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domingo, 7 de janeiro de 2018

Cova da Loba


Vir para o interior 2 a 3 vezes por ano é para mim, neste momento, tão certo como o sol nascer todos os dias.
E se no Verão é tudo diversão, calor, passeios depois do jantar, feiras e bailaricos, no Inverno é frio, nevoeiro e extremamente chuvoso.
Por isso, este Inverno decidimos não ficar só a lareira a comer, beber e ver filmes, mas sair por aí e experimentar os melhores restaurantes das redondezas.
Cova da Loba em Linhares. 
Em frente à igreja matriz, ao lado do castelo, com uma vista arrebatadora. 
O restaurante não tem janelas, e esse é talvez o único ponto menos bom, para fãs de sol como eu. Resolvido pelo facto de ter ido ao jantar.
O restaurante para mim é um 5 em 5. 
O serviço é atencioso e gentil sem ser aborrecido ou intrusivo. 
O tempo de espera entre partos é perfeito para deixar a conversa fluir.
A comida é deliciosamente bem confecionada, os ingredientes no prato fazem sentido juntos, todos os elementos tem a sua função. A comida não aborrece e não pede por ingredientes que não estejam lá. 
Iniciamos com um queijo de cabra com frutos vermelhos e um prato de alheira bom demais para descrever.
Continuamos com polvo acompanhado de migas, numa mistura de Interior e Alentejo e vitela com batata, feijão verde e um toque de queijo da serra, porque afinal Linhares fica na Serra.
Em termos de doces não inventamos, leite creme (para mim quase obrigatório experimentar em todo o lado em que haja) e folhado de requeijão com doce de abóbora. No que diz respeito aos doces, á parte da típica adição de canela, que para mim só estraga (sentimento não partilhado com 90% da população e por isso nem é um ponto negativo), o folhado. Este não sendo feito na hora é por isso mais massudo do que o que seria desejável, é o único reparo feito a toda a refeição.
A garrafeira é generosa e variada. Optamos por um Douro, Dona Berta tinto cão monocasta, porque no interior come-se carne (apesar no prato de polvo que ter estado mais do que á altura). E posso-vos dizer que uma garrafa não foi demais. Além de ter emparelhado maravilhosamente com todos os pratos, era suave e forte simultaneamente, bebia-se desacompanhado da comida sem pestanejar.
A localização já vos falei, e faz parte da experiência, porque a comida faz sentido com o local.
O espaço estava cheio (todas as mesas ocupadas), mas sem se tornar ensurdecedor. Conseguimos conversar calmamente durante todo o jantar ao som de Michael Bubble - talvez a segunda crítica (se assim lhe podemos chamar) ao restaurante.
O dono foi de uma simpatia sem tamanho, e não só. Como eu esperaria depois de uma refeição como a que tive, porque afinal os ótimos restaurantes não caem do céu, são criados e aperfeiçoados com o tempo, ele perguntou a nossa opinião sobre a refeição. E nós, porque procurar bons sítios para manjar faz parte da nossa lista de hobbies, fomos 100% sinceros relativamente ao único ponto, o folhado!
E por fim, aquilo que todos se devem estar a perguntar...e o preço? Na minha opinião dinheiro dado sem pestanejar, aproximadamente 40€ por pessoa. Já dei mais por muito pior comida, posso-vos dizer - nem vou começar a falar dos restaurantes em Amesterdão, mas um dia conto-vos.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Let's start this circus once and for all, shall we Donald?

Muito já se disse sobre o caso Trump, não irei portanto acrescentar nada de novo.
A meu ver não é nem uma questão de total inaptidão para o cargo por falta de formação politica, há muitas pessoas sem formação que desempenham papeis fundamentais com o trabalho que fazem. Para mim é uma questão da pessoa em si, independentemente do partido politico ou do discurso de vendedor que todos os políticos tem quando estão em campanha.

Todo ele é hipocrisia, falta de transparência, ultra privilegiado sem culpas ou remorsos. Todo ele é mentiras descaradas, contradições constantes, faltas de respeito, mesquinhez, vingativo, infantil...tão infantil.

E eu consigo ver alguns argumentos para a sua eleição:
- É homem
- É branco
- É heterossexual (a tocar no machista e classico playboy)
- É Republicano e só isso basta para a maioria das pessoas que tratam os partidos políticos como clubes de futebol. Para hooligans políticos, não interessa se os candidatos são bons ou maus, serem daquele partido é o suficiente (fenómeno observado também no meu país, infelizmente)
- Sabe vender e dizer exactamente o que as pessoas querem ouvir, seja verdade ou mentira
- É diferente, mesmo sendo o que chamam de "conservador"

O que me assusta, é que para milhões de pessoas estas 6 coisas foram suficientes para o eleger. A ele que não se sabe calar, que não sabe ouvir criticas, que acha que esta acima do bem e do mal, que neste momento tem o poder nuclear de metade do mundo a distancia de um clique, que é desequilibrado, abusivo com as mulheres e com as minorias...
Estou cansada de dar voltas à cabeça a tentar arranjar um racional para isto. Mas talvez o mundo esteja apenas irracional. Evoluímos tanto em 40 anos que isto não é mais do que um confronto de gerações, aquelas que foram educadas nos anos 60 e as que são fruto dos anos 80 e 90. Pode ser, Deus sabe quantas discussões aparentemente irracionais eu tenho com o meu pai sobre estes assuntos. O meu próprio pai que eu sei, apesar de ele não dizer abertamente, é um deles...um dos que não percebe qual é o mal em uma pessoa como o Donald Trump ser eleito.

O Donald absorve neste momento todas as noticias mundiais, em grande parte porque não se sabe calar, não sabe ouvir e não aguenta opiniões diferentes da dele. E as noticias importantes? Como o facto de existir desde hoje uma maior força militar Americana em solo Europeu, deixam de ser importantes porque ele manipula todas as atenções como um macaquinho de circo.
Só tenho pena que em democracia as pessoas não sejam responsabilizadas pelo seu voto, um por um a sofrer na pele as escolhas que fez com leviandade.

Acima de tudo estou já muito cansada deste assunto e da fé que perdi no mundo com a eleição dele.

Eu só pedia a alguém que lhe desactivasse a conta do Twitter, misteriosamente, de modo a que o salvem dele mesmo e a todos nós, que não queremos ser arrastamos para uma terceira Guerra mundial por causa de um Tweet.

P.S: E depois há o momento em que entro no Pinterest para procurar uma fotografia para colocar aqui e leio os comentários das pessoas que votaram no Trump e fico com uma vontade irracional de lhes distribuir bofetadas.

sábado, 26 de setembro de 2015

Ainda sobre politica

A minha ingenuidade política simplesmente não existe. Deem graças ao Scandal e ao House of Cards por isso. Fez-se e faz-se tudo, ou quase tudo, para ganhar...e este tudo sempre foi o que me travou. Não é a falta de conhecimentos, ou o não ter opinião formada. Quanto mais eu ouço e me interesso por política, mais eu sei quão boa eu seria e quão maus são os que fazem parte dos partidos hoje em dia.
Seria no entanto péssima em todos os passos anteriores ao lá chegar. Primeiro porque não acredito em partidos de direita ou esquerda, cada vez mais acho que os partidos são como a igreja, existem porque tem de existir, feitos por algumas pessoas mediocres com sede de poder, manias de grandeza, prontas para se "prostituir" de qualquer maneira para ter uma posição.
Poucos, muito poucos são os que são genericamente bons, em ideias e em praticas, conteúdos e formas, que põem os interesses do país a frente dos seus interesses pessoais. ,Pior, mesmo os que são bons, para serem eleitos, tem que se sujar mais do que os canais de Amsterdam. Ou fingirem que não sabem e deixarem alguém fazer a sujeira por eles (não sei o que é pior!).
Claramente se pudesse votar (que infelizmente na minha condição de imigrante me custaria muito dinheiro), votaria claramente Passos Coelho. Não porque o acho o melhor, mas porque sou uma pessoa muito pragmática.
Primeiro, porque só ganha o PS ou o PSD, logo, votar em qualquer outro partido seria perda de tempo, apesar de simpatizar com algumas ideias de outros partidos mais pequenos.
E segundo porque entre PS e PSD, nunca houve na realidade uma duvida, por uma simples razão...eu faço contas à demasiado tempo para me deixar enganar por promessas vãs. Passo a explicar, há uma cama (o país), e há um edredom demasiado pequeno para a cama (dinheiro disponível). Quando se tapa a cabeça, os pés ficam frios, e se tapo os pés, destapo imediatamente a cabeça. Quem já se enganou no tamanho do edredom e/ou já trocou de cama sabe bem do que falo. Portanto, solução é entre escolher o que se destapa ou diminuir o tamanho da cama. Por uma questão de equidade entre a cabeça e os pés, a minha escolha será sempre a de diminuir a cama. Todos tem de se acostumar a esta nova realidade. Custa? Pois claro. Uma cama mais pequena é sempre pior, mas é a cama que se pode ter. E por isso se votasse, votaria PSD. Isso e o facto de querer ver mais do que eles podem dar. Os últimos quatro anos foram duros, não queria o emprego do Passo Coelho nem dado a receber milhões, e por isso, por ele ter remediado o que os outros estragaram acho que merece mais 4 anos, para mostrar o que pode fazer em alturas de "não urgência".

E então e o apêndice, o Paulo Portas, com o seu "irrevogável"? Não me afecta, ele teve muita sorte, correu-lhe bem a brincadeira, mas foi um risco sem tamanho. Se tivesse corrido mal a carreira política dele estava acabada. Não dou importância, é simplesmente a prova provada que, a maioria sem excepção, mete a sua vontade de poder á frente do país e dos seus interesses. Não me surpreendeu. Mas gabo-lhe a coragem para ter ido atrás do que queria, e aprecio a inteligência. O Paulo Portas é um animal politico, não há nada de ingénuo nele, ou sem segundas intenções, desde os 6 anos de idade, provavelmente.

Poderia continuar aqui a escrever sobre todas as minhas opiniões políticas. Mas quero ir dormir a sesta...a vida é feita destes pequenos luxos. Além disso descobri que o tema nunca se estraga e que os meus argumentos são validos e os outros entendem quando eu explico, o que é bom! Por isso esperam-se mais opiniões neste espaço. Comentadas ou não, como preferirem.

Opiniões

E porque já correu milhões de litros de água debaixo desta ponte, eu explico o meu ponto de vista citando.

"Agora o caso Joana Amaral Dias. Não se conhece uma ideia da líder do movimento Agir que não seja "vamos fazer tudo ao contrário". Foi celebrada pela liberdade e coragem de aparecer orgulhosamente grávida e nua numa revista, repetir a proeza noutra. Reaccionários os que não aplaudiram. Portugal é um país de pudicos, gritou quem quis equiparar quase a Joana d'Arc uma Joana Amaral Dias errante e sem consistência política que atravessou da direita à esquerda e, quando deixou de ter um lugar, criou um movimento estéril. Não é por causa da nudez que Joana Amaral Dias é nem boa nem má política. É porque não é política, ponto. Se a nudez a descredibiliza? Sim. Porque a democracia é um exercício da liberdade que se faz essencialmente pelo pensamento e dos políticos espera-se um conjunto de características formais, para lá da substância. São elas que os tornam eficazes. A nudez não é certamente uma delas. E quem quer ter uma palavra a dizer sobre o país tem de se preocupar, também, com a eficácia." By Alexandra Almeida Ferreira.

Eu não escreveria melhor.
O meu problema não é a nudez, as mulheres são livres para fazerem o que quiserem. Defendo-o agora, e sempre o defenderei, sem hipocrisias nem pudores. Agora não se pode aparecer nua numa revista e depois querer ser levada a sério. Não sou eu que digo, faz parte do job description de um politico, a formalidade e até algum decoro e recato. São as regras do jogo e só o joga quem quer. O que é certo é que com uma fotografia apenas, a carreira dela acabou. O que até pode não ser justo, mas é o que é.

sexta-feira, 17 de julho de 2015

About Caitlyn Jenner

Há quem ache que o mundo evolui por causa dos avanços tecnológicos, dos drones que matam à distancia, do irmos a Marte ou termos fotografias de Plutão. Para mim um mundo evoluído é simplesmente um mundo em que nos respeitamos e ajudamos uns aos outros. Um mundo em que quem pode mais (porque se destacou em alguma coisa), trabalha mais para corrigir os desequilíbrios existentes, e os outros como eu, que são corriqueiros e banais, trabalham no seu mundo, e há sua volta conseguem pequenas mudanças. E de pequenos mundos em pequenos mundos conseguimos mudar alguma coisa e educar crianças com mentalidades diferentes.

Gostava de perceber o que é que incomoda tanta gente?, queria saber que transtorno é que lhes causa à vida as escolhas dos demais?, o que é que eles tem a ver com isso?, onde é que lhes doí? Mas depois de já ter tido esta discussão para mais de um milhão de vezes, já não digo nada.

Tento educar os meus desta maneira, em paz com eles e com os outros. De mente aberta porque no final somos pessoas, merecedoras de respeito. E por isso passo só esta parte do discurso, porque nenhuma criança devia ser sujeita a este tipo de comportamentos:

"I owe a lot to sports. It has shown me the world, it has given me an identity. If someone wanted to bully me, well, you know what? I was the MVP of the football team. That wasn’t going to be a problem. 

And the same thing goes tonight. If you want to call me names, make jokes, doubt my intentions, go ahead, because the reality is I can take it. But for the thousands of kids out there who are coming to terms with being true to who they are, they shouldn’t have to take it! 
So for the people out there wondering what all this is about — whether it’s about courage or controversy or publicity — well, I’ll tell you what it’s all about. 
It’s about what happens from here. It’s not just about one person. It’s about thousands of people. It’s not just about me. It’s about all of us accepting one another. We are all different. That’s not a bad thing, that’s a good thing and while it may not be easy to get past the things you do not understand, I want to prove that it is absolutely possible if we only do it together." - Caitlyn Jenner.

quinta-feira, 16 de julho de 2015

"Once again the world has proven, anything you can do, I can do better."

Ou como a frase "não há outra maneira" pode ecoar nos ouvidos de todos os senhores da extrema esquerda, que tem a mania de dizer que o que devemos fazer é ir no sentido oposto da Europa, sem fazer a mínima ideia do que dizem.

A Europa somos nós, mas ainda não totalmente. Ficar pode ser mau, mas sair seria muito pior, sempre. Estamos a caminhar, quero acreditar, apesar do mau feitio da Alemanha e de todas as outras diferenças entre nós, para os Estados Unidos da Europa. Cada um é como cada qual, mas fazemos parte de um todo. No entanto, ainda não estamos lá, e não é difícil um comum mortal perceber isso.

O Tsipras achou que sim, entrou a matar, com uma premissa de todo errada...a de que tinha escolha! Percebeu da pior maneira que, não só não tinha escolha, como tinha muito pouco poder negocial. Poder esse que perdeu assim que deixou passar 4 meses sem medidas reais, apenas utópicas.
Não foi o referendo que chateou a Alemanha, foi a petulância de ele achar que tinha como negociar numa Europa que ainda não é totalmente unida. Foi o "vocês têm de me dar dinheiro, mas não me podem exigir nada"...creio já ter referido aqui mais do que uma vez: dependência financeira gera todo o tipo de dependências.
Se não fosse tão novo com a mania que tem pelo na venta, se tivesse estudado bem a lição, tido umas aulas de estratégia e teoria dos jogos, ou simplesmente lido o The art of War, teria conseguido sem luta, um muito melhor acordo. Com boa vontade tudo se faz, apelar à união da Europa era vital, mostrar medidas concretas para acabar com o status quo ainda tão presente na Grécia era essencial, e claro dizer que ia percorrer pelo caminho das pedras, mas mostrando que se conseguia fazer melhor por outro lado. Custou anos à Grécia o inútil braço de ferro da esquerda, onde antes havia uma nódoa agora à um buraco...

Eu não sou contra o Tsipras, ele está para ficar, mudou de discurso e aparentemente vai arregaçar as mangas, e se os Gregos tiverem sorte, fazer o que tem de ser feito. O que é muito mais difícil do que o que todos os outros fizeram, incluindo o ex-ministro das finanças, que simplesmente se veio embora quando percebeu que o cocó ia chegar à ventoinha, com ou sem a vitoria do "não", e que a escolha era aceitar que o modelo utópico não funciona ou continuar com as balelas que não levam a lado nenhum, e ele escolheu a segunda. Agora senta-se na bancada a criticar, quando na pratica não fez nada. Os teóricos devem ficar onde pertencem, a dar aulas. Na vida real as escolhas são duras.

A Grécia vai sobreviver. Portugal também sobreviveu. Não sem dor, mas com lições aprendidas:
- Não se pode viver acima do que se produz,
- Deve-se questionar sempre o status quo, sejam lobbies ou politicos,
- Não há soluções milagrosas, if it seems too good to be true, it probably is.

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Comprar vs. Alugar

Parece que finalmente me fizeram mudar de opinião.
Depois de 7 anos desde que pensei nisto pela primeira vez, depois de me debater que não, comprar casa não é assim tão bom investimento. A situação muda.
O pais não é o mesmo, o meu ordenado tão pouco, os apoios/incentivos são muito e parece que o destino se uniu para me dizer, é agora.
Da mesma maneira que em 2009 o destino se uniu para não me deixar comprar casa (obrigada, muito, muito obrigada), agora parece que é a hora.
Com um único senão/dor na barriga. Vou comprar uma casa num país que não é o meu. E depois há quem diga que não é o meu agora. Daqui a nada olho para trás e passaram 10 anos, tenho filhos, amigos e tudo o que preciso aqui...quem sabe até o meu irmão já, na faculdade.
Claro que não são decisões fáceis. Pondera, pesa, pensa, faz listas de prós e contras, fala com este, com aquele e com mais o outro. E depois disso o caminho continua a mostrar-se para ali.
Sei que não o devo ignorar. A sorte favorece os audazes e a mim? Nunca tive nada a dizer da sorte e do destino. Demore mais ou demore menos, acabo sempre por perceber que o que me aconteceu foi o melhor que me podia ter acontecido.
Vou começar a caminhar. Vamos ver.

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Sobre a Grécia

Dá-me tudo imensa vontade de rir.
A minha fé na esquerda sempre foi pouca, e quando mais leio sobre o assunto menos fé tenho.
Também não acho que devemos entrar na maquina capitalista, sem moral nem perdão, só dinheiro.
Mas há ali um sitio. Um sitio onde se fomenta o trabalho e a independência financeira. Um sitio onde se ensina, onde quem pode pagar paga e quem não pode (momentaneamente ou por uma fatalidade do destino) é ajudado.
Eu sei que esse sitio existe. Num centro, num equilíbrio qualquer, sustentado numa cultura que não sabe o que é ser de outra maneira.

Mas a Grécia? Não quer regras, mas quer dinheiro. Não aceita imposições, mas é financeiramente dependente. Não tem soluções mas não aceita a ajuda dos outros. Parece um comboio desgovernado a ir em linha recta contra a parede. Pior ainda, andar em conversas com o lado negro da força. Saberá o Sr.T, o que para o ajudar o Sr.P vai-lhe tirar a alma e ainda mais qualquer coisa? Não quer a austeridade, mas quer ficar sob o jugo da Rússia. Deus!! Alguém lhe dê livros de história para ler...o comunismo não resulta. É um ideal bonito, mas completamente impraticável e que cai, sem excepção, no pior lado que o ser humano tem. Teria pena dos gregos senão tivessem sido eles a votar, e se quem não tivesse pena fosse galinha. Mas que lhes temo pelo que o futuro lhes trará, isso é certo.

Politica à parte, a Grécia é um país maravilhoso! Estou desejosa de lá ir passar um fim se semana.

sexta-feira, 20 de março de 2015

A comissão de inquerito

Eu não me devia rir, porque na realidade não tem graça. Mas acho que sempre gostei mais de pessoas arrogantes do que de pessoas hipócritas.
A hipocrisia e os falsos moralismos sempre me tocaram no nervo e por isso quando li esta frase hoje de manha não consegui não dar uma gargalhada.

"Quem não tem vergonha todo o mundo é seu. O Sr. Ricardo Salgado continua a ser Dono Disto Tudo", concluía o deputado Carlos Amorim.

A intenção do grupo parlamentar era boa, a sério que era, se vivêssemos noutro pais! No entanto, neste momento é apenas um circo. E o Sr. Ricardo Salgado nunca teve jeito para a palhaçada. Antes partir que vergar, isso é certo.
E creio não estar longe da verdade quando digo que (na cabeça dele), ele fez o que tinha de fazer para manter o sangue a correr e o coração a bater, do banco I mean. Não me parece que algum dia vá existir um mea culpa que os deputados tanto procuram. Afinal, quando fazemos o que tínhamos de fazer não somos culpados de nada, não há remorso, lutamos e no final perdemos, is just business.
Só quem um dia estiver no mesmo lugar e fizer diferente pode julgar. Ou então, os juízes. Mas como este caso nunca lá vai chegar, voltamos ao inicio, é só um circo. Um circo com palhaços, mágicos e esquecidos. Confesso que adoro os esquecidos! Não sabem, não viram, não ouviram, não tinham ideia do que se estava a passar. A realidade, por mais triste que ela seja, é que nunca ninguém se vai lembrar de nada, e nunca se vai poder provar o contrario, só quem lá esteve sabe, e quem lá esteve esqueceu-se. Priceless.
Se ele é, e sempre foi, o dono disto tudo é porque toda a gente lhe deu poder para isso, agora queixam-se e atiram pedras. Hipocrisia!

E agora vou trabalhar. Mas uma coisa é certa, "chamar ao BES banco mau é como dar-me facadas".


quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Opinião politica do dia

A coragem do PC.
Diz que não repõe os salários da função pública mesmo que ganhe as eleições, e por isso vai perder as mesmas. Mas faz todo o sentido não repor, não temos finanças para isso...
Resta saber se o AC vai ser tão corajoso nas afirmações. Duvido!
Espero que no final faça o mesmo e que não estrague o trabalho que tem sido feito para repor os níveis de endividamento do país. Até ver não desgosto do AC, mas se ele começa a alardear que serão tudo rosas começo a duvidar.
Prefiro uma verdade dura que uma mentira piedosa para ganhar votos.
Mas isso sou eu, dos restantes mais de metade está entretida com a Casa dos Segredos (sem criticas, entretém de facto) e a outra metade vai votar naquele que doure mais a situação em que ainda estamos.
Direita ou esquerda, desde que no final mantenham as consistencias politicas de modo a que não entremos novamente em bancarrota nos próximos anos, por mim, all good.
E se conseguirem acabar com o TC melhor. Não há paciência para aturar decisões supostamente baseadas numa Constituição obsoleta, escrita numa altura pouco estável e completamente de esquerda. Senão quiserem acabar com o TC, mudem a Constituição, só para ficar update com os novos tempos!! Ninguém os tem no sitio para sugerir isso e daqui a 100 anos ainda vamos andar a ser regidos pelas mesmas regras num jogo completamente diferente. É de doidos.

terça-feira, 26 de agosto de 2014

BOA

Uma coisa util.

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Isto!

I've got a thing with Biarritz.

Que é o nome dos oculos btw, que nunca mais chegam. Também só os encomendei ontem, mas pronto...

São lindoss!!!

Estou desejosa.

Skogeyewear.com

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Por outro lado e sem vergonha de dar estes conselhos


Há tantas maneiras de se fazer as coisas.
Racionalmente é apenas uma delas.
Às vezes é preciso sabermos apenas o que queremos, e agirmos em concordância.
Hoje quero assim, não interessa o que acho que sinto, nem o que pode acontecer no futuro, nem o que a outra pessoa pensa ou sente ou quer, se ela não fizer nada, eu tenho o que quero.
Quero assim, e só quando deixar de querer é que faço as coisas mudar.
Tenho ficado mais fria com o tempo, só espero que as hormonas nunca me lixem isto.

We can change our kids.

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Sobre politica

O Seguro dá-me nos nervos, a sério, que pessoa tão irritante.
Detesto pessoas que apenas vêem a verdade selectivamente...portanto os Portugueses "falaram", e o Sr. Seguro achou por bem fazer alegações que deturpam a verdade e mostram o que ele quer mostrar e só por isso não posso gostar dele. Porque não é franco, não assume as coisas como são e é absurdo.

A verdade é:
A abstenção ganhou, depois o PS ficou a uns míseros pontos de distancia do PSD. E portanto, na realidade, as pessoas não estão para se chatear em ir votar e entre PS e PSD é praticamente a mesma coisa.

Relativamente ao PS ter ganho, e á minha fé na democracia, só as palavras do Churchill me vêem à cabeça:
“The best argument against democracy is a five minute conversation with the average voter.”

Não somos povo educado para votar, e só isso explica este resultado. O povo vai nas balelas, nas cantigas daqueles que dizem que vão mudar, quando na realidade não podem mudar nada. Ou pior, naqueles que prometem que vão aumentar isto e aquilo, abrindo ás escondidas, buracos orçamentais que as gerações futuras terão de pagar e problemas gigantescos (estou a tentar não voltar a falar do Socrates, mas é dificil). Mas isso o povo não quer saber, desde que o ordenado chegue ao final do mês e que se trabalhe pouco e se possa ir passa férias pagas com crédito e ter uma televisão gigante para ver a bola, está tudo bem.

E isto não é um movimento pró-PSD, não escondo a minha cor, mas sei perfeitamente que há coisas boas e más em todo lado. O que me enerva aqui é as pessoas não quererem saber do bem maior, aquele em que temos um país com uma divida dentro dos limites, em que trabalhamos mais, produzimos mais para sermos mais competitivos e então ai temos o salário que merecemos. E felizmente, ou infelizmente, a meu ver o PSD tem feito um esforço ligeiramente maior para esse bem maior. E vai ter de deixar de o fazer se quiser ganhar as eleições e isso enerva-me, ter de desviar um caminho que está a ser bem traçado para poder ganhar as eleições e continuar depois disso o bom trabalho que a custo se tem feito.

O povo prefere que lhe mintam. Ou prefere fechar a força locais de voto, impedindo as pessoas de exercer o seu direito de voto. Não percebo as pessoas, a sério que não percebo. Votar não é só pôr uma cruz na folha, é pensar sobre o assunto, é saber que há bom e mau e ver a big picture.
Gosto do MPT, gosto do conceito, mas sou muito pragmática, é teoria dos jogos, não vale a pena votar no MPT porque a probabilidade de terem votos suficientes é muito pouca e mesmo que tivessem, andam a fazer politica à meia dúzia de dias, e a falta de experiência é um problema.

Enfim, democracia é mesmo assim. Não vale a pena.
Os outros sistemas são piores.

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Aprendam que eu não duro sempre

Queria muito comprar um tablet.
Sem computador próprio deste Agosto ando a namora-los à muito tempo.
Primeira escolha foi um ipad, obvio. Toda a gente tem um e é "o melhor"...ou não.
Começo a ver as coisas que queria que um tablet fizesse por mim para ser útil e que com o ipad não ia obter:
1º ver filmes em streaming: nada, Adobe flash não há.
2º editar documentos em excel, word ou ppt: aqui depende, há quem diga que dá, há quem diga que é chato, há quem diga que não dá.
3º Preço razoável: com Apple não me parece.
4º acesso USB, HDMI: pois isso também não.

Então ipad não é para mim, já tinha escolhido Samsung para telemóvel, mesmas funcionalidades menos de metade do preço. E não me venham dizer que não é igual, porque é. Já tive um iphone, a minha familia toda tem iphone e não fazem nada com o telemovel que eu não faça. "ah e tal mas o iphone não pára nem se desliga"...certo, e isso vale 300-500€? Não. Para mim não pelo menos.

No entanto a Samsung que não me falhou em termos de telemóvel em termos de tablets não é bem a mesma coisa. Preço não é metade do ipad! São bonitos, mas são caros para o que eu queria dar.
Estive com o cartão na mão para o comprar na mesma quando o meu plus1 me pôs a falar com um engenheiro com gostos por tecnologia e que sabe tudo, e ele me introduziu a uma nova marca...BQ.
Portanto a BQ para quem percebe da coisa, faz tudo o que os outros fazem e mais (incluindo streaming, usb, hdmi), mas não é tão bonito nem tem coisas que não vou usar.
Para um usuario simples como eu, que usa o tablet para efeitos recreativos e pontualmente para trabalho, não vale a pena pagar por design e marcas. Quando descobri este novo mundo comecei a perguntar e percebi que efectivamente quem percebe e não quer pagar mais escolhe BQ.

Gostei muito, paguei 149€ pelo meu tablet de 8 pulgadas. Lindo que só ele, útil, pratico, com tudo o que os outros fazem. Recomendo, vão a FNAC e apreciem.



 

quarta-feira, 26 de março de 2014

Veteranos

Hoje no sinal perto de casa veteranos de guerra colectavam fundos dando em troca senhas.
Pus-me a pensar no porquê de homens que viveram uma guerra, a nossa guerra supostamente, terem de ir para o sinal angariar dinheiro para construir um centro de dia e de cuidados continuados? Se foram lutar pelo país, chamados pelo patriotismo, obrigados pelo estado-novo, porque é que o país não cuida deles?

E a minha resposta foi simples...já passou muito tempo, demasiado tempo para quem não sentiu na pele, e o país esquece. Os últimos 40/50 anos mudaram tudo de uma forma radical, e quem manda agora não sabe, nem viu. A guerra está distante, na minha geração ninguém sabe o que isso é, nem na antes da minha. E até o meu pai, que não foi à guerra por sorte, penso que não sabe o que é uma guerra.

E fui pesquisar e ler umas coisa.

Guerra do Ultramar - período de confrontos entre as Forças Armadas Portuguesas e as forças organizadas pelos movimentos de libertação das antigas províncias ultramarinas de Angola, Guiné-Bissau e Moçambique, entre 1961 e 1974.

Queria dar uma opinião sobre o assunto, mas o tema guerra para mim nunca faz sentido. Nem por todo o petróleo e diamantes do mundo se tem o direito de fazer um povo passar por isso. E portanto acho que a minha opinião já está dada. O dinheiro não paga a vida de um pai e que se lixe quem manda.

Não deve ser segredo as minhas orientações politicas para quem me lê. Mas neste tema, neste tema em particular não consigo. Não há direita nem esquerda para mim, há mandar pessoas para a morte por uma justiça que não se chama justiça (mas sim vingança em muitos casos, por causa de riquezas que se acha que se tem direito. É por o "bem estar do país" acima do bem estar do povo desse país. Mas o povo é que faz um país e portanto nada disso faz sentido nenhum.
E posso ouvir os lados todos, e ver 1001 documentários e filmes, com razões e motivos e justificação, mas para mim, na minha opinião, a guerra é, e será sempre, uma aberração, um não recurso, jamais em tempo algum. Da mesma maneira que quem decide se um país entra ou não em guerra, não devia sequer poder decidir
.


segunda-feira, 3 de março de 2014

Opiniões


No principio dos jogos olímpicos de Inverno, há umas semanas atrás, eram só renvindicações, pessoas nas ruas a reclamar o governo, a pobreza, a economia que estava a estalar e as tendencias pró-Moscovo do presidente. A coisa subiu de tom, pessoas a morrer, murmúrios a envolver a Rússia, algo sobre se estar apenas à espera que acabassem os jogos olímpicos para algo pior acontecer.
Os jogos acabaram (nem vou comentar todas as questões de preconceito parvo que envolveram estes jogos) e de facto a situação piorou. O presidente fugiu, aparentemente a temer pela própria vida, e não para quebrar abruptamente a governação do pais, não, nada disso. E o povo foi ver como era a vida de um presidente num pais onde o ordenado mínimo é no mínimo ridículo (373€ de acordo com o site United Explanations), e não gostou.
Uns dias depois, força armada entra pelo parlamento de Crimeia adentro, do dia para a noite aparecem armas de ultimo modelo na mão de "civis". Claramente que a parte pró-Russa sabia o que estava a fazer e o democrata Vladimir Putin não sabia nada sobre o assunto! A Crimeia é claramente o exemplo de uma fusão que dá problemas, era Rússia até 1954 e continua a albergar a frota naval russa do Mar Negro na cidade portuária de Sebastopol, e ainda tem uma comunidade anti-Russa lá pelo menos. Uma misturada.

E o que dizer sobre Vladimir Putin?, um democrata da porta da rua para fora, que é como quem diz para o exterior, porque na Rússia manda ele. Creio que a isso se chame ditador? Mas são só palavras afinal, a Rússia está evoluída que só ela, os tempos de Estaline já lá vão, a liberdade de expressão agora impera e as pessoas vivem alegres e contentes sem sombra de medo. Só para inglês ver! E portanto a Rússia, que é como quem diz Putin com  unanimidade parlamentar (ele tem de ensinar como é que isto se faz, unanimidade parlamentar!), decidem mobilizar forças militares, sem medos, para um território que pelo menos no papel não é deles e eles não tem de meter o bedelho!
Eu percebo, perder a Crimeia está fora de questão, tanto por orgulho como por dinheiro. Deixa-la com a Ucrânia, é deixar a porta de casa aberta para o ocidente, é ter o Inglês a olhar para dentro de nossa casa e a ver, que apesar de a Crimeia fazer parte da Ucrânia, o poder é Russo. Ou pior, ter um governo no continente que meta ordem nas ilha e acabe com a brincadeira Russa.

E agora o que é que se vai passar? As noticias de hoje são muito claras.
Em 1º lugar as forças militares estão mobilizadas, dez helicópteros russos de combate e oito aviões de transporte de tropas só nas ultimas 24h, e se a Rússia accionar as tropas, a Ucrânia não tem hipótese. Mas as consequências de um acto desses são imprevisíveis, a Ucrânia tem o ocidente com ela, alias tudo isto começou exactamente por causa disso, a Ucrânia queria largar de uma vez as raízes e juntar-se mais ao lado oeste da força.

Em 2º lugar começa a ouvir-se falar na palavra proibida nestas coisas, guerra! E pior, começam a enunciar-se todos os tratados assinados pela Rússia que já foram quebrados, a falar-se de sanções, a escolher-se lados. É o jogo do poquer, toda gente faz bluff, mas na realidade ninguém quer fazer nada, muito menos pela Ucrânia, a não ser o Putin, que de facto quer fazer alguma coisa e com isso pode gerar repercussões desastrosas, tanto para a Ucrânia como para o mundo.

Mas ainda há  o cenário da guerra civil, a Rússia finge que já não quer ter nada a ver com o assunto, sai de mansinho com palmadinhas nas costas e uma pequena multa, mantém o lugar no G8, e financia uma guerra civil por debaixo da mesa. O ocidente olha para o lado porque senão há violação da soberania de nenhum pais, então está tudo certo, e os desgraçados dos Ucranianos é que vão pagar o pato, que ainda por cima não tem dinheiro para comprar e vão dividir o pais.

Prognósticos só no final do jogo, mas não prevejo nada de bom (o que também pode ser a minha veia pessimista no que toca a ditadores dar o braço a torcer).



terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Ainda sobre a argumentação de ontem

Para mim basta uma criança mais feliz, uma criança que não tinha ninguém ou que foi maltratada e que agora recebe amor, carinho, uma casa, cuidados, atenção.
Basta uma criança para já me fazer todo o sentido.
A natureza fez as coisas de uma maneira, verdade, mas também fez as excepções a essa maneira. Crianças perdem os pais todos os dias, são maltratadas, abusadas...e isso também são excepções. Para casos excepcionais são precisas medidas excepcionais.
E como eu disse, basta uma só criança mais feliz para já valer a pena.
Tudo o resto são preconceitos, um Deus nos livre de a proxima geração ache natural que duas pessoas do mesmo sexo gostem uma da outra, mas Deus nos livre disso!
Para mim conta o amor, o respeito, a compreensão, o carinho...seja de que maneira for.

Isto porque ontem foi um pé de vento lá em casa. Credo!
Parecia que estava a discutir com o meu avô de 90 anos.