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terça-feira, 5 de janeiro de 2021

Livros 2020


Ultimo livro do ano...e foi um bom ano para leitura com 14 livros lidos. Not bad, not bad at all.

Longe das loucuras de outros tempos, mas ainda assim bom.

O que dizer sobre o Ikigai? Faz sentido. Culmina um tema que muito me interessa e sobre o qual tenho estudado e aplicado muitas coisas, que é a longevidade. Mas uma longevidade que não se limita apenas a viver mais, não. Uma longevidade que simplesmente existe para viver bem, viver feliz.

Creio que não será um livro para ler apenas uma vez. É um livro para saborear, para aprender e que demorará uma vida para aplicar. Haja tempo para viver que envelhecer é um luxo.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

Livros 2020

 Não quero dizer que este foi o melhor livro que li em 2020, mas está certamente no top 5.

Uma breve historia sobre a religião deu-me uma visão global sobre um tema que, especialmente neste momento, me cativa muitíssimo. Digo especialmente neste momento porque, crescida e criada cristã, tenho tido alguns problemas de fé recentemente. 

Tenho tentado forçar a fé que já tive a voltar, mas infelizmente não tenho conseguido. Pensei que lendo sobre outras religiões, talvez houvesse outra que me conseguisse dar aquilo que o cristianismo já não consegue. Não a encontrei, mas encontrei uma sabedoria perdida no tempo. Religiões que fazem todo o sentido e outras que são completamente absurdas. Umas que abraçam a diferença outras que condenam quem não cumpra à letra o livro. Não dá para resumir, só lendo mesmo.

Apesar de não ter encontrado respostas à fé, encontrei muitas outras respostas a perguntas antigas, especialmente sobre os diferentes ramos e derivações das religiões que conheço. Aprendi também muitas coisas que desconhecia, especialmente sobre religiões a oriente.

Aconselho a leitura, mas que não seja para aprendermos e aceitarmos quão diverso é o mundo.

Continuo cristã. Mas o que é que isso quer dizer? Já não sei.

domingo, 3 de janeiro de 2021

Livros 2020

Tenho uma mania de ler livros ao mesmo tempo. Gosto de diversificar os topicos e por isso não é incomum ler 2 ou 3 livros ao mesmo tempo. O que por vezes faz que num mês acabe 3 livros...

Este está na minha mesa de cabeceira desde Março. A minha amiga V. ofereceu-me-o antes de voltar para casa depois do enterro do meu pai, e por isso ficou parado algum tempo, até o começar em Setembro. 

Um romance histórico como os que eu adoro. Passado em vários países, encara a guerra (civil espanhola e 2a mundial) de uma perspectiva que nunca antes tinha pensado. Alguns dos horrores retractados já os conhecia, mas claro que nada os torna mais fáceis. Não acaba bem, não fica bem, não se resolve, mas na realidade, a vida muitas vezes é mesmo assim.

Gosto que a personagem principal seja uma mulher. O desenvolver da personagem ao longo da narrativa mostra que crescer nem sempre é fácil...ninguém a avisou a tempo das consequências. Às vezes basta uma pessoa para evitar uma catástrofe, às vezes 10 pessoas não servem para nada. A parte das duas historias dentro de uma podia ter sido um bocadinho mais explorada, especialmente no final...ficou a saber a pouco um manuscrito assim só porque sim. Mas lá está, às vezes a realidade é mesmo essa.

Tenho mais um da Julia Navarro aqui em casa para ler, que vou definitivamente dar-lhe uma prioridade na lista de 2021.

quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Livros 2020

Porque nem só de romances históricos vive uma mãe, este foi o ultimo livro que eu li.

E atesto. Fiz tal como prescrito e foi mais ou menos sem espinhas, fralda foi tirada de dia e de noite de uma vez. Tenho oficialmente uma criança e não mais um bebe.

É assim um agri-doce. Até aos 3 anos não notei muito, mas a partir dos 3 é uma mudança por mês. Primeiro mudar o berço para uma cama grande, depois aprender a vestir-se, tirar o leitinho para adormecer e agora a fralda. E não ficamos por aqui, daqui a 9 meses ele vai para a escola primaria (que aqui começa aos 4 anos), e portanto há mais uma data de coisas para aprender até lá. 

Mas voltando ao livro, parece gigante um livro inteiro a explicar como tirar a fralda. Na minha cabeça era uma coisa mais ou menos simples, mas não, tem toda uma psicologia por trás. Não é só chegar e fazer, é preciso saber fazer para minorar ao máximo as interacções negativas a volta do assunto. 

Não esperem no entanto "acident free experience", é um livro não um santo milagreiro. Mas foi muito melhor do que o que estava à espera.

segunda-feira, 7 de setembro de 2020

Livros 2020

D. Manuel I

A Isabel Stilwell é das minhas escritoras preferidas e por isso já se sabe o que vem daqui.

Toda a parte histórica do livro, consegue sustentar na perfeição a parte mais ficcional do romance, sem perder o norte. O facto de ser passado na altura dos descobrimentos torna tudo ainda mais grandioso.

O principio é sempre confuso, a andar para trás e para a frente com o nome dos réis, e o facto de todos serem Isabeis, Afonsos, Joanas e Manueis. Mas como em tudo, primeiro estranha-se e depois entranha-se. 

Acabo o livro sempre a desejar ter este nível de valor histórico em livros sobre toda a historia de todos os países do mundo.
 

sexta-feira, 19 de junho de 2020

Livros 2020

Falado na primeira pessoa, ler este livro é quase como ter o Anthony Bourdain a falar-nos ao ouvido.
E aquilo que ele contou não foi uma bonita surpresa. Para mim foi mesmo um balde de água fria no romance que era na minha cabeça ser chefe de cozinha.
E disse-me mais sobre o Anthony do que sobre a cozinha, na realidade.
Para mim o livro não é sobre o mundo da culinária, mas sobre o próprio Anthony. Uma espécie de biografia disfarçada, misturada com muito palavrão e umas tanta revelações sobre cozinhas profissionais. Mas foi a parte do próprio Anthony, que mais me impressionou. O resto foi gossip, diz que disse e bom senso. Tinha uma ideia romantizada sobre quão boémio ele era e na realidade a linha entre boémio e um simples toxicodependente é muito ténue.
Percebi que gostamos muito dos Anthony's (ou dos Johnny Depp's) desta vida, porque eles são boémios e riem-se face ao perigo, mas que na realidade eles são só toxicodependentes funcionais. Tem a sorte de ter um dom (ou uns pais que pagaram muito para formar esse dom), e que é esse dom os separa dos demais toxicodependentes que vemos por ai numa qualquer esquina.
Foi um livro que me deu que pensar, apesar de não ser um tema (a vida secreta das cozinha profissionais) que há partida me interessasse. Foi mais uma leitura de entrelinhas que o tornou interessante. 

terça-feira, 26 de maio de 2020

Livros 2020

Acabei mais um hoje.

O Somerset Maugham nunca engana. Profundo como só ele sabe ser, acho que escreveu tantos livros por procurar o sentido da vida.
Como se a escrever fosse chegar a alguma conclusão, sem chegar absolutamente a local algum. E a meio do caminho percebeu que o que achamos que queremos, afinal não é bem assim, e que bom mesmo é a viagem.

A vida esta na arte de viver. No fazer o tapete, ás vezes como queremos, ás vezes como dá e outras vezes com enganos que fazem no final parte da obra como se fosse destinados a estar lá.

Foi mais uma vez maravilhoso ler o Somerset. Nem acredito que tenho a colecção inteira dele dentro de uma caixa, há espera da minha biblioteca.

segunda-feira, 25 de maio de 2020

Livros 2020

Falando em livros que não pedem desculpas. Tova Leigh ladies and gentlement. Ou mais ladies, porque se os gentlement soubessem o que às vezes nos passa pela cabeça, ficariam com os cabelos em pé.
A Tova explica facilmente muitas das coisas que eu passei com a maternidade, muita da pressão imposta (sabe Deus por quem!) e muitos valores com quais fui educada e que me recuso veementemente a aceitar, fazendo da minha vida às vezes um mar de culpa constante e desculpas para ser melhor aceite. Fuck off!
Segui-la constantemente dá-me força para ser mais quem eu sou, no apologies.

Portanto só boas razões para ler o livro.
Se forem assim para o conservador, se acham que uma senhora não diz ou veste alguma coisa, se acharem que mulheres casadas não podem fazer isto ou aquilo ou se simplesmente se preocupam com o que os outros vão pensar, acho que não vale lerem.
Mas se tiverem uma rebelde escondida em vós. Força!
Irão perceber que somos muitas mais do que nos educaram a acreditar que eramos.

domingo, 24 de maio de 2020

Livros 2020

No drama discipline
Leio constantemente livros que (eu espero) me façam entender mais o meu filho e ajudam a levar uma vida mais calma e sem gritos.
Para mim, desde que ele nasceu, isso sempre foi importante. Educar calmamente, dar responsabilidade na medida certa, mimar sempre mas sem estragar.
Por isso desde que soube que estava gravida li imensos livros sobre o tema crianças e educação.
Este ano já acabei este (se bem que foi começado em 2019 ainda). É o livro de seguimento do "the whole-brain child" e tem um livro pratico.
A principal lição que tirei do livro foi que eles muitas vezes, simplesmente não sabem fazer melhor, não conseguem mesmo. Não são adultos! Parece óbvio, mas no meio de uma birra de proporções catastróficas em que falamos e nada acontece, não é.

Ter um filho pode ser fácil, mas educa-lo bem com certeza que não é.

sábado, 23 de maio de 2020

Livros 2020

The subtle art of not giving a fuck.

Pelo titulo parece um livro "bad ass", mas o interior é muito diferente e até bastante delicado.
O autor partilha algumas histórias pessoais para fazer pontos, o que não o torna um cru livro de gestão, e ao mesmo tempo não se acanha de dizer na cara de quem lê: "se te guias por alguns destes valores és um cretino". E eu gosto muito de livros que não pedem desculpas.

Para mim na realidade é mais um livro de psicologia que outra coisa. Como gosto do tema, gostei muito do livro. E o autor ficou-me no coração, confesso. Ele tem também outro livro, que quero muito ler, e um blog.

Este livro foi o meu presente de despedida do meu antigo chefe e veio com uma dedicatória daquelas de emocionar. Não sei se ele leu o conteúdo, ou se apenas me o deu pelo titulo (que foi o que me pareceu, quando me lembrei da nossa ultima reunião). Mas quando comecei a ler, irritada com algumas pessoas com quem tenho de lidar no meu actual departamento, estava a espera de uma coisa completamente diferente. Foi surpreendente e valeu muito a leitura.
Acho que alguns títulos sabem vender, e este é um deles. Um marketing genial.

quinta-feira, 21 de maio de 2020

Livros 2020

Amante Japonês

Não foi o meu primeiro Isabel Allende, não será com certeza o meu último.
Tem sempre uma componente história que me prende e me faz ir ao Google perguntar "isto foi verdade?". Aqui não foi excepção.
A personagem principal é complexa e misteriosa, as relações não são óbvias nem básicas. A historia paralela é arrepiante e toca em certos tópicos muito relevantes e actuais como pornografia infantil, trafico de crianças, abortos ilegais, campos concentração mascarados.

O livro teve a infelicidade de me ser emprestado numa altura em que eu lia no chão do hospital (para horror das enfermeiras). Dia após dia, a fazer companhia ao meu pai. E por isso inevitavelmente irá estar sempre ligado a esse período. Injusto. Mas a vida é assim mesmo.

quarta-feira, 20 de maio de 2020

Livros 2020

Colecção as 7 irmãs:

Foi discutido em conclave do grupo do livro. Já li os 3 este ano, ainda faltam 4 mas recuso-me a ler em PT-BR e não me apetece ler em inglês.
A historia que liga os livros está bem montada, tem o mistério que faz continuar a ler. Há sempre a historia da ultima irmã que aparentemente não existe, mas que sem ela a historia não faz sentido. Demorei máximo 5 dias em cada livro, o que nos dia de hoje é um recorde para mim (longe vai o tempo de ler pela noite dentro).
É de fácil leitura, não tem pensamentos elaborados nem metáforas bem feitas, e às vezes é cliché à brava. All in all é bom entertainment.






sexta-feira, 13 de julho de 2018

Sándor

Ele há livros...

"I am a woman: both criminal and master detective, both saint and spy, everything at once when it comes to the man I love. I'm not ashamed of it."

"Passionate souls like yours are proud and suffer greatly."

"I knew right then that it wasn't I who had decided a course of action: the action had decided me."

"I don't believe in tears. Pain is silent and sheds no tears"

"Because is not true that suffering purifies people; that we become better, wiser, more understanding in the process. We become cold and indiferent. When, for the first time in our lives, we properly understand our fate, we become calm. Calm and extraordinarily, terrifyingly lonely."

"...as I knew it, even without the words, because I did not yet have words for things in life...The right words always come too late and we pay a terrible price for them".

Melhor só em português.

terça-feira, 9 de janeiro de 2018

Homo Sapiens

Uma pequena historia sobre quase tudo.
Para quem quer cultura geral, é um sonho tornado realidade. Se se for pesquisando á medida que se vai lendo, aumenta-se conhecimento em catadupa.
Não consegui ler em Português, coisa que atualmente prefiro, mas valeu na mesma. Demorei só 6 meses para o acabar. Em minha defesa digo que foram 6 meses muito ocupados com livros de bebés e poucas horas livres, por isso tenho uma desculpa.
Assim que der um bocado de vazão á minha atual lista de livros quero ler o novo dele, Homo Deus. Diz quem leu que também vale muito a pena.

sexta-feira, 6 de março de 2015

You only live once

Comprei este livro em Barcelona para lhe oferecer, depois de um fim de semana longe, e é maravilhoso.
Ele não achou graça nenhuma e eu adorei!
Vou comprar post-its de propósito para poder passar 2h do fim-de-semana a sublinhar e a escolher as experiências fáceis das impossíveis, colocar os países por prioridades e dar uso a este livro, que a partir de agora será chamado o livro do Euromilhoes!
Basicamente era por aqui que eu iria começar se ganhasse o Euromilhoes.

You only live once: But if you do it right, once is enough!


terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Ainda há principes encantados

Roma, Fevereiro de 2010.
In Onde Reside o Amor - MRP

"A pessoa certa é aquela para quem também somos a pessoa certa. Tão simples quanto isso. Às vezes demasiado simples para as pessoas perceberem.
O que transforma um homem vulgar no nosso príncipe é ele querer ser o homem da nossa vida. E há alguns que ainda querem. (...) O príncipe encantado é o homem que nos tapa os ombros com o lençol a meio da noite quando temos frio e se levanta das 3 da manha para nos fazer chá de limão quando ficamos doentes. É aquela pessoa que tem sempre tempo para os nossos problemas. Não é o que diz "amo-te" 20 vezes ao dia, mas o que sente que nos quer amar ao longo dos próximos 20 anos. É alguém que olha todos os dias para nós, mas que também olha por nós todos os dias. Que tem paciência para os meus, os teus, os nossos filhos e ainda arranja um lugar na mesa para os filhos dos outros. Ele até pode só saber cozinhar o básico, mas faz os melhores ovos mexidos do mundo e vai à padaria num feriado. É um príncipe porque governa um reino, porque sabe dar e partilhar, porque ajuda, apoia e nos faz sentir que somos mesmo importantes.
 Depois de engolir alguns sapos, há que aprender a lição e perceber que o príncipe pode estar ali mesmo, à nossa frente. É só preciso deixa-lo ficar, um dia atrás do outro...e se for mesmo ele, fica. De pedra e cal, para a vida, dê por onde der, aconteça o que acontecer."

Nessa altura era uma mera expectativa e ilusão, tentar torcer outra pessoa até ela caber na definição que achavamos ser a correcta. Não preciso de dizer quão bem essa tentativa correu, certo?
Mais certo é que as coisas acontecem quando tem de acontecer. Por sorte um dia encontramos alguém assim, alguém que vamos deixando ficar e que juntos vamos fazendo o amor crescer e crescer. Não se mede o amor (sempre disse isso), não se ama mais nem menos, ama-se. Pelo que a pessoa é (defeitos e tudo), pelo que somos com ela e pelo que sentimos quando estamos juntos.

sexta-feira, 28 de março de 2014

Eu sou assim

Duas.
Sempre fui.
Leio Margarida Rebelo Pinto depois de ler Kafka e vejo A Lista de Schindler depois de ter visto o Twilight.
E interessa-me zero se uns são considerados maus/péssimos e outros obras primas.
Gosto do que me entretém e gosto do que é bom.
Duas, lá está.

E por isso estou desejosa da estreia disto:



Porque sei que vão ser duas horas bem passadas. Porque foi escrito para te identificares com uma das personagens, porque na minha vida e apesar de agora estar em versão paz, calma e amor, já estive em paixão, trocas, noites e bola para a frente venha o próximo porque o que eu gosto mesmo não está cá.
E se for ver numa noite de amigas melhor ainda, e se depois nos perdermos na conversa do passado e do "lembras-te quando" melhor ainda.
Porque recordar é viver e eu não me arrependo nem do que fui e fiz, nem do que sou e faço.

E P.S: estreia para a semana.

sábado, 1 de março de 2014

Primeiro já foi

E não posso pesquisar nada sobre isto, nem foto para por aqui, porque começo logo a ver o que vai acontecer para a frente. E não quero...normalmente lia as coisas que gostava a correr e por isso tinha de repetir a leitura (basta dizer que os primeiros 4 harry Potter li 4 vezes cada um!), agora não, leio devagar, aprecio, não me apresso.
Entrei agora no segundo livro, posso ver (finalmente) a primeira season da série.
Os livros deixam-me feliz, é pena nunca conseguir mais de 15 minutos de leitura por dia.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Livros

Lembra-se disto http://aculpanaoeminhaetua.blogspot.pt/2013/07/de-como-nao-ha-fome-sem-fartura.html

Já estão acabados há semanas, mas ainda não tinha tido tempo...

- O rastro do Jaguar
Há momentos na vida de um homem em que ele beira seus limites; é como se fosse a borda de um abismo: um passo à frente e a queda é irreversível. Mas poucos homens são capazes de reconhecer essa linha tênue quando a encontram; chegam a cair em seus abismos sem perceber; a visa se transforma, mas não se é capaz de conhecer o preciso instante em que ela começou a mudar. Assim, a maioria dos homens constrói sua vida com retalhos mais diversos, e termina-a como um manto de remendos onde é impossível reconhecer o meninos no ancião. Alguns homens, não; têm a sorte, ou o azar, de perceber e identificar cada ponto limite de suas vidas; sofrem, tremem, escolhem. São lúcidos, são homens para quem a existência é mais penosa, pagam caro a sua própria lucidez. Pierre estava em seu momento mais crucial; abandonava a sua identidade, como a cobra abandona a pele desgastada depois do inverno; mas não sabia se o verão lhe traria uma pele nova e fresca. O passo já havia sido dado; não se conhecia anda a profundidade do abismo, mas Pierre já se sentia viajando num espaço, caindo em direção ao fundo, como um meteoro nascido da explosão de estrelas distantes.

- A sombra do Vento
Olhe Daniel. O destino costuma estar ao virar da esquina. Como se fosse um gatuno, uma rameira ou um vendedor de lotaria: as suas três encarnações mais batidas. Mas o que não faz é visitas ao domicilio. É preciso ir atrás dele.

E comecei Kafka. Achei que indo a Praga fazia sentido ler alguma coisa dele et voilá:


O Processo. Numa edição de 1963.
Adoro os livros da minha avó. Adoro!

terça-feira, 30 de julho de 2013

De como não há fome sem fartura

Não ando a ler só um livro. Ando a ler dois.
É para recuperar o tempo perdido!!