E foi só isso.
Finalmente usei o verbo no passado. Finalmente depois de um ano, não penso primeiro que ela ainda está viva para depois me lembrar que não.
Nunca mais. Odeio. O luto tem destas coisas, crises mesmo. Momentos em que a onda ataca e limpa tudo, ou melhor as lágrimas e que limpam tudo até a próxima vez.
Há-de passar. Mas ainda grito, ainda acho injusto e ainda choro.
O último ano foi tão cheio de coisas para partilhar, coisas que ela nunca vai saber, ou que eu nunca vou poder contar.
Ouço as palavras dela, não sei se todos os dias, porque o faço sem pensar, mas muitas vezes. E depois há está pequena coisa, o cheiro das ervas da carne grelhada. E a minha avó que já cá não está. Damn it!
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