terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Em curso

Literalmente.
Eu e a minha mania de fazer tudo quanto são cursos e de aumentar a minha formação mesmo quando não há nada que assim o exija.
A questão é, por muito trabalho que tenha, parece-me parvo estar a desperdiçar uma oportunidade de aprender qualquer coisa nova, especialmente quando me é oferecido.
Não obstante disso o curso é lento, mas lento (dai poder estar a escrever entre exercícios) e também é longe, mas longe de Amesterdão.
Mas tudo isso são coisas menos boas, que equilibram com uma coisa óptima. Eu precisava de uma pausa do meu trabalho do dia a dia. Precisava desta quebra, deste relax que é estar o dia a ouvir alguém e a fazer exercícios fáceis. De chegar perto das 17h a casa, e simplesmente me dedicar a pensar em coisas minhas.
Tempo para pensar, para fazer listas, esquemas, budjets, planos...
Podem até dizer que este curso foi perda de tempo. Eu própria estive metade da manhã a pensar que sim, mas de momento sabe bem.
Até daqui a 2 dias escritório.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Irmãos = Amor infinito

Sabes que os amor que te une aos teus irmãos é gigante, quando olhas para a fotografia do primeiro dia de trabalho deles e começas a chorar.
Sim, sister C. começou hoje a trabalhar e o meu pai enviou a fotografia dela a sair de casa para o seu primeiro dia. Andei com ela ao colo, e hoje ela vai começar a sua jornada de 40 anos (ou mais) de trabalho. Hoje deixa de ser pequenina e vai passar a ser uma mulher, a ganhar o seu dinheiro, a ser independente.
Estou tão feliz...e posso sempre culpar as hormonas por esta choradeira parva!
Porque quando temos irmãos temos amigos para sempre. Porque cresci sem eles e por isso dou-lhes ainda mais valor. Porque sou a mais velha, e por isso posso chorar quando todos começarem a trabalhar.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Não queria...

E não vou transformar isto num blog de bebés, mas juro que as hormonas estão em todo lado.
Há dias que só queremos vir a tona, nós próprias, o que sempre fomos, com conversas interessantes, ideias inovadoras e projectos novos, mas tudo se sente diferente. A gravidez tem dias que tinge tudo e já nem nos conhecemos.
Hoje tinha em mente escrever sobre um tema muito interessante (espero conseguir amanha fazê-lo), mas desde que acordei que as minhas hormonas se sentaram ao volante. O meu filho deu o seu primeiro "pulo" de crescimento e a minha barriga não cabe em lado nenhum, onde até há dois dias cabia. Hoje fiquei sem fôlego a subir um lance de escadas, hoje voltei a estar enjoada o dia inteiro, hoje deixei de conseguir encostar a barriga a mesa para mostrar um qualquer ponto de vista no computador. Hoje senti-me o dia inteiro um farrapo de pessoa, tenho que vos confessar.
Depois cheguei a casa, tentei explicar o meu marido como me sentia e desisti 2 minutos depois. A cara de "não me parece que tenhas qualquer motivo para estar chateada", fez-me dar meia volta direita a casa-de-banho onde enchi uma banheira até acima e deitei-me de molho durante 40 minutos. Não vos posso dizer que estou óptima, mas melhorei significativamente.

Não vale muito a pena tentar explicar, porque suponho que isto faça parte do processo. Também não vale a pena tentar pedir alguma empatia por uma coisa que não sei explicar...de facto está tudo óptimo, não há qualquer motivo para me estar a sentir assim, mas estou.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Sonhos

O de hoje fez-me suar.

Tinha voltado para Portugal e tive de pedir à minha antiga chefe o meu antigo emprego de volta, enquanto estava a procura de outra coisa. E pior, ela deu-mo de volta só para me poder torturar outra vez diariamente.

Acordei (para ir à casa-de-banho, claro) a suar. Não foi bom, nada bom, um stress mesmo eu diria.

sábado, 14 de janeiro de 2017

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Reestruturação? I wish...

Depois do anuncio, do que eu achava, seriam as medidas mais concretas da reestruturação no nosso departamento, fui almoçar com uma colega grega.

Esta minha colega, não é do meu departamento e portanto tem potencial para se tornar amiga, sentou-se a minha frente com o coração nas mãos a dizer não sabe o que vai acontecer com o contrato dela. Durante um ano ela trabalhou com pessoas que lhe segregaram a informação, esconderam o seu próprio trabalho para ela não poder aprender (Deus nos livre se ela se tornasse melhor que eles), com um chefe que nem percebeu o que se estava a passar. E ela, boa pessoa, simpatica demais para o seu próprio bem, nada disse, fingiu que não estava acontecer até, na avaliação dela, ter sido acusada de pouco pro-activa e slow learner.

"Nós socialmente damos-nos bem, qualquer um deles tomaria uma cerveja comigo", dizia ela. Claro que isso não os impedem de lhe travar as ambições e tentarem diminui-la a cada reunião.

Ela é tão boazinha que me fez lembrar de mim. Anos e anos, a ouvir e calar, não comentar, respeitar a hierarquia e sem resmungar, a ser explorada, a ensinar mas fingindo ao mesmo tempo que a pessoa já sabia, traduzir inglês, encobrir...
Se eu soubesse o que sei hoje, tanto murro na mesa que eu tinha dado!

Mas, e como eu lhe disse, lidar com pessoas difíceis e chefes inseguros é uma lição para o futuro. Toda a gente vai sempre "tomar uma cerveja connosco" se nós não fizermos ondas, de alinharmos com status quo, se não fizermos demasiadas perguntas ou procurarmos por situações justas.
Sinceramente que se lixe a cerveja. Fiz amigos no trabalho uma e única vez na vida, que foi no meu primeiro trabalho, e fico muito feliz de os ter feito, mas depois disso nunca mais.

E enquanto muita gente acha isso uma posição extrema, ou até triste, eu acho que faz parte do trabalho que as coisas assim sejam.
Gosto muito e alguns colegas meus, acho até que eles poderiam ser meus amigos (senão fossem meus colegas), mas teria sempre os dias contados e levaria sempre a dificuldades desnecessárias. Porque irá haver uma altura em não iremos estar de acordo, ou haverá um conflito ou qualquer outro problema, e eu não me vou calar. Não vou evitar dar a minha opinião ou dizer que alguma coisa está errada, não vou concordar só porque somos amigos. E ainda pior que isso, a amizade poderá ser usada contra mim, porque quem é amigo confia e quem confia partilha confidencias.
Espero que ela tenha ouvido e comece a dizer mais o que pensa. A primeira vez que passas por cima do teu chefe e da opinião dele, custa muito, mas depois só melhora.

E sobre a reestruturação? Ah, nada concreto. Ninguém fala olhos nos olhos, ninguém diz como vai ser, mas uma coisa é certa, que vai ser, vai.

Hoje


Acordamos assim por aqui.

Estava ainda naquele sono leve e so ouvia a chuva a pingar a pingar. Vontade de ficar a trabalhar de casa hoje.

Mas depois o sol abriu, um frio polar, mas com sol, o que faz toda a diferença.

Bons dias a todos.
Bom fim de semana!!!!

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Let's start this circus once and for all, shall we Donald?

Muito já se disse sobre o caso Trump, não irei portanto acrescentar nada de novo.
A meu ver não é nem uma questão de total inaptidão para o cargo por falta de formação politica, há muitas pessoas sem formação que desempenham papeis fundamentais com o trabalho que fazem. Para mim é uma questão da pessoa em si, independentemente do partido politico ou do discurso de vendedor que todos os políticos tem quando estão em campanha.

Todo ele é hipocrisia, falta de transparência, ultra privilegiado sem culpas ou remorsos. Todo ele é mentiras descaradas, contradições constantes, faltas de respeito, mesquinhez, vingativo, infantil...tão infantil.

E eu consigo ver alguns argumentos para a sua eleição:
- É homem
- É branco
- É heterossexual (a tocar no machista e classico playboy)
- É Republicano e só isso basta para a maioria das pessoas que tratam os partidos políticos como clubes de futebol. Para hooligans políticos, não interessa se os candidatos são bons ou maus, serem daquele partido é o suficiente (fenómeno observado também no meu país, infelizmente)
- Sabe vender e dizer exactamente o que as pessoas querem ouvir, seja verdade ou mentira
- É diferente, mesmo sendo o que chamam de "conservador"

O que me assusta, é que para milhões de pessoas estas 6 coisas foram suficientes para o eleger. A ele que não se sabe calar, que não sabe ouvir criticas, que acha que esta acima do bem e do mal, que neste momento tem o poder nuclear de metade do mundo a distancia de um clique, que é desequilibrado, abusivo com as mulheres e com as minorias...
Estou cansada de dar voltas à cabeça a tentar arranjar um racional para isto. Mas talvez o mundo esteja apenas irracional. Evoluímos tanto em 40 anos que isto não é mais do que um confronto de gerações, aquelas que foram educadas nos anos 60 e as que são fruto dos anos 80 e 90. Pode ser, Deus sabe quantas discussões aparentemente irracionais eu tenho com o meu pai sobre estes assuntos. O meu próprio pai que eu sei, apesar de ele não dizer abertamente, é um deles...um dos que não percebe qual é o mal em uma pessoa como o Donald Trump ser eleito.

O Donald absorve neste momento todas as noticias mundiais, em grande parte porque não se sabe calar, não sabe ouvir e não aguenta opiniões diferentes da dele. E as noticias importantes? Como o facto de existir desde hoje uma maior força militar Americana em solo Europeu, deixam de ser importantes porque ele manipula todas as atenções como um macaquinho de circo.
Só tenho pena que em democracia as pessoas não sejam responsabilizadas pelo seu voto, um por um a sofrer na pele as escolhas que fez com leviandade.

Acima de tudo estou já muito cansada deste assunto e da fé que perdi no mundo com a eleição dele.

Eu só pedia a alguém que lhe desactivasse a conta do Twitter, misteriosamente, de modo a que o salvem dele mesmo e a todos nós, que não queremos ser arrastamos para uma terceira Guerra mundial por causa de um Tweet.

P.S: E depois há o momento em que entro no Pinterest para procurar uma fotografia para colocar aqui e leio os comentários das pessoas que votaram no Trump e fico com uma vontade irracional de lhes distribuir bofetadas.

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

É bom...

Ter necessidade de escrever outra vez.

No dia-a-dia, priorizar a minha escrita, o meu Português. Decidi também trazer livros escritos na minha língua para casa este Natal. Chega de só viver em Inglês e em Holandês.

Faço as pazes com as outras línguas por colocar mais ênfase na minha. Canto em Português, praguejo em Português, amo em Português, o importante é, e terá de ser sempre feito na minha língua. Português é o que me define, o que melhor me sabe adjectivar, o que entra nos meus sonhos.

É bom estar de bem com o que falo. Ter o meu corpo a repelir outras línguas e ter de lutar com o Holandês estava a deixar-me exausta. E isso é tudo o que eu não preciso, se momento a única coisa que preciso são sopas e descanso.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Por estes dias

Ginásio para mim significa:
- Andar (correr dá-me uma dor nas costas impossível de aguentar)
- Elíptica
- Alongamentos
- Exercícios de braços (muito leves) 

E um cansaço que me mata depois disto. Se escorrer uma pinga é porque já estou a fazer demais...o truque é fazer até conseguir falar. Senão conseguir falar é porque já está a ser demais! É absurdo a quantidade de cansaço que actividades tão simples me dão.
Só de pensar que ainda vou ter de pegar na bicicleta para ir para casa...

Bom fim de semana.

P.S: Estão -2 graus lá fora! A fotografia é só para enganar.

Paises Civilizados

Ou nórdicos, ou apenas a Holanda, não sei. Mas no país onde eu vivo, muita coisa diferente acontece:

- Não há filas em nenhum sitio, excluindo no transito. Nem no banco, nas finanças, no município, nos registos, no médico. Simplesmente filas é um conceito desconhecido aqui. Aqui liga-se, marca-se hora e os horários cumprem-se. Se estás atrasado, esquece, o provável é que nem te atendam porque a seguinte pessoa já vai estar há espera.

- Tudo se trata há primeira, se for relacionado com o governo (empresas privadas, algumas são um caos). Se tenho que ir fazer alguma coisa ás finanças, ligo, marco hora, digo qual é o assunto e assim que desligo recebo um e-mail a dizer-me todos os papeis que devo trazer para resolver aquele assunto especifico.

- A coisa mais importante são os filhos e a família. Nenhuma carreira é prejudicada se depois de se ter filhos se passar a trabalhar apenas 4 dias por semana ou se passar a sair as 17h. Alias, estranho é uma mulher dizer que vai trabalhar 5 dias por semana depois de ter filhos (como eu verifiquei recentemente) e toda a gente sai perto das 17h (com ou sem filhos).

- Os chefes ficam contentes se uma mulher engravida. Não fazem perguntas nenhumas sobre o bebé, o trabalho acumulado, quando é que se vai de licença ou quando é que se volta. Tudo isso é tratado com os RH, como a mãe quiser e apenas depois comunicado ao chefe.

- Não se espera para nada. Para transportes, para ser atendido em qualquer sitio, por outras pessoas em reuniões! Esperar é um conceito que os Holandeses não entendem e para o qual tem paciência nula.

- Nada fica mal em Amesterdão. Não interessa a roupa que tens vestida (ou a ausência dela), quem é que estas a beijar ou o que é que estás a fazer. Ninguém vai olhar para ti duas vezes, ninguém vai comentar, ninguém quer saber o que tu fazes. És livre, se precisares de ajuda grita.

Claro que também há coisas más. Não é Lisboa, não há família nem amigos por perto, o sol e o calor não são tão frequentes...
Isto não é o paraíso na terra, mas estas coisas fazem uma diferença brutal no bem estar do dia-a-dia.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Juro

Tem dias que parece tudo tão fácil que tremo só de pensar no que estar para vir.
Tento explicar isto aos outros, mesmo aos que me conhecem há mais tempo, e ou eles não percebem ou simplesmente acham que estou a ver pelos em ovos e que tenho de parar de pensar nisso.

A minha questão é simples: nunca nada foi fácil. E neste momento o meu trabalho está um sonho (mesmo tendo contado ontem ao meu chefe o meu novo estado), o meu casamento corre calmo e tranquilo, o meu irmão está bem, a minha mãe com todos os seus problemas está estável. Está tudo bem. Sinistro!

Vou aproveitar, mas não consigo deixar de pensar nisto.

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Terças que parecem Segundas

A culpa é minha neste caso, 9 em 10 vezes a TAP atrasa-se no voo das 19.55h, e eu continuo a marca-lo. A culpa é minha por continuar a insistir.

Deitei-me perto das 3h da manha e já estou a trabalhar há mais de uma hora.

Não há café que me salve hoje, o meu pequeno almoço foi a sandes que a TAP ofereceu ontem no avião e estou no fundo do poço no que ao cansaço diz respeito. 

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Para os meus leitores

E porque este ano quero escrever mais, quero partilhar mais, quero dar mais ao mundo...
Podem corresponder-se comigo a partir de hoje pelo e-mail

aculpanaoeminhaetua@gmail.com



2017

Este ano não vim fazer votos para 2017, nem tão pouco passar em revista o ano de 2016.

A verdade é que todos os anos tem coisas boas e más e apesar do mundo alardear que 2016 foi um ano trágico, para mim não foi. Foi um ano difícil (como alias já descrevi aqui), foi um ano de grandes decisões, foi o ano em que provavelmente as férias me souberam mais a pouco, pouquíssimo, foi o ano em que fiquei grávida (esta é a novidade!).
E com tudo isto, 2016 é para mim mais um ano para agradecer. Foi mais um ano em que o equilíbrio imperou, em que não perdi o norte nem o rumo, em que o destino não me tirou o chão nem me levou ao tapete, e por isso agradeço.

E para 2017 não vão haver desejos a ser cumpridos, nem votos ou objectivos. Para 2017 quero apenas agradecer ainda mais por tudo o que tenho. Parar para contemplar as variadíssimas coisas que passam por mim todos os dias, incluindo a tristeza e a frustração que por vezes nos assolam. Tenho descoberto que os sentimentos chamados de maus fazem parte de nós, e que evita-los ou não lhes dar a devida atenção não trás nada de bom, pelo contrario. As coisas inevitáveis são melhores se forem sentidas em pleno. Depois disso, esgotam-se, extinguem-se, e o que deixam é apenas força e certeza. Depois de sentida a dor, o que resta é olhar para a frente, com a certeza absoluta que pior nada ficará.

Por isso 2017 vai ser para mim (se Deus e o Destino permitirem), mais um ano de equilíbrio. E para este ano quero apenas calma, fazer as coisas mais devagar, acabar com o multitasking, tratar melhor de mim, ter mais tempo para mim e para as coisas que me dão prazer. E com um "eu" melhor, dar também o melhor de mim aos que me rodeiam.

Que 2017 seja eterno enquanto dure.

Feliz Ano Novo.