Há decisões fáceis de serem tomadas, há outras que nem pensamos, há umas a que nos obrigamos e há ainda as insuportáveis!
Insuportável ou não, chega a uma altura em que simplesmente não existe mais espaço para continuarmos no sitio onde estamos. A mudança é exigente. É uma luta continua. Um auto-convencimento, um obrigar o cérebro a trabalhar em vez de sermos arrastados pelos sentimentos, deixando-nos envolver por eles, perdendo totalmente o controlo outra vez.
O meu cérebro tem trabalhado bem. Todos os dias sem descanso obrigo-o a sentir só aquilo que eu quero. Naquela visão dark and twisty, o coração é só um músculo e o cérebro controla tudo. Logo, não há sentimento, por maior que ele possa parecer que não acabe se nós quisermos que ele acabe.
Mas para queremos mesmo é preciso cooperação, é preciso termos ajuda da parte daqueles que estamos a tentar esquecer, é preciso que eles nos mostrem que estamos a fazer o certo, que não nos deixem duvidas nem espaço para margens de manobra. Quando estamos a andar em cima da corda qualquer duvida é o suficiente para (re)cairmos e nos enchermos outra vez de esperanças e esperas inúteis, que no fundo não nos levam a lado nenhum. Infelizmente, bastam algumas palavras para nos deixarmos afundar num mar de incertezas sobre os sentimentos dos outros...o português é uma língua extremamente traiçoeira. Quando duas pessoas aplicam os mesmos verbos podem a) não querem dizer a mesma coisa ou b) não sentirem da mesma maneira o que estão a dizer. E é por isso que eu sei, que há certas coisas, que neste momento eu não quero ouvir. Não da maneira leviana como o verbo é aplicado pelo menos!
Neste preciso momento lido melhor com a distancia, com a certeza de que não sou eu, e que não faço senão bem em sair daqui muito rapidamente. Não posso lidar com a incerteza da possível incerteza dos outros. Não me posso preocupar se antes estava aqui e se agora já não estou, e se isso também não é justo para os outros. Não há mais espaço para abdicar daquilo que eu sou, para me importar demais da conta, para me preocupar e não existir mais nada sem ser a vontade de estar perto. Acima de tudo é altura de pensar mim, só em mim e naquilo que me vai fazer parar de sentir coisas que nunca devia ter sentido (not again at least).
Isto tudo para dizer que...I'm fine!
E estou melhor ainda quando me mostram que estou a fazer a coisa certa, quando não me deixam acreditar, quando não me mandam mensagens a dizer coisas que não sentem, quando me deixam sozinha, quando não querem saber. I'm better that way...por mais estranho que isso possa parecer!
Eu também nunca disse que era normal...vá!!!
Sem comentários:
Enviar um comentário