segunda-feira, 27 de julho de 2015

Só isto!

VHS

Traduzido pelo meu irmão, Verão na Holanda é Seca.
Só o facto de se chamar verão é já uma afirmação muito poderosa. Estão 17 graus lá fora, chove a cântaros, está assim desde sábado e vai continuar a semana inteira.
Fui eu que escolhi, não tenho do que me queixar, sabia ao que vinha...
O facto de andar tudo em regime militar lá em casa, também não ajuda. São  castigos todos os dias, lava os dentes bem lavados, come a horas, faz os trabalhos em condições, concentra-te...todos os dias. Estou cansada, e este mês não acaba! Juro que quando me vir a levantar voo para Lisboa até acho que é mentira. Não estou habituada.
Ah e espera...e estou em dieta rigorosa a ver se tiro os 3 kg da lua de mel que ainda aqui andavam.

Por favor tempo passa, que isto assim não dá!

sábado, 25 de julho de 2015

Ficção científica

Há uns anos, quando comecei a fazer ficheiros, apresentações e ajustamentos manuais, dizia frequentemente que não podíamos crescer sempre. Os meus chefes na altura riam-se com benevolência, como se eu não soubesse nada da vida.
Como hoje se viu, quanto mais alta é a subida, maior é a queda. 
Eu tinha mesmo de viver para ver este dia...nothing shocks me anymore!

Conselho

Teriam muito mais likes se pussessem fotografias do dia-a-dia, das zangas habituais, das remelas de manhã. Seria enjoativo na mesma, mas pelo menos seria real!

quinta-feira, 23 de julho de 2015

No parque

Não se estranha que, num jogo de basket, o melhor bracinho e o melhor peitinho sejam os únicos sem t-shirt.
It's simply human nature, I know it very well.

Estou casada, mas não sou cega.

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Já percebi

Como e que tanta gente estraga as crianças! Educar é difícil, demora tempo, desgasta e dá dores de cabeça.
Desde que o meu irmão chegou o meu nível de stress está no limite. 
Se não consigo fazer com que ele cresça e que deixe de ser preguiçoso, não sei quem conseguirá.
Tudo por ele mas a sangue, suor e lágrimas.

sexta-feira, 17 de julho de 2015

About Caitlyn Jenner

Há quem ache que o mundo evolui por causa dos avanços tecnológicos, dos drones que matam à distancia, do irmos a Marte ou termos fotografias de Plutão. Para mim um mundo evoluído é simplesmente um mundo em que nos respeitamos e ajudamos uns aos outros. Um mundo em que quem pode mais (porque se destacou em alguma coisa), trabalha mais para corrigir os desequilíbrios existentes, e os outros como eu, que são corriqueiros e banais, trabalham no seu mundo, e há sua volta conseguem pequenas mudanças. E de pequenos mundos em pequenos mundos conseguimos mudar alguma coisa e educar crianças com mentalidades diferentes.

Gostava de perceber o que é que incomoda tanta gente?, queria saber que transtorno é que lhes causa à vida as escolhas dos demais?, o que é que eles tem a ver com isso?, onde é que lhes doí? Mas depois de já ter tido esta discussão para mais de um milhão de vezes, já não digo nada.

Tento educar os meus desta maneira, em paz com eles e com os outros. De mente aberta porque no final somos pessoas, merecedoras de respeito. E por isso passo só esta parte do discurso, porque nenhuma criança devia ser sujeita a este tipo de comportamentos:

"I owe a lot to sports. It has shown me the world, it has given me an identity. If someone wanted to bully me, well, you know what? I was the MVP of the football team. That wasn’t going to be a problem. 

And the same thing goes tonight. If you want to call me names, make jokes, doubt my intentions, go ahead, because the reality is I can take it. But for the thousands of kids out there who are coming to terms with being true to who they are, they shouldn’t have to take it! 
So for the people out there wondering what all this is about — whether it’s about courage or controversy or publicity — well, I’ll tell you what it’s all about. 
It’s about what happens from here. It’s not just about one person. It’s about thousands of people. It’s not just about me. It’s about all of us accepting one another. We are all different. That’s not a bad thing, that’s a good thing and while it may not be easy to get past the things you do not understand, I want to prove that it is absolutely possible if we only do it together." - Caitlyn Jenner.

Crise de meia idade

Já sei como a minha vai ser! Vou-me passar porque estou a chegar aos 50, vou pegar na mochila, no meu mapa do tripadvisor cheio de pontos verdes, e vou fazer-me a estrada. Goodbye Maria Ivone. Começo num canto do mundo e acabo noutro. Estorrico as economias todas e depois volto, pobre mas feliz.

quinta-feira, 16 de julho de 2015

"Once again the world has proven, anything you can do, I can do better."

Ou como a frase "não há outra maneira" pode ecoar nos ouvidos de todos os senhores da extrema esquerda, que tem a mania de dizer que o que devemos fazer é ir no sentido oposto da Europa, sem fazer a mínima ideia do que dizem.

A Europa somos nós, mas ainda não totalmente. Ficar pode ser mau, mas sair seria muito pior, sempre. Estamos a caminhar, quero acreditar, apesar do mau feitio da Alemanha e de todas as outras diferenças entre nós, para os Estados Unidos da Europa. Cada um é como cada qual, mas fazemos parte de um todo. No entanto, ainda não estamos lá, e não é difícil um comum mortal perceber isso.

O Tsipras achou que sim, entrou a matar, com uma premissa de todo errada...a de que tinha escolha! Percebeu da pior maneira que, não só não tinha escolha, como tinha muito pouco poder negocial. Poder esse que perdeu assim que deixou passar 4 meses sem medidas reais, apenas utópicas.
Não foi o referendo que chateou a Alemanha, foi a petulância de ele achar que tinha como negociar numa Europa que ainda não é totalmente unida. Foi o "vocês têm de me dar dinheiro, mas não me podem exigir nada"...creio já ter referido aqui mais do que uma vez: dependência financeira gera todo o tipo de dependências.
Se não fosse tão novo com a mania que tem pelo na venta, se tivesse estudado bem a lição, tido umas aulas de estratégia e teoria dos jogos, ou simplesmente lido o The art of War, teria conseguido sem luta, um muito melhor acordo. Com boa vontade tudo se faz, apelar à união da Europa era vital, mostrar medidas concretas para acabar com o status quo ainda tão presente na Grécia era essencial, e claro dizer que ia percorrer pelo caminho das pedras, mas mostrando que se conseguia fazer melhor por outro lado. Custou anos à Grécia o inútil braço de ferro da esquerda, onde antes havia uma nódoa agora à um buraco...

Eu não sou contra o Tsipras, ele está para ficar, mudou de discurso e aparentemente vai arregaçar as mangas, e se os Gregos tiverem sorte, fazer o que tem de ser feito. O que é muito mais difícil do que o que todos os outros fizeram, incluindo o ex-ministro das finanças, que simplesmente se veio embora quando percebeu que o cocó ia chegar à ventoinha, com ou sem a vitoria do "não", e que a escolha era aceitar que o modelo utópico não funciona ou continuar com as balelas que não levam a lado nenhum, e ele escolheu a segunda. Agora senta-se na bancada a criticar, quando na pratica não fez nada. Os teóricos devem ficar onde pertencem, a dar aulas. Na vida real as escolhas são duras.

A Grécia vai sobreviver. Portugal também sobreviveu. Não sem dor, mas com lições aprendidas:
- Não se pode viver acima do que se produz,
- Deve-se questionar sempre o status quo, sejam lobbies ou politicos,
- Não há soluções milagrosas, if it seems too good to be true, it probably is.

terça-feira, 14 de julho de 2015

Me

"Someone once said, it's the good girls who keep diaries. The bad girls never have the time.
Me? I just wanna live a life I'm gonna remember. Even if I don't write it down."
B. Davis

sexta-feira, 10 de julho de 2015

And again

Entrei no aviao sem ter mostrado a minha identificação uma única vez! 
Toda aquela coisa do nome a fazer match com o cartão do cidadão, que no meu caso que tenho 6 nomes agora e nunca uso o primeiro e o ultimo, da uma trabalheira, não é preciso. Totally overrated!!
Boa viagem.
See you in Lisbon.

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Sobre imigrar

You do what you have to do, and you don't look back!
But you feel, you feel it in your bones.

Like every mean person

He hurt me, I hate him! Forever.

Ou pelo menos é o que acho que devia ser. Mas provavelmente eu é que sou má. Se deixas o flanco aberto, dás espaço...a quem te magoou? Are you crazy? For what possible reason? Being a better person and going to heaven?
Não é preciso um ódio activo, mas pelo menos uma indiferença mordaz. Treina-se, passado uns tempos já nem se nota.

Conclusão da semana

Eu, tal como a minha mãe antes de mim, sofro de enxaquecas!
Juro que tentei que assim não fosse, mas está semana, depois de mais um dia a ignorar e a não tomar comprimidos (para que é que eles servem, right?), abateu-se sobre mim dores inesplicaveis, juntamente a uma sensibilidade a luz e ao som...um terror!
Passou. Ficou a lição, assim que sentires a mais pequena ponta de dor de cabeça, ataca. Pode não ser nada, ou pode ser o inferno na terra!

domingo, 5 de julho de 2015

Isso

Dobrar a roupa depois de seca é quase como meditar!! 20 minutos apenas nós e as meias...dá para pensar.
Gosto. Respiro fundo e lembro-me das minhas antepassadas, e como tudo o que elas conheciam era isto. Agradeço que o mundo mudou. Arrumo tudo e sigo para a mesa. Enquanto eu arrumava a roupa ele fez o brunch!
Bom domingo.

sábado, 4 de julho de 2015

As ervas para a carne grelhada

Cheiram ao mesmo que  a mistura que a minha avó usava para defumar a casa.
E foi só isso.
Finalmente usei o verbo no passado. Finalmente depois de um ano, não penso primeiro que ela ainda está viva para depois me lembrar que não.
Nunca mais. Odeio. O luto tem destas coisas, crises mesmo. Momentos em que a onda ataca e limpa tudo, ou melhor as lágrimas e que limpam tudo até a próxima vez.
Há-de passar. Mas ainda grito, ainda acho injusto e ainda choro.
O último ano foi tão cheio de coisas para partilhar, coisas que ela nunca vai saber, ou que eu nunca vou poder contar.
Ouço as palavras dela, não sei se todos os dias, porque o faço sem pensar, mas muitas vezes. E depois há está pequena coisa, o cheiro das ervas da carne grelhada. E a minha avó que já cá não está. Damn it!

Lindo

Calor e sol na Holanda!
People are getting crazy.
I am loving it.

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Apesar de tudo

...o que a minha mãe já me fez passar até hoje, apesar de saber que ela está a colher o que plantou, custa-me ter de ser eu a bruxa má!
Sou eu que faço as contas, que trato das despesas, dos seguros, da água, da electricidade, da televisão...sou eu que sei, que o futuro é incerto, e as dívidas que ela acumulou (de uma vida de excessos a viver acima das possibilidades), ainda se podem tornar mais dolorosas.
Custa-me que ela não possa ter acesso a dinheiro nenhum, detesto ouvi-la chorar e imagino que doía. 
Mas a mim dói-me mais! Dói porque nunca gastei um euro a mais do que devia e tenho que estar sempre a fazer contas e a pedir coisas que nem são para mim. Dói, porque ela meteu-me no meio das dívidas dela e nem perguntou. Dói porque estou presa a bancos, e a ficheiros de excel, condenada a ter de gerir uma vida que não é a minha, para sempre.
E por isso, depois de tantos anos a doer sem me queixar, passei um bocado a bola. Pelo menos faço as coisas da maneira certa. Da mais trabalho agora, mas evito surpresas no futuro.
Ser eu não é fácil, mas faço-o com toda a graciosidade possível.