sexta-feira, 20 de março de 2015

A comissão de inquerito

Eu não me devia rir, porque na realidade não tem graça. Mas acho que sempre gostei mais de pessoas arrogantes do que de pessoas hipócritas.
A hipocrisia e os falsos moralismos sempre me tocaram no nervo e por isso quando li esta frase hoje de manha não consegui não dar uma gargalhada.

"Quem não tem vergonha todo o mundo é seu. O Sr. Ricardo Salgado continua a ser Dono Disto Tudo", concluía o deputado Carlos Amorim.

A intenção do grupo parlamentar era boa, a sério que era, se vivêssemos noutro pais! No entanto, neste momento é apenas um circo. E o Sr. Ricardo Salgado nunca teve jeito para a palhaçada. Antes partir que vergar, isso é certo.
E creio não estar longe da verdade quando digo que (na cabeça dele), ele fez o que tinha de fazer para manter o sangue a correr e o coração a bater, do banco I mean. Não me parece que algum dia vá existir um mea culpa que os deputados tanto procuram. Afinal, quando fazemos o que tínhamos de fazer não somos culpados de nada, não há remorso, lutamos e no final perdemos, is just business.
Só quem um dia estiver no mesmo lugar e fizer diferente pode julgar. Ou então, os juízes. Mas como este caso nunca lá vai chegar, voltamos ao inicio, é só um circo. Um circo com palhaços, mágicos e esquecidos. Confesso que adoro os esquecidos! Não sabem, não viram, não ouviram, não tinham ideia do que se estava a passar. A realidade, por mais triste que ela seja, é que nunca ninguém se vai lembrar de nada, e nunca se vai poder provar o contrario, só quem lá esteve sabe, e quem lá esteve esqueceu-se. Priceless.
Se ele é, e sempre foi, o dono disto tudo é porque toda a gente lhe deu poder para isso, agora queixam-se e atiram pedras. Hipocrisia!

E agora vou trabalhar. Mas uma coisa é certa, "chamar ao BES banco mau é como dar-me facadas".


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