E porque já correu milhões de litros de água debaixo desta ponte, eu explico o meu ponto de vista citando.
"Agora o caso Joana Amaral Dias. Não se conhece uma ideia da líder do movimento Agir que não seja "vamos fazer tudo ao contrário". Foi celebrada pela liberdade e coragem de aparecer orgulhosamente grávida e nua numa revista, repetir a proeza noutra. Reaccionários os que não aplaudiram. Portugal é um país de pudicos, gritou quem quis equiparar quase a Joana d'Arc uma Joana Amaral Dias errante e sem consistência política que atravessou da direita à esquerda e, quando deixou de ter um lugar, criou um movimento estéril. Não é por causa da nudez que Joana Amaral Dias é nem boa nem má política. É porque não é política, ponto. Se a nudez a descredibiliza? Sim. Porque a democracia é um exercício da liberdade que se faz essencialmente pelo pensamento e dos políticos espera-se um conjunto de características formais, para lá da substância. São elas que os tornam eficazes. A nudez não é certamente uma delas. E quem quer ter uma palavra a dizer sobre o país tem de se preocupar, também, com a eficácia." By Alexandra Almeida Ferreira.
Eu não escreveria melhor.
O meu problema não é a nudez, as mulheres são livres para fazerem o que quiserem. Defendo-o agora, e sempre o defenderei, sem hipocrisias nem pudores. Agora não se pode aparecer nua numa revista e depois querer ser levada a sério. Não sou eu que digo, faz parte do job description de um politico, a formalidade e até algum decoro e recato. São as regras do jogo e só o joga quem quer. O que é certo é que com uma fotografia apenas, a carreira dela acabou. O que até pode não ser justo, mas é o que é.
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