domingo, 28 de fevereiro de 2010

Coisas que não valem a pena.


Tendo a certeza de que não vale a pena dizer mais nada, de que a vida é feita de esperas inúteis, de sonhos vãos e de dias perdidos (acho que li isto algures), de coisas que doem e de coisas que fazem rir, de amigos que eu quero manter e que ainda não sei bem como, de projectos e de coisas inesperadas...ficam aqui algumas coisas que eu tenho para dizer hoje. Mas que, e como eu nem sempre me sei exprimir como deve de ser, alguém o fez por mim e eu transcrevo!

"Here it is, your choice... it's simple, her or me, and I'm sure she is really great. But Derek, I love you...in a really, really big pretend to like your taste in music, let you eat the last piece of cheesecake, hold a radio over my head outside your window, unfortunate way that makes me hate you, love you. So pick me..., choose me, love me.
(...)
Goodbye Derek, Goodbye Meredith"
In Grey's Anatomy.



"O entendimento é um processo alquímico, nem tudo do que este é feito depende a nossa vontade. Mas para lá de tudo isto, reside uma verdade que bate qualquer argumento: A pessoa certa para nós só o pode ser se, ao olhar para nós vir a pessoa certa para ela."
In MRP - Onde reside o amor.


"Quando um coração se fecha, faz muito mais barulho que uma porta (...).
Levar com a porta na cara doí muito. Doí sempre, o dia inteiro, a todas as horas e a todos os minutos. Doí tanto que os segundos se podem tornar insuportáveis e os dias facilmente se transformam em epopeias, viagens trágico-marítimas. Doí de manha, assim que regressamos do abençoado estado de inconsciência em que o sono nos guarda, quando olhamos para o lado e perguntamos: e agora? (...) Doí quando nos lavamos, quando comemos, quando engolimos, quando respiramos, quando falamos, quando ouvimos, quando pensamos. (...) Mas o que mais doí é saber que alguém que ainda amamos, (...), nos fechou o coração. O som é igual ao de 1000 tambores em fúria: não vale a pena falar, não vale a pena escrever, não vale a pena tentar chegar ao outro lado, saltar o muro, enviar emissários, içar bandeiras, fazer cimeiras, apanhar aviões e levar na mão o nosso coração como presente porque ele já não o quer. Quando o outro coração se fecha, deixa de ser nosso (...)"
In MRP - Onde reside o amor.


"Alguém devia inventar uma tesoura para cortar laços, sobretudo quando os laços já estão cheios de nós cegos e não há volta a dar. À falta de um objecto contundente que serviria para cortar o mal pela raiz, restam os procedimentos habituais: bater com a porta, deixar de telefonar, não atender chamadas, fazer exercícios de abstracção, em suma, fechar o coração. Fechar o coração é um exercício duríssimo para quem o tem. (...) . Quem deixa um grande amor para trás carrega grilhetas tão ou mais pesadas do que aquele que fica sentado, pregado na pedra do porto, (...). Bater com a porta requer coragem, concentração e muita força de vontade. É preciso saber desistir, e hoje em dia ninguém gosta de desistir de nada, muito menos do amor, (...).
Há algum tempo que desisti de definir o amor e passei a concentrar-me em entender onde reside o amor. Isto porque acredito que o amor em si não existe, o que existe são provas de amor. Logo, essas provas podem estar à vista de todos. (...) As celebrações amorosas servem para selar o amor. Por outro lado, as rupturas amorosas não seguem preceitos nem rituais; cada um faz o melhor que sabe e aguenta-se como pode, engolindo a mágoa do conformismo ou remando contra a maré. (...) A morte de um sonho é tão triste e dolorosa como a própria morte, merece por isso o respeito e o silencio para com aqueles que sofrem. Quando alguém desiste de um amor, está também a desistir de um sonho que já acalentou. E é muito difícil desistir. Abdicar de um amor doí, e essa dor dura, demora a partir. É como viver com uma pedra encostada à garganta.
Quem quer mesmo desistir tem de conseguir cortar o mal pela raiz, antes que os laços se tornem nós à volta do pescoço e do coração. É preciso pegar na tesoura e zás, cortar sem dó nem piedade, e sobretudo sem olhar para trás(...)"
In MRP - Onde reside o amor.




P.S: "Sometimes people write what they can't say".

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