletas, os sorrisos, as medalhas, o óptimo de ganhar, a desilusão de perder, o lutar forte até ao limite por alguma coisa!! Adoro tudo, até as bancadas, que é onde eu estou.

Como eu disse ontem ao meu mestre "devia ter entrado para o judo mais cedo". Devia.
It's too late now!

Talvez noutra vida.

Há um ano, era assim #52

I just haven't met you yet

Ainda há principes encantados.
Espera-se pelo menos.

Rome Review

Quem me dera...

Quote #56

Do alto da minha insegurança e só porque é Domingo à noite...
É assim, é a vida! Há coisas piores!

Ela ainda não me disse.


Vejo-a passar. Olho para ela de longe, mais de perto, de outra perspectiva e não a conheço.
Não percebo as reacções, os amores repentinos, o coração na boca sabe-se lá vindo de onde os "ainda gosto de ti caneco" e os ódios, o não andar para a frente nem para trás, a indiferença repentina, o não querer saber, não volto para trás, recuso-me.

Ela explica-me diariamente o que sente. Ou pelo menos quando eu lhe tenho tempo para perguntar, porque ultimamente não tenho tido. Nem tempo nem cabeça.
Momentaneamente faz sentido mas se olhar bem para a big picture não percebo nada. Não faz sentido absolutamente nenhum.

Portanto sim, mas não. Ainda quer, mas obviamente que já não quer. É indiferente porque nunca nada muda, porque as respostas são sempre as mesmas e aparentemente é tudo igual, mas alguma coisa sabe a diferente e ela nem sequer pensa (porque não quer) pensar nisso. E é tanta coisa a acontecer ao mesmo tempo, que não há força, não há mais força. Só quer colo, damn it, só quer colo, poder ser frágil e vulnerável sem ouvir o mimimi constante do "vai correr tudo bem e tens de ser forte".

E ela sempre foi assim!! É o que tem de ser, forte e independente! E faz tudo, e faz sozinha! E depois tem de ser, porque sim, de outra maneira. Não faz sentido. E quando penso nela, sozinha, sem conseguir, como toda a gente seguir com a vida para a frente, só penso se algum dia ela vai conseguir?! A serio...tudo isto é disfuncional independentemente de qualquer que seja o sentimento, é disfuncional, e é difícil, complicado e mete medo. E por mais que bombas atómicas sejam lançadas e se espere que tudo morra a sede sozinho e que desapareça (era tão mais fácil), não...ela aqui, sentada aos pés da cama à espera de um deslize. Mas não há como vir embora, não há porque de alguma maneira torta, disforme e sem sentido nenhum resulta. Faz sentido. Faz todo o sentido. Até para mim que olho para ela de fora.

Eu é que não faço sentido nenhum. Não tenho tempo para pensar, e quando me dou ao trabalho de verificar o estado da minha vida só vejo nós a aglomerarem-se ferozmente. Tenho fé que senão olhar eles vão desaparecer, mas a realidade é que nem lhes toco, nem compreendo as minhas reacções, nem me esforço para isso. Faço o que acho que é melhor e talvez não seja, vivo para hoje, porque vivi tanto tempo a pensar num qualquer "daqui a um tempo" que acabou por se evaporar, que de facto não vale a pena pensar em nada.

Só queria conseguir andar para a frente, ou pelo menos sentir alguma melhoria. Mas suponho que para quem escolhe o caminho mais difícil é sempre assim...
Vá-se lá perceber o meu feitio. Às vezes parece que sou masoquista!

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Quote #55


Sobre a perfeita simetria com que me deparei ontem à noite...

Há um ano, era assim #49

B. and sisters...

E fomos!! E somos!!

Ódios... e o que não se explica


O amor em todas as suas formas tem coisas muito estranhas. Não se percebe, não faz sentido. Ama pelas razões erradas e odeia pelas certas.
Quando odeias, não odeias o outro, odeias a influência dele em ti. Aquela coisa que não consegues evitar, a força que não consegues parar, o pensamento que não consegues travar.
É por isso que o ódio é tão poderoso. Não é do outro, é de ti…personificas é no outro que não tem culpa nenhuma (ou às vezes até tem, mas isso são outros tantos).

Odiei muitíssimo ontem à noite. Odiei a falta de resposta do meu corpo aos estímulos externos, a falta de vontade ter qualquer conversa com quem fosse, o estúpido que é não gostar durante dias e dias e de repente, quando se tem que dar um passo em frente para tentar seguir com a vida os pés não andarem. Ficar presa ao chão a pensar “não consigo, é impossível”. E se a simples ideia me parece impossível, forçar-me então seria cruel, uma violência...
Não sei se alguém percebe (pelas opiniões de ontem pareceu-me que não) mas eu sou leal em praticamente tudo o que me lembro na minha vida, como é que posso não ser leal aquilo que sinto? Seja isso muito ou pouco, e eu acho sinceramente que é cada vez menos. Apanho-me a ter reacções que me mostram isso, o meu barómetro (ciúmes) mostra-me isso, mas…ainda não estou preparada!

Ou pelo menos o meu corpo ainda não está…

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

OTH quotes

You choose a point and you start from there. Alex Dupre.
I chose my point, almost four months ago, and I won't come back.
That's for sure!

Para manter presente.



É bom sabermos o que queremos.
Mas melhor ainda é termos sempre em mente quem nos pode/quer (ou não) dar aquilo que queremos.
Não se desperdiça recursos inutilmente.

Informo

Cada vez tenho menos paciencia para o Facebook.
Eu não sou de natureza muito cusca, mas agora cada vez lá vou menos...e não tenho pena nenhuma!!

I'm real.

Cilício Dourado

A dor física é tão miserável.
É uma tristeza...não serve para nada!
As verdadeiras algemas estão sempre na nossa cabeça, assim como a dor.
A que nos corre nas veias é sempre pior.
Isto é só show-off. Abrir feridas porque sim.
Aqui por este sitio só se fecham feridas.
Mas cicatrizar dá comichão. E eu nunca fui muito boa com o controle...
Não fosse ser obstinada estava feita!

Wear Sunscreen


Ladies and Gentlemen of the class of ’99

If I could offer you only one tip for the future, sunscreen would be it.

The long term benefits of sunscreen have been proved by scientists whereas the rest of my advice has no basis more reliable than my own meandering experience…I will dispense this advice now.

Enjoy the power and beauty of your youth; oh nevermind; you will not understand the power and beauty of your youth until they have faded. But trust me, in 20 years you’ll look back at photos of yourself and recall in a way you can’t grasp now how much possibility lay before you and how fabulous you really looked…

You’re not as fat as you imagine.

Don’t worry about the future; or worry, but know that worrying is as effective as trying to solve an algebra equation by chewing bubblegum. The real troubles in your life are apt to be things that never crossed your worried mind; the kind that blindside you at 4pm on some idle Tuesday.

Do one thing everyday that scares you.

Sing.

Don’t be reckless with other people’s hearts, don’t put up with people who are reckless with yours.

Floss.

Don’t waste your time on jealousy; sometimes you’re ahead, sometimes you’re behind…the race is long, and in the end, it’s only with yourself.

Remember the compliments you receive, forget the insults; if you succeed in doing this, tell me how.

Keep your old love letters, throw away your old bank statements.

Stretch.

Don’t feel guilty if you don’t know what you want to do with your life…the most interesting people I know didn’t know at 22 what they wanted to do with their lives, some of the most interesting 40 year olds I know still don’t.

Get plenty of calcium.

Be kind to your knees, you’ll miss them when they’re gone.

Maybe you’ll marry, maybe you won’t, maybe you’ll have children, maybe you won’t, maybe you’ll divorce at 40, maybe you’ll dance the funky chicken on your 75th wedding anniversary…what ever you do, don’t congratulate yourself too much or berate yourself either – your choices are half chance, so are everybody else’s.

Enjoy your body, use it every way you can…don’t be afraid of it, or what other people think of it, it’s the greatest instrument you’ll ever own..

Dance…even if you have nowhere to do it but in your own living room.

Read the directions, even if you don’t follow them.

Do NOT read beauty magazines, they will only make you feel ugly.

Get to know your parents, you never know when they’ll be gone for good.

Be nice to your siblings; they are the best link to your past and the people most likely to stick with you in the future.

Understand that friends come and go, but for the precious few you should hold on. Work hard to bridge the gaps in geography and lifestyle because the older you get, the more you need the people you knew when you were young.

Live in New York City once, but leave before it makes you hard; live in Northern California once, but leave before it makes you soft.

Travel.

Accept certain inalienable truths, prices will rise, politicians will philander, you too will get old, and when you do you’ll fantasize that when you were young prices were reasonable, politicians were noble and children respected their elders. Respect your elders.

Don’t expect anyone else to support you. Maybe you have a trust fund, maybe you have a wealthy spouse; but you never know when either one might run out.

Don’t mess too much with your hair, or by the time you're 40, it will look 85.

Be careful whose advice you buy, but, be patient with those who supply it. Advice is a form of nostalgia, dispensing it is a way of fishing the past from the disposal, wiping it off, painting over the ugly parts and recycling it for more than it’s worth.

But trust me on the sunscreen…

Observações pertinentes III

"Claro que vale a pena, vale sempre a pena lutarmos por aquilo que queremos"
18 anos e é isto... Novidade? Não, não vale! You're wrong, so wrong.
Isso ou eu acordei a vomitar bolas de pelo velhas logo de manha! Great!

Observações pertinentes II

Weird!
Eu pago os bilhetes para eles ficarem juntos no final...é o que tem de ser.
Para ser tudo ao contrario temos a nossa vida. Pelo menos não desiludimos ninguém (a não ser a nos próprios).
Aqui ninguém paga bilhete.

It's too bad!

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Observações pertinentes

A razão pela qual eu ainda não pus cortinas nas minhas paredes de vidro de casa e simples: assim que eu o fizer não vou mais poder estar deitada na cama a ver os aviões a passar!
E isso e uma coisa que eu aprecio muitíssimo...como agora! E a ouvir Aqualung com Brighter than Sunshine.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Best things in life...


In the end I decided I was definitely 34 going on 35, but in a city like New York, with its pace and its pressures, sometimes it's important to have a 13-year-old moment. To remember a simpler time when the best thing in life was just hanging out, listening to records and having fun with your friends.

Carrie Bradshaw

Paz de espírito


Sentada no meu sofá, de banho acabado de tomar, entregue a uma pizza que me andava na cabeça à pelo menos 1 mês e a ver uma boa série, passou-me este pensamento pela cabeça:

Com nenhum homem até hoje consegui ter a paz de espírito que tenho neste momento!
Estar tão bem comigo mesma e com os outros, que ando o dia inteiro (ou quase) a flutuar em mar calmo, não me acelerar, não me atrasar, não me importar, nada...
Nenhum até hoje. Todos sempre me trouxeram paixão assolapada, amor estúpido, taquicardia, medo de perder, falta de ar, dar dar dar sem receber, incerteza, desconfiança, ansiedade. Todos sem excepção...
Acho que foi por isso que sorri tanto ao ler o texto da Pipoca hoje:

Tenho 30 anos e não sei nada sobre o amor. Gostava de poder dizer “quem me dera ter 20 anos e saber o que sei hoje”, mas seria pretensão. Porque não sei nada. Durante muito tempo achei que amor era viver com o coração nas mãos, no pescoço, no estômago, pronto a explodir e a projectar-se em mil pedaços. Gostar, gostar a sério, aquele gostar de paixão, só podia ser isso. Viver em ânsia o tempo todo, correr atrás, pedir, implorar, pedir de novo, pôr-me em bicos de pés e anunciar a minha presença. Fazer uma gestão de danos a todo o momento, tentar não incomodar, não estar a mais, dar, dar, dar e receber quase nada em troca. Achar que esse pouco era mais do que suficiente, que mais vale pouco do que nada. E foi isso. Achei sempre que pouco era melhor do que nada. A triste realidade é essa. Já não me lembro de quantas vezes me senti remediada, assim-assim, vai-se andando. De quantas vezes parti a alma e de quantas a voltei a colar. De quantas vezes me apaixonei e de quantas jurei para nunca mais. Que as coisas do amor não eram para mim e mais valia estar quieta. Uma treta. Nunca conseguir estar quieta. E via os acidentes emocionais a darem-se e não podia fazer nada para os evitar. Nem sequer fechava os olhos para não ver. Meti-me em muitas relações sem cinto de segurança, e depois achava estranho fazer mais uma fractura no espírito. As cicatrizes que para aqui vão. A verdade é que sempre fui uma crente, uma utópica, uma arrebatada. Uma totó, a palavra não é outra. Se calhar ainda sou, mas de aliança no anelar esquerdo. Afinal, amor podia ser outra coisa que não uma sofreguidão desatada, uma correria sem meta à vista. Afinal, comecei a perceber, amor era 50/50. E dias mais calmos. E tardes no sofá. E filmes, e séries, e amigos à mesa. E conversas, e planos, e os nomes dos filhos que se quer ter. E uma conta corrente, este mês pago eu a empregada e tu a conta da luz. E dizer que um cão num apartamento nem pensar. E voltar atrás e dizer que sim, haja espaço e boa vontade. E pegar num mapa e ver quanto mundo nos falta ver. E decidir quem desce a pé os três andares para deixar o lixo, quem se arrasta para tratar da louça, quem encaminha a roupa para os armários, quem atira com a carne para o forno (ontem fui eu, hoje és tu). Gosto deste amor. Gosto muito deste amor que me dá beijos quando chego a casa, que não vive imerso em dúvidas existenciais e pós-modernas, que há já algum tempo que sabe o que quer. E que me quer a mim. Disse-o no altar, à frente de todos. Estava lá e ouvi. Retiro o que disse. Tenho 30 anos e sei quanto baste sobre o amor. Quem me dera ter 20 e saber o que sei hoje.

Sorte dela que já encontrou do amor que fala. Sorte de todos os que já encontraram.
Eu por aqui não encontrei, mas também não procuro (tudo com muita calma que ainda há muita ferida por sarar).
No entanto, já sei o que quero e o que não quero outra vez. Com mais maturidade, com mais amor próprio e com mais certeza que não me quero voltar a enganar...

A contrariar a tendencia...

a) do dia cinzento e chuvoso
b) do inicio difícil de semana
c) do ser dia dos namorados e eu não ter namorado
d) de querer fugir do amor como o diabo foge da cruz
e) de ter 1000 coisas a preocupar-me
f) de estar a começar a sentir o vazio da falta de alguém

Não quero saber...

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Filminho de Domingo.

Well, if it wasn't love, it was a lot like it.


Música do dia #24

Culpa da Suspiro.




Era a sério, eras tu...

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Há um ano, era assim #43

Ainda relativamente ao dia dos namorados!

Dia dos namorados

Tãooo boa frase!!!

Friday, I'm in love with...

Perdida de apaixonada por este senhor.
Gosto de tudo. Tudo, tudinho.

Coisas várias...tipo férias!!

Porque senão temos tudo aquilo que queremos é por uma razão, uma razão que apesar de desconhecida deve fazer todo o sentido... True!

And... going...

E hoje...não esperem por mim acordados!! Eheheh


I'm going in for the kill
I'm doing it for the thrill
Ohhh I hope you understand...

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Viagens noutros blogs #41

Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma!

Não foi por mim, mas foi em parte para mim...

Odeio quando me dão falsas esperanças. E a culpa é do Sol.
Vai aparecendo, pé ante pé. Um ou outro raio quente afunda-se na nossa pele. Torna-se, então, visível, presente, aquece-nos a alma de uma solidão aterradora deixada pelo frio do Inverno. Diz-nos adeus lá de cima, como que a explicar: sim, estou aqui. Não me esqueci de ti. Entre uma frase e outra, um novo raio de luz.
Deixa-nos, a modos que, em lume branco. Naquela situação instável: Não sai da nossa vida, mas sabemos que a sua presença é por pouco tempo. Aquela posição horrível do chove não molha, entre uma nuvem e outra. Entre o aquecer do coração e o desespero da falta que vamos sentir.
Temos a esperança que fique mesmo sabendo que a probabilidade de isso acontecer, é reduzida.
E, depois, mesmo conhecendo, interiormente, que podia suceder mas nunca crendo verdadeiramente nessa situação, ele desaparece.
A parte boa é que sabemos que não é para sempre. Claro que, o mesmo, não acontece com as pessoas.

Não é falta de inspiração é falta de tempo


Queria escrever mais textos criativos. Daqueles que me transportam para outro lado e que me fazem encarnar outra pessoa.
Porque é isso que eu faço quando escrevo sobre outra vida que não a minha. Ponho-me no lugar da pessoa, daquilo que ela está a sentir, às vezes até faço pesquisa, como se fosse para a representar. Se tivesse aceite a proposta do meu avô aos 11 anos provavelmente neste momento fazia teatro.
Ele sempre achou que eu tinha queda para representar.

Neste momento eu queria só ter tempo para escrever mais coisas criativas. É que quando as escrevo não sou eu, mas eu estou lá em todos os lados. E posso dizer mil coisas que penso e não tenho coragem de exprimir, e sonhos parvos que tive, e ser como eu quiser...não se enganei...sou sempre eu a personagem...ou os meus vários eus. E como não podia ser eu ser ter o meu reverso, ele também lá está. Ele é que ainda não sabe.

Tenho tempo para escrever, não tenho é tempo para me inspirar. O ultimo texto de criatividade escrevi num autocarro, estava a chover, eu armei-me em poupada e não tirei o carro do sitio (já referi que não dou dinheiro à emel, certo?!), era de noite e foi metade da cidade. Inspirei-me. Há pouca coisa que mim inspira, mas eu tento. Quando desço a mesmo rua todos os dias tento conhece-la sempre melhor, para me conseguir deslumbrar. Queria deslumbrar-me todos os dias, com uma paisagem, um pensamento, uma pessoa...mas vivendo em pleno coração de Lisboa, trabalhando no mesmo sitio e convivendo com as mesmas pessoas não é fácil. Então obrigo-me a ver o sol, a copa das árvores, a ouvir a música e a sorrir de maneira diferente todos os dias. Se a rotina me dá controlo sobre a minha vida, a alegria de um momento diário mostra-me que estou viva. Que não sou feita do meu trabalho, ou daquilo que visto. Sou feita de mim, da minha loucura, de cantar sozinha na rua, de dançar na passadeira, de chorar quando me lembro de coisas que me magoaram, de deixar fazerem-me rir. Sou de todo imperfeita e sinceramente acho que não poderia ser de outra maneira.

Não consigo ter tempo para me inspirar e isso chateia-me. Mais do que as ideias, que tenho muitas!!

Há um ano, era assim #42

Falando em ciumes...

I'm just a jealous guy

Black Swan


O filme foi inquieto, desassossegado, constante em paranóia e loucura.
Eu gostei.

Gostei pela parte óbvia que sabia que ia gostar, o ballet. A graciosidade de movimentos, as aulas, os fatos, a flexibilidade, a exigência. Quem tem o bichinho nunca morrer, quem faz 8 anos de ballet fica sempre com qualquer coisa...

Mais uma das conclusões que tirei do filme, e que até já sabia e que não podemos ser os dois.
Não podemos...

Ninguém pode ser supremamente puro, ingénuo e inocente e ao mesmo tempo ser manipulador, sedutor e luxurioso. Os extremos aqui não se tocam...
E quando se tenta ser tudo em um, há conflitos de personalidade impossíveis de serem controlados, uma esquizofrenia iminente de quem não sabe o que é ou o que quer ser.

Relativamente à Natalie Portman, ultrapassando a magreza excessiva que o papel exigiu, está brilhante. Não sei se for ela que fez as cenas de dança, mas mesmo assim esteve brilhante. Saiu-lhe da alma a personagem.

É um daqueles filmes que só se vê uma vez, mas que nunca se esquece.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

That's me


Há pouca coisa mais forte do que a obstinação.
Comigo funciona o "nunca vais conseguir, esquece"...ou então vou!!

Viagens noutros blogs #40

Simples, directo, indiscutível.

As pessoas são boas em muita coisa. Principalmente, em duas coisas muito básicas.
Na arte de nos aliciar quanto à entrada nas suas vidas.
E na arte de nos empurrar para fora delas.

Há um ano, era assim #41

Impulsos

Poderia. Mas não.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

A purga não acaba.

É como uma bola de pelo que se vai formando e que tenho de deitar fora.
Purgar literalmente.

Meses e meses de deixa andar, de magoa mas finge que não, de esquece e ultrapassa sem dizer nada. Meses de gostar abnegado, de ombro amigo, de esquece o que eu sinto porque só tu importas. Achei que era simples e que se carregasse bem em cima não fazia mal, afinal é passado.
Mas vão-se juntado, todos os sentimentos que não disse, todo o gostar para nada, todo o egoísmo, tudo...junta-se e de repente sai tudo sem eu conseguir controlar.
O sangue ferve-me com ódio e raiva.
Não quero ser esta pessoa, mas sou.
Sempre fui.

Queria mesmo que passasse sem sentir isto, mas há dias que vem tudo ao de cima. E quando mais raiva eu tenho mais me queres por no chão. Não percebo...achei que já te tinha dado os parabéns mais do que uma vez. Mas eu dou outra vez, parabéns, magoaste-me, fizeste o que quiseste e eu deixei, levaste tudo e eu sou impotente não consigo fazer nada. Parabéns!! Parabéns mais ainda por te ser indiferente, por não perceberes nem sentires, parabéns. Quando crescer também quero ser assim. Só pensar em mim e nem sequer me dar ao trabalho de perceber os outros e ainda me rir por cima...

Não queria que fosse assim. Já não importa mais, porque é que eu não consigo simplesmente ultrapassar de forma pacifica e tenho que sentir isto tudo a vir-me a boca a saber a azedo? O sentimento já está bolorento e verde, já não serve para nada, na maioria dos dias já nem o sinto...porque é que a purga continua?
Não me consigo esquecer...não consigo...10 meses em que sabias, 10 meses em que me deixaste gostar mais e mais, 10 meses ali em banho maria, alimentada de pouca atenção, convites vazios, e conversas sem importância, a fazer figura de parva por uma pessoa que sabia o tempo todo que não me queria nem iria querer!! Que raivaaa...não consigo esquecer isto...
Mesmo quando acho que já passou, de uma hora para a outra pum estoira-me na cara.

Queria ser melhor pessoa. Queria.
Mas duvido que neste assunto me vá surpreender mim mesma.
A leopard never change its spots.

Há um ano, era assim #40

Isto não vai acabar...

No words!

O estado e os contribuintes.

Mandaram-me em e-mail. Não resisti...é ridículo.
É por estas e por outras que agora só ando de carro aos fins de semana.
Palhaçada.
E recuso-me a pagar emel. Não pago! Esses nem sequer são estado e querem vir ao meu bolso tirar moedinhas, era só o que faltava. Só porque um ex-presidente da câmara decidiu formar uma empresa que nos tira dinheiro diariamente sob o pretexto de "organizar Lisboa", não quer dizer que eu tenha de ser conivente com isso...

Estou revoltada!!!

Contribuinte - Gostava de comprar um carro.
Estado - Muito bem. Faça o favor de escolher.
Contribuinte - Já escolhi. Tenho que pagar alguma coisa?
Estado - Sim. De acordo com o valor do carro (IVA)
Contribuinte - Ah. Só isso.
Estado – Sim. E mais o imposto automóvel (IA)
Contribuinte – Dois impostos sobre a mesma coisa?
Estado – Quer comprar um automóvel, não é? Então paga Imposto Automóvel. Qual é a dúvida?
Contribuinte – Ah!
Estado - E uma "coisinha" para o pôr a circular (selo)
Contribuinte - Ah!
Estado - E mais uma coisinha na gasolina necessária para que o carro efectivamente circule (ISP)
Contribuinte - Mas sem gasolina eu não circulo.
Estado - Eu sei.
Contribuinte - Mas eu já pago para circular.
Estado - Claro.
Contribuinte - E vai cobrar-me pelo valor da gasolina?
Estado - Também. Mas isso é o IVA. O ISP é outra coisa diferente.
Contribuinte - Diferente?
Estado - Muito. o ISP é porque a gasolina existe.
Contribuinte - Porque existe?
Estado - Há muitos milhões de anos os dinossauros e o carvão fizeram petróleo. E você paga.
Contribuinte - Só isso?
Estado - Só. Mas não julgue que pode deixar o carro assim como quer.
Contribuinte - Então?
Estado - Tem que pagar para o estacionar.
Contribuinte - Para o estacionar?
Estado - Exacto.
Contribuinte - Portanto pago para andar e pago para estar parado?
Estado - Não. Se quiser mesmo andar com o carro precisa de pagar seguro.
Contribuinte - Então pago para circular, pago para conseguir circular e pago por estar parado?
Estado - Sim. Nós não estamos aqui para enganar ninguém. O carro é novo?
Contribuinte - Novo?
Estado - É que se não for novo tem que pagar para vermos se ele está em condições de andar por aí.
Contribuinte - Pago para você ver se pode cobrar?
Estado - Claro. Acha que isso é de borla? Só há mais uma coisinha...
Contribuinte - Mais uma coisinha?
Estado - Para circular em auto-estradas.
Contribuinte - Mas eu já pago imposto de circulação.
Estado - Mas esta é uma circulação diferente.
Contribuinte - Diferente?
Estado - Sim. Muito diferente. É só para quem quiser.
Contribuinte - Só mais isso?
Estado - Sim. Só mais isso. Paga 25 euros.
Contribuinte - E acabou?
Estado - Sim. Depois de pagar os 25 euros acabou.
Contribuinte - Quais 25 euros?
Estado - Os 25 euros que custa pagar para ter uma coisa para andar nas auto-estradas.
Contribuinte - Mas não disse que as auto-estradas eram só para quem quisesse?
Estado - Sim. Mas todos pagam os 25 euros.
Contribuinte - Quais 25 euros?
Estado - Os 25 euros é quanto custa essa coisa.
Contribuinte - Custa o quê?
Estado - Pagar.
Contribuinte - Custa pagar?
Estado - Sim. Pagar custa 25 euros.
Contribuinte - Pagar custa 25 euros?
Estado - Sim. Paga 25 euros para pagar.
Contribuinte - Mas eu não vou circular nas auto-estradas.
Estado – Isso é o que você pensa. Imagine que um dia quer...tem que pagar!
Contribuinte - Tenho que pagar para pagar, porque um dia posso querer?
Estado - Exactamente. Você paga para pagar o que um dia pode querer.
Contribuinte - E se eu não quiser?
Estado - Paga multa.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

A minha cabeça é lembra-se de coisas que não lembram a ninguém

Estava eu a pensar sobre auto-controle e sobre o facto de haver homens com muito auto-controle (certamente até maior que o meu) e surgiu isto:



Edward: I'm stronger than I thought!
Bella: I wish I could say the same thing.

Não é suposto ser ao contrario? Pelo menos, não é assim que nos ensinam desde pequeninas?
Indiscutivelmente que faz algum sentido não ser necessariamente assim. Alias penso em várias razões para isso, mas todas elas arrasam o ego e a auto-estima da envolvida na acção.

Claro que neste caso é uma questão de sobrevivencia o senhor morde pescoços...por favor. Há poucas coisas mais sexys que isso, também é verdade (divagação fora de contexto).

O incrível aqui é a sucessão de pensamentos que a minha cabeça faz até uma cena do Twilight. Eu tenho um problema. Tenho, é impossível.

Continuo sem chegar a uma conclusão sobre este assunto. Mas também acho que não vale a pena, às vezes há óptimas razões para as pessoas fazerem o que fazem. Há coisas para preservar, sentimentos confusos, ligações estranhas, coisas que os outros não sabem, uma super intimidade difícil de explicar e ainda mais dificil de sentir...
Eu queria mesmo ajudar com isto. Mas não chego a nenhuma conclusão sobre este pequeno desvio comportamental. As mulheres escolhem e os homens seguem, movidos por testosterona (God bless testosterone - Samantha)...Porquê alterar as leis do universo?

Há poucas coisas mais sexys que isso, ver um homem a querer agarrar-nos e beija-nos mesmo à seria (esqueçam, outra divagação fora de contexto).

No, no conclusion.
Mas de certeza que sabemos todos o que andamos a fazer e que é melhor assim.
E não querida, dizeres (pensares) com ar de chateada "estás a ver isto [apontando para o rabo]? não interessa quão bom vai ficar, porque nunca mais na tua vida lhe vais tocar", não vale a pena.
It's just childish...

Há um ano, era assim #39

Mcsteamy

"He's gonna hurt you again. And when he does... I won't be here. Take care of yourself, Meredith."

Iris

Difficult weekend

Sem comentários II


Uma ultima coisinha...
Alguém pode avisar a minha cabeça do perigo das suas acções inconsequentes enquanto eu estou a tentar concentrar-me?

É que não há condições assim!!

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Sem comentários

Sabes que a tua vida sentimental está uma desgraça pegada quando tens uma pseudo inveja misturada com ciume de uma miúda de 15 pedida em namoro nas escadas em frente às amoreiras, por um miúdo também de 15 anos que grita: "Mas eu só te quero pedir em namoro, pá!".

É o fim da linha. É o fundo do poço.
Isso ou a porcaria da conversa sobre o dia dos namorados que me anda a chatear. Calem-se lá com o mi mi mi mi do amor é lindo!!! E depois ainda há quem diga que eu sou romântica e não quero é mostrar...
Está bem está. Mostrar já me trouxe tantas coisas más que agora só mostro cara feia e posse de malvada. Irra! Sacode Cajó!

É que por um lado queria um amor de paixão como se tivesse 15 anos, e por outro quando penso racionalmente sobre o assunto só me apetece esbofetear-me violentamente.
Mas és parva ou quê?! Mal e porcamente saíste de um buraco e já pensas que te queres meter noutro?
Mas eles são tão amorosos, e o amor é tão lindo e borboletas, e conhecer o príncipe encantado, e montanhas russas, e beijos roubados, sorrisos parvos, mãos dadas inocentes. E chateia, grita, beija e faz as pazes...e...coisas mais melhores improprias para menores em versão non-stop...

É uma alegria isto.
Aqui há de tudo, desde pensamentos parvos a sentimentos variados e diversos, para todos os gostos.
Depende só se acordo do direito ou do avesso.
Ai vida à minha...

Viagens noutros blogs #39

É aconselhável andares de cabeça baixa nos próximos dias, sob pena de não passares em portas por causa do tamanho dos cornos com que estás. Também é boa ideia manteres a tua caminhada matinal pela marginal para ver se gastas energia. Sei que, neste momento, desejas ardentemente ir correr como se não houvesse amanhã, enquanto gritas "Pito, cona, mamas!!! Raios me fodam... NADA DESTA BIDA, NADA!!!". Não te metas nisso, a vizinhança já acha que não fechas bem a tampa e não vale a pena assustá-los mais. Mas se quiseres ter um momento autista a grunhir e a balançar-te, despacha logo o assunto. Contrariamente ao normal, não queres comer três alheiras com molho de francesinha e isso é óptimo. Mantem essa atitude, o teu rabo vai agradecer-te. Lembras-te daquela frase que tanto gostas "I had more sense than that, but after 2 a.m. my good sense was fast asleep"? Agora já compreendes a razão e como se aplica tão bem à tua ignóbil pessoa. Está provado quase cientificamente que quando queres uma coisa, é certo certinho que assim é que não a vais ter. Tenta dar ares budista a ver se da próxima passa. Tira as palas dos olhos. Em vez de perder tempo a dizer a tua idade não sei quantas vezes porque ninguém acredita logo, assume que tens entre 18 e 20 anos e despachas o assunto. Não te chateies com homens com idade para serem teus avós, ainda acham mais piada. Confia no teu instinto ( eu sei, eu sei... não és nada gaja destas merdas piriri, mas... ), confia mesmo no teu instinto. Se algo te diz que vais arranjar lenha para te queimar, não te atires para a lareira. Nunca, mas nunca ( já disse nunca? ) substimes a capacidade dos outros te desiludirem. Já viste muita merda, mas há sempre um novo modelo a sair. Não te martirizes, mas pára de julgar os outros por ti. Não tentes perceber porque é que há pessoas que têm necessidade de criar cortinas de fumo, há quem não queira algo bom e tenha medo de o admitir. Dança mas tenta não ficar com o rabo à mostra. Mojitos podem parecer uma solução óptima para tudo e não está longe da verdade. No entanto, tenta não te perder quando vais buscar o enéssimo. A tua bexiga é de uma velha de setenta anos. Claro está que menos líquidos melhoravam imenso a sua condição. Congratula-te até à exaustão ( acende velas, afaga-te o cabelo e dá-te lapadas no cachaço ) por não mandares mensagens quando estás com os copos. Por não teres estragado uma grande música com uma pessoa pequena. Essa música é para as TUAS pessoas, aquela conjugação astral de parolos. Quando confrontada com prova irrefutável, dá meia volta sem um pingo de atenção. Mojitos ( mais uma vez ) aliviam o sufoco. No entanto, começa a ser imperativo uma dosagem adequada para não reproduzires diálogos da Floribela alternativa ( "Um, dois três.... PIIIIIIRRROOOOOCAAAASSSSS!!! Um, dois, três...... tôôô lôôôca!" ). O "anda cá que tens ar de quem sabe a frango" também não é muito adequado, ainda te lixas. Percebe ( sem ir bater com a tromba na parede ) que a Lei de Murphy é fodida. É que se pode correr mal ( e então, contigo ), todo o universo se alinha para que corram várias coisas mal ao mesmo tempo. Em vez de estares a tentar pôr juízo na cabeça da amiga, verifica que as portas do carro ficam mesmo fechadas. É que ficar sem o ipod e a bolsa com as pinturas rupestres para a fronha é para estragar o domingo e mais uns dias. A menos que te prostituas ( e mesmo assim, quiça ), o dinheiro não chega para estas brincadeiras. E se mesmo assim, já pensas que ainda faltam tantos dias para o fim de semana é porque tens de ir dormir. Não penses, pá. Não era para ser. O dróóóógado que te gamou vai ser mais culto a nível musical e muito mais atraente com maquilhagem à traveca. Não é pessoal, não é. Não colecciones dores, é só um mundo em que não te movimentavas tanto. Passa. O resto passou, certo? Então, isto passa a correr.

...

"Sometimes the things you want the most don't happen and what you least expect happens. I don't know - you meet thousands of people and none of them really touch you. And then you meet that one person and your life is changed."

Jamie Randall: I've never known anyone who actually believe that I was enough until I met you. And then you made me believe it too.

Love & other drugs.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Música do dia #23



I can’t help feeling
We could have had it all
Rolling in the deep
You had my heart and soul
And you played it
To the beat

Eu sou uma pessoa tão normal

Obrigada.

http://www.ionline.pt/conteudo/102798-obsessoes-e-neuroses-o-amor-e-lixado-e-no-facebook-ainda-mais

Doí, não vês. Bloqueias para nem saberes. Desaparece como que sugado por um grande buraco negro.
Quando achas que já estás melhor, levantas um bocadinho a guarda. Só o suficiente para a pessoa já existir novamente. Não demasiado para a deixares sequer magoar-te outra vez.

O Facebook é um tortura para pessoas muito ciumentas. Quem procura o que não deve, acha o que não quer! Utilizo muito este proverbio.
E eu dou muito valor à minha paz de espírito.

Além disso detesto coisas virtuais. Estão tão farta de tecnologias!
Gosto de mãos, cheiros, toques, olho no olho, beija não beija, agarra porque não consegue resistir, larga porque não tem a certeza...
I'm real!!

The big gesture


Uma das expressões que eu costumo usar para definir uma coisa tão simples como...amor!

O "the big gesture" não é mais do que aquela prova que a outra pessoa quer ficar connosco. Não "tem de", não "precisa de"...mas quer. Simple as that!! E nem sei se é para sempre, nem interessa. Naquele momento quer, a nós e mais ninguém, o suficiente para fazer tudo o que tiver de ser feito.

É o esperar à nossa porta 10h. É o andar 300km só por um beijo. É o não dormir até receber um telefonema. É um hamburguer à porta do escritório porque estamos a fazer serão. É o dormir ao nosso lado quando estamos doentes.
The big gesture. Aquele que todos esperamos quando gostamos de alguém.

O que nos faz rir, abanar a cabeça e pensar: "Gosto tanto de ti. Estou tão lixada".
The big gesture. Não vale a pena contentarmos-nos com menos.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

...

"If you can think about 5 reasons you can't live without him...well, you have 4 more than you need"
Love Rules

Comeca!

O ouvir falar no dia dos namorados em todos os lados!
Grandes demonstraccoes de amor, lamecha, show off, suportamente altamente romantico.
Para mim e piroso.
O amor celebra-se a dois. Simples. O amor nao tem de ser alardoado. Quando existe nota-se!
Nada pior do que a frase:"tenho que lhe ir comprar um presente!". E amor, ninguem "tem de" nada...
E o que eu acho pelo menos!

Uma flor, um adoro-te e estou aqui. Parece-me suficiente! Mais que isso...
Porque o essencial e invisivel aos olhos. O dia dos namorados e em parte uma grande fantochada!
E nao, esta opiniao nao e so porque eu nao tenho namorado. Quando tinha achava o mesmo!

Há um ano, era assim #36

Lunch time (II)

Friday, I'm in love with...

Continua a ser o meu preferido de sempre.

Viagens noutros blogs #38

Porque é tudo o que eu preciso, um bocadinho de fé.



Somehow, there comes a day in your life that you simply realize that good things can only mean something, if you allow yourself to accept the bad things. There's no option left or some kind of pixie dust. In fact, the faster you learn that life is a complicated thing, the faster you realize that you're strong enough for whatever happens to you. The truth is, doesn't really matter how broken your heart is, or how tired your body is, 'cause there's a thing called hope. If there's some hope, that will eventually keep you safe from dispair.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Há um ano, era assim #35

Focus

Eh pahhh...demorei um ano e ainda vacilo (pouco, mas tem dias!). Fantastico! Sou fantastica.

Phrases XII

Teorias

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Useless and disappointing


Há alturas em que achamos que não conseguimos viver sem determinada pessoa. Não vamos respirar se ela desaparecer. O medo da perda é tão grande, mas tão grande que transportamos a pessoa nas mãos cuidadosamente, como se fosse uma bola de cristal.

E depois há o dia em que nos cansamos, porque o peso já é muito, e vistas bem as coisas a pessoa nem fez grande coisa para estar ali, e mandamos com a bola para o chão só para ver se se parte. Até já queremos que parta só para nos libertamos da pressão que é o cuidado constante e a dedicação e o amor. Odioso.
E nem sempre parte à primeira, e voltamos a segurar, ufaa...não partiu, não vamos repetir a brincadeira. Pega outra vez com as luvinhas de lã e mais um bocado de frustração, porque o cristal que deveria ficar mais suave com o tempo, e mais leve, continua pesado como chumbo.
Desespero. E empurramos tantas vezes para o chão até se partir de vez, só porque já não aguentamos mais!

Quando há cacos por todo lado andamos em cima deles, ferimos os pés e sangramos, doí, mas ao mesmo tempo estamos leves porque não vamos ter mais de empurrar o peso do amor às costas, sozinhos. Acreditem em mim quando digo: se for pesado, tão pesado que se torna impossível de arrastar, é porque o estão a carregar sozinhos. O amor a dois tem de ser mais leve, nem que seja pela partilha!
Depois começamos a colar os bocados da bola, porque não faz sentido andar tudo pelo chão e já nos magoamos o suficiente. O ideal é colar tudo e por a um canto, como um brinquedo antigo que gostamos muito e se estragou.
Então junta-se as peças, não se guarda rancores, e coloca-se a bola o mais longe possível. Longe da vista, longe do coração. Não queremos voltar a sentir o seu peso a esmagar-nos o peito. Não mesmo!!
Uma vez por outra pegamos-lhe novamente, só para ter a certeza que ainda está pesada e porque não conseguimos evitar. Admitirmos que nos enganámos, que não era assim, que apostamos mais uma vez na pessoa errada, custa. Custa tanto que queríamos provar a nós mesmo que se calhar até dá...mas não! Quando percebemos que continua na mesma, com o mesmo peso de sempre pousamos outra vez no chão e seguimos para outro lado.
The thing is, assim que percebemos que conseguimos viver sem ela (sem aquela pessoa), que respiramos e que os dias, por maior que seja a dor, não param, nada volta a ser como antes.

Podemos dizer e fazer o que quisermos, no meu caso até magoar a pessoa (eu tenho créditos!), se ela se for embora, não é nada de novo, nada mais irá doer como já doeu! E isso é um encolher de ombros gigante a tudo o que nos possam fazer a partir de determinada altura. O amor esse, provavelmente desaparece com o tempo, com o peso que foi e já não é, com a desilusão e com o facto de as coisas não mudarem. Pegar na bola continua a ser useless and disappointing, como sempre foi. Só que agora já não custa.

Há um ano, era assim #34

Between

Phrases XI

Swatch Ad 98

Grey's (quotes IV)

Pois...

Quanto mais encurralada me sinto mais vontade tenho de fugir.
Virar costas a tudo e ir-me embora sem pensar.
Sozinha.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Criatividade #5


Não vejo Lisboa há mais de 5 anos.
A cidade da minha vida ficou para trás em detrimento de outros sonhos, outros mundos, outras vidas.

Saio do aeroporto sozinha, ninguém sabe que aqui estou. Na verdade, nem eu sei que aqui estou. Como tudo na minha vida, foi o impulso. Acordei de manha, olhei à volta e percebi que o meu trabalho ali estava feito. No entanto, ao contrario de tantas outras vezes antes, em que rumei a outro pais onde pudesse começar tudo outra novamente, desta vez cheguei ao aeroporto com a minha mochila e pedi para vir para casa.

É meio de Maio, o ar quente despenteia-me assim que as portas automáticas se abrem. Cheira ao mesmo, sabe ao mesmo...os autocarros são novos, amarelos, modernos!! Sigo até à paragem do 83 que antigamente, tal como agora noto, me leva na direcção de casa. Sento-me à janela para apreciar a viagem e penso em ti. Nas ultimas 16h não tenho feito outra coisa senão pensar em ti, nas saudades que tenho da tua voz, do teu sorriso e do teu abraço.

Nunca ninguém que abraçou como tu, sempre sôfrego, apertado, enorme. O meu tronco pequeno encaixado no teu peito como uma peça de Lego, a minha cabeça naquela covinha do teu ombro...é a última memória que tenho de Lisboa. E agora que finalmente voltei, sei que é por ela que aqui estou.

É dia de semana, posso assegurar pela poucas pessoas que estão a esta hora na rua. Lá de onde eu venho não há fins-de-semana ou dias de semana, as pessoas regem-se pelo nascer e pôr do sol, esperam apenas viver mais um dia no meio da pobreza e da doença, rezam por água, farinha e um milagre qualquer que lhes salve a vida dos filhos.

O sol salta de uma das colinas e faz-me piscar os olhos, o autocarro sobe e desce até me deixar finalmente em casa. A minha rua tem o mesmo movimento de sempre, talvez os vizinhos sejam diferentes? Ou o elevador já não seja de 1950?
Duas voltas à chave, abro a porta devagar e espreito. Sorrio. Claramente que a minha mãe vem cá com frequência. A casa cheira bem, a cama está feita de lavado apesar de ainda ter edredon e a minha roupa está impecável no armário, tal como eu a deixei para ir apenas um ano para África fazer voluntariado. De Africa passei para a América do Sul, de lá para a Indonésia e por fim para a Índia. Um ano facilmente passou para cinco, com a mesa rapidez que a minha mãe me deixou de perguntar quando voltava, os meus amigos esqueceram o meu e-mail e tu, o ultimo resistente apagaste-me porque já não podias esperar mais que eu descobrisse o que quer que fosse que andava à procura.

Pouso a mochila no chão. A mesma que levei, a mesma tu me deste antes de partir. Venho sem roupa ou qualquer outro objecto, deixo sempre tudo para trás quando me venho embora, a mim não me faz falta e houve pessoas que ficaram tão felizes.
Tiro uma toalha da gaveta ainda em piloto automático, entro no duche e tomo um banho rápido para tirar o cansaço da viagem. Abro o armário, não visto esta roupa há cinco anos, nem sei se ainda tem alguma coisa a ver comigo, ou se ainda me serve!
Calças de ganga, camisa branca, saiu de casa novamente com a minha mochila às costas.

Podia dizer que não sei onde vou, mas seria mentira. Sai da Índia para vir a tua casa. Por isso é que não disse nada a ninguém. Duvido até que alguém fosse compreender o porque de tamanha jornada. São quilometros que nunca mais acaba. E eu própria não compreendo o que é que me fez caminhar desta maneira até chegar aqui.
A noite está a cair quando entro a passo decidido pelo teu prédio a dentro. O porteiro cumprimenta-me como se me tivesse visto ontem "Boa tarde menina". Vacilo pela primeira vez. Olho para o relógio, claro que estás em casa. Sempre estiveste em casa a esta hora, é a tua hora sagrada antes do jantar. Entro no elevador, carrego no 7 e viro-me para o espelho. Vejo-te atrás de mim, a agarrares-me a barriga, a dares-me festinhas na cara, a beijares-me o pescoço e a pegares-me ao colo ainda antes de chegarmos lá a cima. Vejo a minha cara queimada do sol. Insegura. E se já não morares em casa dos teus pais? E se casaste, tens filhos, uma casa grande e um cão? Já não sei porque é que estou aqui...mas não vou voltar para trás sem descobrir. O elevador estremece, as mãos tremem-me, e as pernas também. Afasto a grade, e empurro a minha mão contra a porta fria. Não sei o que quero de ti, o que sinto por ti. Não sei nada...

Passado o que me pareceu ser uma eternidade, em que revejo tudo o que dissemos um ao outro desde a ultima vez que nos vimos, ponho o dedo na campainha. Espero. Ouço passos. A porta abre-se e tu estás à minha frente. 16horas da Índia aqui e tu estás à minha frente! O choque passa-te electrizante pelo corpo, não dizes nada. A mim, não me sai nada, mas pica-me o nariz das lágrimas que não deixo sair. Agarras-me a mão, puxas-me para ti e abraças-me como antigamente, como sempre.

Eu até sabia porque é que voltei. Voltei por isto, porque a agonia de mais um dia sem o teu abraço me pareceu impossível, porque não conseguia mais não te ver, não te tocar, não te sentir. Demorei 5 anos para perceber isto.
Viro a cabeça para a esquerda e encaixo-me na covinha do teu ombro. Caibo tão bem aqui...

...


Daqueles sonhos que tenho medo de não realizar?

Conhecer o mundo. Passear por recantos escondidos, subir todas as montanhas, percorrer todas as estradas. Descer todos os rios, navegar todos os mares, falar com todas as pessoas.

Tenho medo de não ter tempo, de deixar passar as oportunidades, de ter medo de por a mochila as costas e ir. Há dias em que só queria deixar tudo, por meia dúzia de coisas na mala e ir para o aeroporto da Portela...e depois logo se via.

Talvez voltasse uma semana depois, talvez nunca mais voltasse.
Gostava de saber como seria.

Porque ficou registado...


...e hoje sinto exactamente o mesmo.

Há uns tempos alguém me disse mais ou menos esta frase: "Hoje eu só queria...aquilo. Era a única coisa que eu precisava, aquilo que pensei o dia inteiro."

Sinto o mesmo neste momento de cansaço. Em que estou sozinha no meio do open-space com pelo menos 20 pessoas, em que o meu dia está longe de acabar e muito piores virão.
Hoje só queria...aquilo.
Nos outros dias não, nos outros dias está tudo bem, óptimo, perfeito. E quando não está calca-se o sentimento e põem-se outro por cima, aquele que se deve sentir em cima daquele que se sente até os dois se misturarem e já não se saber qual é qual.
Em dias como o de hoje, eles separam-se como água e azeite. Tão evidentemente distintos que não há quem os misture.

Hoje. Era só hoje.

Sahara


Eu não sei muito bem quem é que teve a ideia do turbante verde a misturar com o olho verde...mas resulta! Não, não...mais que resulta!!!

E neste filme é tudo...é o moreno da pele, é o turbante com o olho verdão, é um braço grande e um peitoral maior ainda, o sorriso de puto e o salvar da donzela. Matem-me, levem-me para o céu e que lá haja 7 Matthews destes com asinhas à minha volta por favor...

Btw...foi assim que eu terminei o meu fim de semana! E eu sou fraca?!