Quanto mais acreditarmos que somos felizes venha o que vier, menos nos preocupamos com o que há-de vir.
Moments that could be mine
segunda-feira, 3 de março de 2014
Opiniões
No principio dos jogos olímpicos de Inverno, há umas semanas atrás, eram só renvindicações, pessoas nas ruas a reclamar o governo, a pobreza, a economia que estava a estalar e as tendencias pró-Moscovo do presidente. A coisa subiu de tom, pessoas a morrer, murmúrios a envolver a Rússia, algo sobre se estar apenas à espera que acabassem os jogos olímpicos para algo pior acontecer.
Os jogos acabaram (nem vou comentar todas as questões de preconceito parvo que envolveram estes jogos) e de facto a situação piorou. O presidente fugiu, aparentemente a temer pela própria vida, e não para quebrar abruptamente a governação do pais, não, nada disso. E o povo foi ver como era a vida de um presidente num pais onde o ordenado mínimo é no mínimo ridículo (373€ de acordo com o site United Explanations), e não gostou.
Uns dias depois, força armada entra pelo parlamento de Crimeia adentro, do dia para a noite aparecem armas de ultimo modelo na mão de "civis". Claramente que a parte pró-Russa sabia o que estava a fazer e o democrata Vladimir Putin não sabia nada sobre o assunto! A Crimeia é claramente o exemplo de uma fusão que dá problemas, era Rússia até 1954 e continua a albergar a frota naval russa do Mar Negro na cidade portuária de Sebastopol, e ainda tem uma comunidade anti-Russa lá pelo menos. Uma misturada.
E o que dizer sobre Vladimir Putin?, um democrata da porta da rua para fora, que é como quem diz para o exterior, porque na Rússia manda ele. Creio que a isso se chame ditador? Mas são só palavras afinal, a Rússia está evoluída que só ela, os tempos de Estaline já lá vão, a liberdade de expressão agora impera e as pessoas vivem alegres e contentes sem sombra de medo. Só para inglês ver! E portanto a Rússia, que é como quem diz Putin com unanimidade parlamentar (ele tem de ensinar como é que isto se faz, unanimidade parlamentar!), decidem mobilizar forças militares, sem medos, para um território que pelo menos no papel não é deles e eles não tem de meter o bedelho!
Eu percebo, perder a Crimeia está fora de questão, tanto por orgulho como por dinheiro. Deixa-la com a Ucrânia, é deixar a porta de casa aberta para o ocidente, é ter o Inglês a olhar para dentro de nossa casa e a ver, que apesar de a Crimeia fazer parte da Ucrânia, o poder é Russo. Ou pior, ter um governo no continente que meta ordem nas ilha e acabe com a brincadeira Russa.
E agora o que é que se vai passar? As noticias de hoje são muito claras.
Em 1º lugar as forças militares estão mobilizadas, dez helicópteros russos de combate e oito aviões de transporte de tropas só nas ultimas 24h, e se a Rússia accionar as tropas, a Ucrânia não tem hipótese. Mas as consequências de um acto desses são imprevisíveis, a Ucrânia tem o ocidente com ela, alias tudo isto começou exactamente por causa disso, a Ucrânia queria largar de uma vez as raízes e juntar-se mais ao lado oeste da força.
Em 2º lugar começa a ouvir-se falar na palavra proibida nestas coisas, guerra! E pior, começam a enunciar-se todos os tratados assinados pela Rússia que já foram quebrados, a falar-se de sanções, a escolher-se lados. É o jogo do poquer, toda gente faz bluff, mas na realidade ninguém quer fazer nada, muito menos pela Ucrânia, a não ser o Putin, que de facto quer fazer alguma coisa e com isso pode gerar repercussões desastrosas, tanto para a Ucrânia como para o mundo.
Mas ainda há o cenário da guerra civil, a Rússia finge que já não quer ter nada a ver com o assunto, sai de mansinho com palmadinhas nas costas e uma pequena multa, mantém o lugar no G8, e financia uma guerra civil por debaixo da mesa. O ocidente olha para o lado porque senão há violação da soberania de nenhum pais, então está tudo certo, e os desgraçados dos Ucranianos é que vão pagar o pato, que ainda por cima não tem dinheiro para comprar e vão dividir o pais.
Prognósticos só no final do jogo, mas não prevejo nada de bom (o que também pode ser a minha veia pessimista no que toca a ditadores dar o braço a torcer).
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