terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Ainda há principes encantados

Roma, Fevereiro de 2010.
In Onde Reside o Amor - MRP

"A pessoa certa é aquela para quem também somos a pessoa certa. Tão simples quanto isso. Às vezes demasiado simples para as pessoas perceberem.
O que transforma um homem vulgar no nosso príncipe é ele querer ser o homem da nossa vida. E há alguns que ainda querem. (...) O príncipe encantado é o homem que nos tapa os ombros com o lençol a meio da noite quando temos frio e se levanta das 3 da manha para nos fazer chá de limão quando ficamos doentes. É aquela pessoa que tem sempre tempo para os nossos problemas. Não é o que diz "amo-te" 20 vezes ao dia, mas o que sente que nos quer amar ao longo dos próximos 20 anos. É alguém que olha todos os dias para nós, mas que também olha por nós todos os dias. Que tem paciência para os meus, os teus, os nossos filhos e ainda arranja um lugar na mesa para os filhos dos outros. Ele até pode só saber cozinhar o básico, mas faz os melhores ovos mexidos do mundo e vai à padaria num feriado. É um príncipe porque governa um reino, porque sabe dar e partilhar, porque ajuda, apoia e nos faz sentir que somos mesmo importantes.
 Depois de engolir alguns sapos, há que aprender a lição e perceber que o príncipe pode estar ali mesmo, à nossa frente. É só preciso deixa-lo ficar, um dia atrás do outro...e se for mesmo ele, fica. De pedra e cal, para a vida, dê por onde der, aconteça o que acontecer."

Nessa altura era uma mera expectativa e ilusão, tentar torcer outra pessoa até ela caber na definição que achavamos ser a correcta. Não preciso de dizer quão bem essa tentativa correu, certo?
Mais certo é que as coisas acontecem quando tem de acontecer. Por sorte um dia encontramos alguém assim, alguém que vamos deixando ficar e que juntos vamos fazendo o amor crescer e crescer. Não se mede o amor (sempre disse isso), não se ama mais nem menos, ama-se. Pelo que a pessoa é (defeitos e tudo), pelo que somos com ela e pelo que sentimos quando estamos juntos.

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