quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Coisas que me alegram


















Ir a New York no Natal!


quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Das coisas da vida

Tenho estado tão preocupada com tudo o que a morte do meu avô significa em termos de responsabilidade, que ainda nem consegui fazer o luto.

Noites sem dormir, problema atrás de problema, uma responsabilidade que, com esta idade ainda não devia ter, números e contas, voltas e voltas a pensar como vou conseguir pagar tudo, mas e chorar? Lembrar-me da nossa história juntos, dos bilhetes, dos passeios, dos almoços, das tardes passadas debaixo do sol alentejano, das mãos grandes sempre calejadas, das buzinadelas a anunciar a sua chegada, das esperas á porta de casa quando era adolescente...isso ainda não fiz.

Ao ultimo dos meus avós, como eu queria apenas chorar a tua morte sem mais nada. Desculpa por ainda não o ter feito.

quinta-feira, 9 de agosto de 2018

Sonhos

Mesmo quando não me lembro deles, sinto-os até aos ossos.

quinta-feira, 19 de julho de 2018

Teenage Dreams

Os teus sonhos adolescentes podem muitas vezes assombrar a tua pacifica existência.
Podemos fugir de muita coisa, praticamente tudo, mas não da nossa cabeça. 

Eu disse que este luto ia ser uma montanha russa. Estava certa.

sexta-feira, 13 de julho de 2018

Sándor

Ele há livros...

"I am a woman: both criminal and master detective, both saint and spy, everything at once when it comes to the man I love. I'm not ashamed of it."

"Passionate souls like yours are proud and suffer greatly."

"I knew right then that it wasn't I who had decided a course of action: the action had decided me."

"I don't believe in tears. Pain is silent and sheds no tears"

"Because is not true that suffering purifies people; that we become better, wiser, more understanding in the process. We become cold and indiferent. When, for the first time in our lives, we properly understand our fate, we become calm. Calm and extraordinarily, terrifyingly lonely."

"...as I knew it, even without the words, because I did not yet have words for things in life...The right words always come too late and we pay a terrible price for them".

Melhor só em português.

Ainda sobre o mesmo tema

O luto não é um período fixe, mas o tempo ajuda a melhorar tudo.
Os primeiros dias são uma corrente continua de agua, que não deixa nem respirar. Com o tempo a dor vai vindo em ondas, umas conseguimos passar por cima, outras afundam-nos por completo. Com mais tempo,  apenas a onda ocasional nos deita abaixo.

Para mim a dor do luto é a ausência, o vácuo, vazio. Quando nos habituamos há ausência começamos a vir à tona de agua, voltamos a respirar.

Para algumas pessoas, todos estes sentimentos por animais podem parecer exagerados. Para mim ele fazia parte da família e dai não há volta a dar.

Dor é dor. Ponto.

domingo, 8 de julho de 2018

1 ano


Amor. Alegria. E medo.



sexta-feira, 6 de julho de 2018

Another day

Terceiro dia.
Fiz yoga no meu tapete picotado, 60 minutos inteiros sem um gato passar no meio das minhas pernas a pedir mimos. Devia ter percebido que ele não estava bem pelas ausências no tapete no ultimo mês...

Sinto-me emocionalmente desequilibrada. É melhor apertar o cinto, os próximos dias vão ser uma montanha russa.

quinta-feira, 5 de julho de 2018

Dexter

Segundo dia hoje. O meu gato morreu há dois dias, ou melhor dizendo, eu tive de matar o meu gato há dois dias (se é que faz alguma diferença, já nem sei). Num momento estava aqui, deitado à janela e de repente já não estava mais. 
Um vazio cá dentro. Um vazio na casa, na janela da casa de banho, no silencio atrás da porta fechada, na caixa de transporte ainda no hall de entrada. Uma dor horrorosa que não tem por onde fugir sem ser pelos olhos.

Os animais são família, conforto nos dias tristes, risadas, ronronares a meio da noite, mimos no sofá. A nossa vida em conjunto foi feita de momentos especiais (levei-o para o meu casamento, afinal de contas!) e de quotidianos, atividades repetidas de aparente pouca importância, mas que na soma de todos os momentos, os que mais me vão trazer saudade.

Sabia que este dia ia chegar, os animais vivem sempre menos em teoria, mas achei que tinha muito tempo (um erro quase comum), muito mais tempo do que o que tive, isso é certo. Os gatos duram pelo menos 15 anos, este tratado a sopas e pão de ló, duraria certamente 18 ou mesmo 20...que erro tão crasso! Um gato como o meu não poderia durar tanto, não seria natural. Um gato que mais parecia um cão de tão bonzinho que era, que nunca mostrou as unhas, ou bufou, não era um gato comum. Era o meu e por azar era doente.
Ele tinha de morrer cedo. Um gato tão querido não podia durar muito.

Tive um ano para me preparar para a morte dele e não estava preparada. Não quis pensar sobre isso, recusei-me a ver o óbvio, que acontecia todos os dias diante dos meus olhos. Uma prostração anormal, um cessar de qualquer tipo de brincadeiras, a ausência constante no tapete da sala.
Só espero não o ter feito sofrer. Só espero que a minha teimosia em mante-lo vivo, á base de comprimidos e biscoitos dados na boca se tivesse de ser, não o tenham atormentado até ao fim.

E agora olho para os sítios onde ele costumava estar e ele não está. Olho para a arranhadela que ainda tenho no braço, a ultima feita na despedida sem querer, e penso que nunca mais o vou ver.  A garganta fechasse neste nó de tristeza que só sai quando sair, porque a tristeza é assim mesmo.

Hoje pedi para tirarem e limparem as coisas dele daqui de casa. Não o conseguia fazer eu. E então hoje pela primeira vez, cheguei a uma casa sem vestígios de gato, sem comida espalhada pelo chão, pedras soltas e pelos pelo ar. E confesso, não queria chegar a esta casa, queria chegar a minha casa e a a minha casa tem um gato. Ponto final.

O animais fazem parte da família e o meu foi a coisa mais querida do mundo. O melhor gato que poderíamos ter tido. Só queria que o tivéssemos tido mais tempo. Só isso.
Mas como não tivemos, agradeço todos os ronronares, todas as lambidelas às 6 da manha, todos os olhares (pouco) ferozes quando o escovava, todas as vezes que me deitei no chão a dar-lhe festas na barriga e que sai atrasada para ir trabalhar. Agradeço ter-me deitado no chão todas as vezes e ter brincado tudo o que podia. Agradeço não o ter enxotado da cama porque era cedo, não ter fechado a porta para fazer xixi em paz e não lhe limitar o espaço.
Agradeço tudo na verdade, porque depois da tristeza passar, o amor vai ficar. E esse ninguém mo pode tirar.

segunda-feira, 25 de junho de 2018

Treino

A minha gravidez teve destas coisas:
a) medo de treinar e perder o bebe
b) medo de ficar com problemas nas articulações dado que tudo no corpo fica solto em preparação para o parto
c) medo de estragar os músculos abdominais
d) preguiça geral

Com tanto medo (justificado ou não, não sei) e com tanta preguiça o certo é que tive praticamente um ano e picos sem fazer nada de desporto, o que já não acontecia desde 2002.
Depois do M. nascer decidi contratar uma PT especializada para me tirar os medos...e ela conseguiu. O medo saiu mas a preguiça ficou. E com ela o atrasar de voltar a treinar todos os dias com desculpas como a falta de tempo, trabalho, coisas da casa, e outros. Tudo serve de desculpa quando não se quer.

Há um mês, mais coisa menos coisa, comecei a perceber que ou fazia as coisas a serio e me prioritizava, ou que tentar ir ao ginásio 2 vezes por semana e depois não ir outra semana, nunca iria voltar à minha velha forma.
E como eu quero a minha velha forma! Não posso aceitar, nem baixar os braços e achar que este corpo vai ficar assim...fora de questão. E não é só a questão estética, gosto mais de mim agora com estes quilos todos a mais do que gostei a vida inteira, mas o impacto de parar o desporto sentiu-se em tudo. Na gordura acumulada na barriga, nos problemas de circulação que nunca tive, na celulite em sítios que não é suposto ter. Não quero! Nunca fui magra, nem preciso de ser magra, mas gosto de estar em forma, de treinar com os rapazes e fazer-lhes frente, de chegar chegar com as mãos ao chão e ser flexível, de subir as escadas e não ficar a arfar.

Então comecei com duas regras básicas: nunca fico mais de 2 dias sem treinar e tenho que tentar todos os dias fazer qualquer coisa (andar a pé,  Yoga no tapete da sala, o que for).
Tudo a correr sobre rodas, a bem da verdade treinar nunca foi o eu problema. Adoro!

O meu problema agora (e como sempre) é a comida mesmo. A balança. O peso da gravidez que não me larga nem por nada. E mesmo não comendo açucar, nem gorduras, nem álcool, nada (a meu ver) que dê para engordar, a verdade é que de momento (e posso culpar a idade por isto), também não dá para emagrecer. Está maravilha de ser a melhor da minha turma em manter o peso e engordar, mas péssima a emagrecer.

Por isso vou ter de fazer disso uma prioridade. Assim que a questão do treino estiver bastante oleada e sem necessidade de esforço já vou passar para a questão da comida. Para mal dos meus pecados porque odeio fazer dieta, pesar comida, contar calorias, passar fome.
Infelizmente para mim, de outra maneira, não funciona. Comer saudável e deixar o peso ir-se perdendo, não resulta, fico na mesma e não perco nada. Raios!!

domingo, 24 de junho de 2018

Priceless

O momento em que estás a fazer uma revisão ao teu armário e decides passar para a gaveta da roupa de dormir algumas peças que já usaste como vestido.

Parar para pensar, e descobrir que, de todas as vezes que tinha rasgos de alta auto-estima, e usava sem pudor, vestidos (claramente) demasiado curtos, uma historia daquelas para contar, acontecia. O poder de um vestido preto, não pode jamais, ser negligenciado.

Se eu tivesse a auto-estima que tenho hoje, há 10 anos atrás tinha-me divertido (ainda) mais.

Crise de meia idade?

Perdi a cabeça, estou a virar loura.
Quando chegar a Marilyn comunico.

sábado, 23 de junho de 2018

Playlist

Só toca em português nos últimos dias.
Quando mais quero agarrar a minha língua mais ela me foge.
Areia entre os dedos, misturada com a terra que é o inglês.
Coisas que já soam melhor por Shakespeare do que por Camões. Não quero e não sei sequer se tenho escolha.

sexta-feira, 22 de junho de 2018

Anthony, Oh Anthony


Sobre o suicídio do Anthony Bourdain:
Não posso tolerar, nem aceitar, nem perceber, nem perdoar, nem relevar, nem encontrar culpados ou culpadas e nem tão pouco desculpas. Ele matou-se e literalmente tudo o que ele fez morreu.
E para mim ele não deixou nada. Ou melhor, deixou uma filha e uma mãe que tem de explicar a essa criança que ela é tão pouco importante, que o pai tirou a própria vida e não pensou sequer no que isso ia fazer a dela.
E irrita-me porque eu adorava o Anthony. Foi o livro dele o primeiro presente que o meu marido me deu, foi ele que nos fez correr cidades à procura daquele restaurante, foi graças a ele que comi o melhor mil-folhas da minha vida, foi ele que nos fez sonhar no sofá sobre os sítios que íamos (e vamos) ver e toda a questão do suicídio é uma completa estupidez.
E eu sei que a depressão é uma doença real, mas no final das contas feitas, para mim, é só mais um pai que pensou mais nele do que na filha, e isso não consigo aceitar.
Se o desculpar a ele tenho que desculpar a minha mãe também, e quase 14 anos depois (da tentativa falhada), ainda não me sinto preparada para a perdoar. Sinceramente, nem sei se algum dia me irei sentir.
E eu sei que perdoar ou simplesmente aceitar e tirar isto de dentro de mim, só me daria paz. A paz com que vivo diariamente e que durante dias que foi perturbada, simplesmente porque alguém que eu admirava se matou. Mas não consigo. E por isso, o Anthony teve de morrer de vez, não só em sentido literal (óbvio) mas em sentido figurado também.
Não quero saber os porquês, não quero ver os programas, não quero ler os livros, não quero fazer as receitas. Não quero celebra-lo na morte porque já não o acho digno de admiração.
Claro que vejo a minha própria injustiça nestas palavras e por isso, o facto dele ser de alguma maneira imortal, sossega-me. Posso um dia mudar de ideia e ele ainda vai lá estar em toda a sua genialidade, a mostrar-me o mundo e a atiçar em mim a vontade (continuamente latente) de por a mochila as costas e ir conhecer o mundo. Mas esse dia ainda não vai ser hoje...

Aborrecimentos

Esta sensação de não saber bem o que é, mas ser alguma coisa, não me larga. Um aborrecimento latente derivado a uma agenda estruturada, um dia após o outro. Tudo pensado, tudo organizado.
A ironia de ser exactamente esta organização que me permite ter tempo para estar aborrecida e ter ao mesmo tempo este doce amargo na boca.
Preciso de algum espaço controlado para o imprevisto. Preciso de criar alguma coisa, trabalhar na minha criatividade, deixar o meu outro lado solto no sitio onde ele deve ser solto, e não somente à solta.
Preciso de não me descuidar do meu lado direito, de lhe dar espaço e não tentar afoga-lo em agendas organizadas e dias estruturados, mas por estes dias, o meu trabalho é estruturar. É nisso que eu sou boa. Dar uma direcção aos outros, indicar-lhes o caminho e faze-los chegar onde eles nunca pensaram antes ser possivel.
E quanto mais eu organizo, mais o outro lado gritar. Mais as minhas asas se agitam contra a gaiola, mais o espartilho me aperta, e mais aborrecida eu fico.
A solução é escrever, pintar, inventar, criar e dar algum espaço para o imprevisto. A solução é começar a escolher o destino das férias, ansiar por sexta feira porque o fim de semana vai ser diferente, ter conversas imprevistas com amigos e não deixar o outro lado tão frustrado que o leve a fazer coisas parvas. Deus sabe como o meu outro lado gosta de saltar para o desconhecido, rir-se face ao perigo, ter comportamentos irracionais e agir estupidamente andando em círculos sem nexo só para sentir que não está no mesmo sitio.
Por isso vamos dar-lhe o que ele precisa antes que ele venha e tire. Maldito cérebro.

sábado, 9 de junho de 2018

Mother´s life

Assim que me sento com o portátil á frente e penso "vou escrever", ele acorda.
Voltarei mais tarde. Tenho a cabeça a fervilhar!!

sexta-feira, 8 de junho de 2018

Das coisas que eu ouço

"If you can bite, you generally don't have to".
Jordan B. Peterson

quinta-feira, 7 de junho de 2018

Guilty Pleasures



O que fazer, sem ser admitir?
Guilty pleaseures não se explicam...

terça-feira, 5 de junho de 2018

Funfacts of the day

I write.
Disse-o aos meus colegas, convictamente.
A verdade é que, não obstante o tempo que estou sem escrever, na minha cabeça há sempre um novo texto a surgir.
Palavras pensadas e não escritas. Pensamentos, segredos, tudo o que não digo. Banalidades e coisas superficiais. Pequenos mal-dizeres do dia-a-dia e grandes elogios.
Estou sempre a escrever. Nem sempre tenho é papel.

terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Morning

O impacto que um bom acordar tem no dia de uma pessoa é extraordinário!
Oh happy day!!

sábado, 20 de janeiro de 2018

If you ask me, I am ready.

Com a intensidade com que eu vivi até aos 28, posso dizer com certeza, se alguém com mais poder que eu, não me tivesse protegido em pelo menos uma dúzia de ocasiões, eu teria embatido violentamente contra as rochas.
Todas as vezes que perguntei “porque não?”, que roguei pragas ao destino e culpei a sorte, vejo agora fui apenas abençoada e protegida.
Se tivesse vivido certas coisas (ainda mais do que vivi), tinha-me desfeito, queimado de dentro para fora, quebrado para lá de conserto e hoje não seria a pessoa que sou.
Vejo-os aos dois a dormir ao bem lado, e só com muita benção é que poderia ter o que tenho hoje. 
Olho para trás, a música normalmente leva-me ao passado, e passo em revista certos acontecimento, momentos de viragem, decisões que pareceram na altura tão pequenas mas que inviabilizaram algumas estradas, cortaram, interromperam. Tudo eu! Todas as vezes que disse e jurei que era a última, foram glutões de força para a última a sério. E quando cortei não cortei só, rasguei, amachuquei e deitei fora. Uma coisa é certa, quando corto, é de vez, sem retorno, como senão tivesse existido jamais.
Esta minha capacidade de corte arrepia-me, mesmo que ache numa destas minhas visitas ao passado que fiz mal, não volto para trás, não dou o braço a torcer, não me arrependo sequer. 33 anos e continuo a ter apenas um arrependimento na vida, que passei muitos anos a tentar compensa-lo, mas infelizmente há dias que não voltam. 
Há coisas que sem dúvida faria diferente, mas mesmo essas foram perfeitas, peças para me tornar no que sou hoje.
E quando tiro estes pensamentos do meu sistema deixo de ter o que escrever, a paz retorna.

sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Férias

A sonhar com férias e com um trabalho importantíssimo para entregar antes disso.

Adivinhem?

quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

11/365

Sem tempo para respirar!

quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

10/365

Voltar a rotina deixa-me feliz.

Quando era mais nova achava que a rotina era aborrecida, todos dias iguais e sem piadinha nenhuma. Hoje em dia a rotina é o que me permite fazer tudo o que tenho para fazer. A rotina coordena-me, orienta-me, dá-me tempo, facilita.
Claro que para dias e dias de rotina, há depois as férias no horizonte. Duas semanas de plena não-rotina para apimentar a vida. E claro, há também os inesperados, as coisas que fazemos porque nos apetece e "que se lixe".

E se antes a rotina já era importante, hoje em dia com o M. é ainda mais. Para ele é o melhor que há, saber que depois desta atividade vem aquela e que na hora certa vai dormir e comer. Há uma calma na rotina.
A vida é boa na mesma, é só mais organizada.


Sobre o meu trabalho


9/365

Tentar cumprir as resoluções de ano novo é difícil!!!

Mas até agora tenho conseguido mais ou menos.
Doces foram apenas duas vezes, uma por educação e outra porque era o aniversario do N.
Escrever...nem sempre me lembro. Ou melhor, lembro-me na minha cabeça mas senão escrevo logo é uma desgraça.
Horário novo para o ginásio, isto é de manha antes de vir trabalhar, foi o primeiro dia hoje. E aconteceu. Atrasada, a correr, em stress, mas aconteceu!

Vamos ver. Insiste, insiste e não desiste.


terça-feira, 9 de janeiro de 2018

Homo Sapiens

Uma pequena historia sobre quase tudo.
Para quem quer cultura geral, é um sonho tornado realidade. Se se for pesquisando á medida que se vai lendo, aumenta-se conhecimento em catadupa.
Não consegui ler em Português, coisa que atualmente prefiro, mas valeu na mesma. Demorei só 6 meses para o acabar. Em minha defesa digo que foram 6 meses muito ocupados com livros de bebés e poucas horas livres, por isso tenho uma desculpa.
Assim que der um bocado de vazão á minha atual lista de livros quero ler o novo dele, Homo Deus. Diz quem leu que também vale muito a pena.

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

8/365

Trabalhar de casa é uma das melhores invenções da história e uma das razões porque eu gosto tanto to meu trabalho.
Ter liberdade de entrar e sair quando quero, trabalhar de casa um dia ou dois por semana, não ter de trabalhar depois das 17h e não ter ninguém a controlar horários, faz com que eu trabalhe muito mais e muito mais motivada. Não interessa quantas horas estou no escritório, interessa a qualidade do trabalho que apresento, o cumprimento dos prazos, a responsabilidade que tenho e o trabalho em equipa.
Tão diferente do que acontecia em Portugal que às vezes nem acredito que já trabalhei dias a fio durante mais de 12h, incluindo fins de semana e feriados e ainda por cima por meia dúzia de tostões.
“É assim a vida”, “aguenta-te” ou “se não fizeres há quem faça”, são algumas das expressões que ouvi das mais variadissimas pessoas. Mas quando mais envelheço mais acho uma barbaridade o mercado de trabalho em Portugal.
Chegar a casa as 20h, depois de um transito infernal, fazer jantar, cuidar dos filhos e deita-los. Cair na cama as 0h, podre para acordar no dia seguinte as 7h da manhã e começar tudo outra vez!!
Não entendo porque é que temos a cultura do viver no escritório, do estar lá a marcar presença, dos almoços intermináveis, dos chefes controladores e das reuniões a começar as 18h...não entendo! Não faz sentido! 
Viver só para o trabalho não faz sentido.

Isso


Quero tanto que o meu próximo filho seja uma menina. Mas tanto!!
Preciso de educar uma mulher.


domingo, 7 de janeiro de 2018

7/365

Hoje voltei a correr.
Estava um dia lindo, daqueles que enganam...com tanto sol só pode estar calor, certo? Não, nada mais incorreto. Um vento frio que entrava pelas 3 camadas de roupa que tinha, as mãos geladas, e a ponta no nariz vermelha. Demorei mais de 10 minutos a aquecer!
Mas depois disso fez-se bem. Pelas margens do Amstel quase me esqueci porque é que não gosto de correr. Claro que como foi a minha primeira corrida em mais de um ano (os 10/15 minutos que faço na passadeira não contam), não fui a abrir, em esforço e sofrimento. Talvez por isso não tenha sido tão difícil como me lembrava.
Olhei para o meu Nike Run e fiquei impressionada comigo mesma. Gostando ou não de correr tenho lá corridas frequentes, apesar de remontarem a 2016, e muitas delas acima dos 8k.
Ontem fiz quase 4k, nada mau a meu ver depois de tanto tempo parada.
Se será para continuar ou não, só o tempo dirá. O tempo literalmente, porque sol aqui no Inverno não acontece muito!

Cova da Loba


Vir para o interior 2 a 3 vezes por ano é para mim, neste momento, tão certo como o sol nascer todos os dias.
E se no Verão é tudo diversão, calor, passeios depois do jantar, feiras e bailaricos, no Inverno é frio, nevoeiro e extremamente chuvoso.
Por isso, este Inverno decidimos não ficar só a lareira a comer, beber e ver filmes, mas sair por aí e experimentar os melhores restaurantes das redondezas.
Cova da Loba em Linhares. 
Em frente à igreja matriz, ao lado do castelo, com uma vista arrebatadora. 
O restaurante não tem janelas, e esse é talvez o único ponto menos bom, para fãs de sol como eu. Resolvido pelo facto de ter ido ao jantar.
O restaurante para mim é um 5 em 5. 
O serviço é atencioso e gentil sem ser aborrecido ou intrusivo. 
O tempo de espera entre partos é perfeito para deixar a conversa fluir.
A comida é deliciosamente bem confecionada, os ingredientes no prato fazem sentido juntos, todos os elementos tem a sua função. A comida não aborrece e não pede por ingredientes que não estejam lá. 
Iniciamos com um queijo de cabra com frutos vermelhos e um prato de alheira bom demais para descrever.
Continuamos com polvo acompanhado de migas, numa mistura de Interior e Alentejo e vitela com batata, feijão verde e um toque de queijo da serra, porque afinal Linhares fica na Serra.
Em termos de doces não inventamos, leite creme (para mim quase obrigatório experimentar em todo o lado em que haja) e folhado de requeijão com doce de abóbora. No que diz respeito aos doces, á parte da típica adição de canela, que para mim só estraga (sentimento não partilhado com 90% da população e por isso nem é um ponto negativo), o folhado. Este não sendo feito na hora é por isso mais massudo do que o que seria desejável, é o único reparo feito a toda a refeição.
A garrafeira é generosa e variada. Optamos por um Douro, Dona Berta tinto cão monocasta, porque no interior come-se carne (apesar no prato de polvo que ter estado mais do que á altura). E posso-vos dizer que uma garrafa não foi demais. Além de ter emparelhado maravilhosamente com todos os pratos, era suave e forte simultaneamente, bebia-se desacompanhado da comida sem pestanejar.
A localização já vos falei, e faz parte da experiência, porque a comida faz sentido com o local.
O espaço estava cheio (todas as mesas ocupadas), mas sem se tornar ensurdecedor. Conseguimos conversar calmamente durante todo o jantar ao som de Michael Bubble - talvez a segunda crítica (se assim lhe podemos chamar) ao restaurante.
O dono foi de uma simpatia sem tamanho, e não só. Como eu esperaria depois de uma refeição como a que tive, porque afinal os ótimos restaurantes não caem do céu, são criados e aperfeiçoados com o tempo, ele perguntou a nossa opinião sobre a refeição. E nós, porque procurar bons sítios para manjar faz parte da nossa lista de hobbies, fomos 100% sinceros relativamente ao único ponto, o folhado!
E por fim, aquilo que todos se devem estar a perguntar...e o preço? Na minha opinião dinheiro dado sem pestanejar, aproximadamente 40€ por pessoa. Já dei mais por muito pior comida, posso-vos dizer - nem vou começar a falar dos restaurantes em Amesterdão, mas um dia conto-vos.

sábado, 6 de janeiro de 2018

6/365

O silêncio da minha casa é de ouro.
As malas ainda não estão totalmente arruinadas, mas amanhã e outro dia. 
O M. prepara-se para uma noite inteira de sono, e ve-lo dormir é das coisas que mais gosto.
Sou feliz.

Melhor que resoluções de ano novo

E pode fazer-se o ano inteiro, em qualquer altura.


Nadsdsd

sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

5/365


A Eleanor deixou-me em terra lusas.
A mensagem da KLM na terça-feira foi clara, não viajarás debaixo de uma tempestade - segurança acima de tudo.
Claro que, como sempre acontece quando a vida te troca as voltas, foi uma confusão. Mudar os planos, avisar o trabalho, organizar a vida de outra maneira. Tudo se faz, mas chateia, especialmente quando ansiava voltar para a minha casa e para o meu gato.

Isto de dizer "voltar a casa", quando me refiro a voltar para Amesterdão, tem muito que se lhe diga. Creio que já falei sobre isso, e voltarei a falar. Casa é onde o nosso coração está, onde nos sentimos seguros, onde gostamos do dia-a-dia e no limite, onde o nosso animal de estimação vive...mas casa sempre foi Lisboa, e agora já não é. A ideia estranhou-se e depois entranhou-se. A minha casa já não é em Lisboa, cidade que foi e sempre será a cidade da minha vida. Mas isso não é uma coisa má, muito pelo contrário. Sei que um dia voltarei, mas entretanto terei outros amores, pisarei outros chãos e amarei outros locais.

Por isso hoje, faço malas, trabalho e bebo o meu chá a cantarolar. Amanhã já estou em casa!!

quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

4/365

Depois de quase 6 meses, o meu período voltou.
É quase cómico de tão confuso que é...parece que tenho 13 anos outra vez!

Tenho muito respeito por quem mora no interior do país em pequenos municípios. Eu, nascida e criada em Lisboa, observo as pessoas daqui e elas são exatamente como eu. No entanto, provavelmente pelo facto de nunca aqui ter morado, estranho os costumes, o conhecimento total da vida alheia, a ausência de opções, a vida pacata, a aceitação.
É definitivamente uma vida muito diferente da minha e com as suas vantagens. Um ritmo calmo, tempo de qualidade para a família, amigos próximos de casa.
Mas, apesar de algumas vantagens aparentes, não me consigo imaginar a viver aqui. Sinto o mesmo que sentia quando ia para o monte no Alentejo nos verões anos e anos a fio - ótimo para passar férias, especialmente as de Verão - mas impossível por mais de 15 dias. Sou um bicho de cidade, sempre fui. Gosto de ter tudo ao pé, de me conseguir deslocar para qualquer lugar do mundo em meia dúzia de horas, sinto-me livre e em movimento, opções alargadas, independente posso fazer tudo sem restrições e sem pensar no que é que os outros vão dizer.
Talvez com o tempo e com a velhice isso mude. O que queremos aos 30 não deve ser a mesma coisa que queremos aos 70, e se pensar agora a 40 anos de distancia num monte Alentejano, com uma poltrona, biblioteca, lareira no Inverno e um cão, acho que era feliz.

quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

3/365


Passear é uma das minhas actividades favoritas.
Sabendo disso, e do triste que estava, o meu mais que tudo levou-me a passear.
Carro, montanhas, música a tocar e sou feliz. Sou tão feliz com pequenas coisas!
E depois chegar a casa e voltar a sair para bater perna com o M. Sentado no carrinho, comigo a empurra-lo, vai até ao final do mundo.

terça-feira, 2 de janeiro de 2018

2/365

O facto do nosso cão morrer não interessa a ninguém. Só nos custa a nós, só a nós faz doer...não há ninguém com quem falar, ninguém a quem a avisar e ninguém que intenda o que é perder o nosso animal de estimação, a não ser os que já passaram por isso.
A antecipar o que hoje aconteceu, o meu cão foi-se embora esta de manhã.
E há quem diga que ele até não era o meu cão, porque estava em casa dos meus pais, ou que era o cão da minha irma porque foi presente para ela, mas para mim isso não interessa. Importa o que eu sinto, e o que eu sinto neste momento é uma tristeza enorme, uma angústia e um princípio de saudade dos momentos que não vamos passar juntos.
Dennis, meu querido, foste muito bom cão.
Até sempre.

segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

Ao meu cão Dennis

Foste muito bom cão. Sempre.
E agora que se aproxima o final só gostava de poder fazer-te sentir o quanto és amado por todos nós.
Não sei se vais voltar a casa, e apesar do tempo que tivemos para nos preparar, acho que nada vai facilitar o momento. O momento em que termos a certeza que não vais voltar, em que vamos decidir acabar com o teu sofrimento e deixar-te ir.
Foste muito bom cão! Eu sei que já disse mas quero repetí-lo tantas vezes quantas possíveis porque eu já não te vou ver mais. Soube disso quando cheguei a casa dos meus pais, quando estive deitada contigo no chão e quando ajudei a por-te no carro para ires para o veterinário. Soube disso na sexta feira quando me vim embora e sei-o agora, eu já não te vou ver mais.
Sabemos que os animais vão durar menos, sabemos que vai doer no final, mas é difícil imaginar o quanto irá doer todos os dias sem ti.
Foste tão bom cão!! Foste o melhor dos amigos, o mais fiel companheiro, o brincalhão de serviço, o descarado a pedir comida, o olhos tristes quando ficavas sozinho.
Vai ser muito difícil perder-te e ainda mais tomar a decisão de te deixar ir. Mas faremos sempre o que for melhor para ti, por isso somos os teus donos desde cachorro.
Foste muito bom cão! Adoro-te.

1/365

Trancoso é frio, não é novidade!
Por isso em vez da minha ida anual a praia fiquei a lareira.
Comida boa, vinhos melhores e doces que não acabam.
Mais uma vez hoje deparei-me com a realidade irremediável que é ser mãe. Nao há como delegar totalmente as nossas tarefas. O M. nem sempre deixa e eu nem sempre consigo. Acho que começo a precisar tanto dele como ele de mim, num enlace difícil de explicar.
Um filme dura 2h, mas essas 2h parecem uma eternidade quando se é mãe. Impossível ver um filme de seguida. E não, não é mito!

2018 e os votos


Durante muitos e muitos anos, votos para o novo ano e revisão do ano que passou, era algo a que me dedicava durante largas horas.
Hoje, por falta dessas horas ou porque me tornei uma pessoa mais simples ou porque sei que o novo ano não faz velhos milagres, não dedico tempo substancial a pensar nisso.
Na mesma acho importante referir que 2017 foi um dos anos mais importantes da minha vida, foi o ano em que fui mãe pela primeira vez. E atenção que 2017 não foi o ano mais fácil de todos, ou o mais feliz de todos (nem sei bem se isso existe), mas foi o ano marcado pelo M.
Desde que o soube dentro de mim, que toda a minha existência começou a passar por ele também, de manhã quando acordo, a noite quando me deito, não existe já um mundo onde ele não esteja. E maravilhoso e assustador ao mesmo tempo.
Por isso 2017 foi único e irrepetível.
Para 2018 quero apenas o mesmo que todos os anos, amor, paz, saúde e sorte.
Quero também continuar a melhorar coisas em mim e para mim. Quero ser (ainda) mais organizada, quero poupar, quero trabalhar mais, quero ir ao ginásio pelo menos 4x por semana, quero ter quilos de paciência para o M., quero alimentar-me melhor, quero ser um bom exemplo para o meu filho, quero ter tempo para o que me faz feliz como ler, escrever, estar em casa com a minha família no quentinho do meu lar, quero que todas as pessoas que eu amo tenham montes do mesmo que eu pedi para mim, amor, paz, saúde e sorte.
Quero também deixar maus hábitos, o botão de snooze, o mau feitio quando tenho sono, o queixume por causa do frio, do calor, da falta de tempo, do cansaço...o queixume em geral vai ter de desaparecer. Quero não comer porcarias que me fazem mal, quero tratar melhor de mim, sentir-me bem e saudável.
Parece que quero muita coisa, mas na realidade o novo ano só se faz dia a dia. A cada dia que voltamos a velhos hábitos, é preciso acordar no dia a seguir com mais força para mudar, para melhorar. 
Tudo o que quero este ano já queria no ano passado. Algumas coisas consegui dar uns passos valentes para a frente, noutras nem por isso, e é por isso que o os votos de novo ano nunca acabam. Há sempre por onde melhorar, há sempre mais para aprender, há sempre os desafios e as pedras ao longo do caminho, há sempre momentos de desespero e tristeza e momentos de pura alegria e felicidade.
Por isso escrevo nestas primeiras horas de 2018, porque sei que este ano vai ser 1000x diferente to que passou, mas ao mesmo tempo sempre igual. Nunca percebemos bem quando mudamos, o certo é que de ano para ano não podíamos ser mais diferentes.
Feliz ano novo!