segunda-feira, 25 de junho de 2018

Treino

A minha gravidez teve destas coisas:
a) medo de treinar e perder o bebe
b) medo de ficar com problemas nas articulações dado que tudo no corpo fica solto em preparação para o parto
c) medo de estragar os músculos abdominais
d) preguiça geral

Com tanto medo (justificado ou não, não sei) e com tanta preguiça o certo é que tive praticamente um ano e picos sem fazer nada de desporto, o que já não acontecia desde 2002.
Depois do M. nascer decidi contratar uma PT especializada para me tirar os medos...e ela conseguiu. O medo saiu mas a preguiça ficou. E com ela o atrasar de voltar a treinar todos os dias com desculpas como a falta de tempo, trabalho, coisas da casa, e outros. Tudo serve de desculpa quando não se quer.

Há um mês, mais coisa menos coisa, comecei a perceber que ou fazia as coisas a serio e me prioritizava, ou que tentar ir ao ginásio 2 vezes por semana e depois não ir outra semana, nunca iria voltar à minha velha forma.
E como eu quero a minha velha forma! Não posso aceitar, nem baixar os braços e achar que este corpo vai ficar assim...fora de questão. E não é só a questão estética, gosto mais de mim agora com estes quilos todos a mais do que gostei a vida inteira, mas o impacto de parar o desporto sentiu-se em tudo. Na gordura acumulada na barriga, nos problemas de circulação que nunca tive, na celulite em sítios que não é suposto ter. Não quero! Nunca fui magra, nem preciso de ser magra, mas gosto de estar em forma, de treinar com os rapazes e fazer-lhes frente, de chegar chegar com as mãos ao chão e ser flexível, de subir as escadas e não ficar a arfar.

Então comecei com duas regras básicas: nunca fico mais de 2 dias sem treinar e tenho que tentar todos os dias fazer qualquer coisa (andar a pé,  Yoga no tapete da sala, o que for).
Tudo a correr sobre rodas, a bem da verdade treinar nunca foi o eu problema. Adoro!

O meu problema agora (e como sempre) é a comida mesmo. A balança. O peso da gravidez que não me larga nem por nada. E mesmo não comendo açucar, nem gorduras, nem álcool, nada (a meu ver) que dê para engordar, a verdade é que de momento (e posso culpar a idade por isto), também não dá para emagrecer. Está maravilha de ser a melhor da minha turma em manter o peso e engordar, mas péssima a emagrecer.

Por isso vou ter de fazer disso uma prioridade. Assim que a questão do treino estiver bastante oleada e sem necessidade de esforço já vou passar para a questão da comida. Para mal dos meus pecados porque odeio fazer dieta, pesar comida, contar calorias, passar fome.
Infelizmente para mim, de outra maneira, não funciona. Comer saudável e deixar o peso ir-se perdendo, não resulta, fico na mesma e não perco nada. Raios!!

domingo, 24 de junho de 2018

Priceless

O momento em que estás a fazer uma revisão ao teu armário e decides passar para a gaveta da roupa de dormir algumas peças que já usaste como vestido.

Parar para pensar, e descobrir que, de todas as vezes que tinha rasgos de alta auto-estima, e usava sem pudor, vestidos (claramente) demasiado curtos, uma historia daquelas para contar, acontecia. O poder de um vestido preto, não pode jamais, ser negligenciado.

Se eu tivesse a auto-estima que tenho hoje, há 10 anos atrás tinha-me divertido (ainda) mais.

Crise de meia idade?

Perdi a cabeça, estou a virar loura.
Quando chegar a Marilyn comunico.

sábado, 23 de junho de 2018

Playlist

Só toca em português nos últimos dias.
Quando mais quero agarrar a minha língua mais ela me foge.
Areia entre os dedos, misturada com a terra que é o inglês.
Coisas que já soam melhor por Shakespeare do que por Camões. Não quero e não sei sequer se tenho escolha.

sexta-feira, 22 de junho de 2018

Anthony, Oh Anthony


Sobre o suicídio do Anthony Bourdain:
Não posso tolerar, nem aceitar, nem perceber, nem perdoar, nem relevar, nem encontrar culpados ou culpadas e nem tão pouco desculpas. Ele matou-se e literalmente tudo o que ele fez morreu.
E para mim ele não deixou nada. Ou melhor, deixou uma filha e uma mãe que tem de explicar a essa criança que ela é tão pouco importante, que o pai tirou a própria vida e não pensou sequer no que isso ia fazer a dela.
E irrita-me porque eu adorava o Anthony. Foi o livro dele o primeiro presente que o meu marido me deu, foi ele que nos fez correr cidades à procura daquele restaurante, foi graças a ele que comi o melhor mil-folhas da minha vida, foi ele que nos fez sonhar no sofá sobre os sítios que íamos (e vamos) ver e toda a questão do suicídio é uma completa estupidez.
E eu sei que a depressão é uma doença real, mas no final das contas feitas, para mim, é só mais um pai que pensou mais nele do que na filha, e isso não consigo aceitar.
Se o desculpar a ele tenho que desculpar a minha mãe também, e quase 14 anos depois (da tentativa falhada), ainda não me sinto preparada para a perdoar. Sinceramente, nem sei se algum dia me irei sentir.
E eu sei que perdoar ou simplesmente aceitar e tirar isto de dentro de mim, só me daria paz. A paz com que vivo diariamente e que durante dias que foi perturbada, simplesmente porque alguém que eu admirava se matou. Mas não consigo. E por isso, o Anthony teve de morrer de vez, não só em sentido literal (óbvio) mas em sentido figurado também.
Não quero saber os porquês, não quero ver os programas, não quero ler os livros, não quero fazer as receitas. Não quero celebra-lo na morte porque já não o acho digno de admiração.
Claro que vejo a minha própria injustiça nestas palavras e por isso, o facto dele ser de alguma maneira imortal, sossega-me. Posso um dia mudar de ideia e ele ainda vai lá estar em toda a sua genialidade, a mostrar-me o mundo e a atiçar em mim a vontade (continuamente latente) de por a mochila as costas e ir conhecer o mundo. Mas esse dia ainda não vai ser hoje...

Aborrecimentos

Esta sensação de não saber bem o que é, mas ser alguma coisa, não me larga. Um aborrecimento latente derivado a uma agenda estruturada, um dia após o outro. Tudo pensado, tudo organizado.
A ironia de ser exactamente esta organização que me permite ter tempo para estar aborrecida e ter ao mesmo tempo este doce amargo na boca.
Preciso de algum espaço controlado para o imprevisto. Preciso de criar alguma coisa, trabalhar na minha criatividade, deixar o meu outro lado solto no sitio onde ele deve ser solto, e não somente à solta.
Preciso de não me descuidar do meu lado direito, de lhe dar espaço e não tentar afoga-lo em agendas organizadas e dias estruturados, mas por estes dias, o meu trabalho é estruturar. É nisso que eu sou boa. Dar uma direcção aos outros, indicar-lhes o caminho e faze-los chegar onde eles nunca pensaram antes ser possivel.
E quanto mais eu organizo, mais o outro lado gritar. Mais as minhas asas se agitam contra a gaiola, mais o espartilho me aperta, e mais aborrecida eu fico.
A solução é escrever, pintar, inventar, criar e dar algum espaço para o imprevisto. A solução é começar a escolher o destino das férias, ansiar por sexta feira porque o fim de semana vai ser diferente, ter conversas imprevistas com amigos e não deixar o outro lado tão frustrado que o leve a fazer coisas parvas. Deus sabe como o meu outro lado gosta de saltar para o desconhecido, rir-se face ao perigo, ter comportamentos irracionais e agir estupidamente andando em círculos sem nexo só para sentir que não está no mesmo sitio.
Por isso vamos dar-lhe o que ele precisa antes que ele venha e tire. Maldito cérebro.

sábado, 9 de junho de 2018

Mother´s life

Assim que me sento com o portátil á frente e penso "vou escrever", ele acorda.
Voltarei mais tarde. Tenho a cabeça a fervilhar!!

sexta-feira, 8 de junho de 2018

Das coisas que eu ouço

"If you can bite, you generally don't have to".
Jordan B. Peterson

quinta-feira, 7 de junho de 2018

Guilty Pleasures



O que fazer, sem ser admitir?
Guilty pleaseures não se explicam...

terça-feira, 5 de junho de 2018

Funfacts of the day

I write.
Disse-o aos meus colegas, convictamente.
A verdade é que, não obstante o tempo que estou sem escrever, na minha cabeça há sempre um novo texto a surgir.
Palavras pensadas e não escritas. Pensamentos, segredos, tudo o que não digo. Banalidades e coisas superficiais. Pequenos mal-dizeres do dia-a-dia e grandes elogios.
Estou sempre a escrever. Nem sempre tenho é papel.