Demasiado bom para não por aqui.
No "Love and other drugs" há uma parte em que ela olha para ele, apaixonada, e pede para enumerar quatro qualidades que ele acha que tem. Ele não sabe enumerar nem sequer uma. Ela sabe. Umas dez.
Mais tarde, é ela que se acha uma bela merda e pergunta-lhe porque raio fica ele com ela. Um poço de trabalhos. E ele vacila. A dada altura ele vacila. Não se lembra sequer de uma única razão para ficar com ela. Por um momento não se lembra e vacila.
No entanto, para quem vê o filme, é notório que quem perde é que é amado e quem vacila. Engraçado, amamos sempre os fracos e perdoamos todos os erros e inseguranças na tentativa de não ver as nossas. Dar e receber afinal não é uma frase. Há quem dá e há quem recebe. E quem dá sabe que deu, quem recebeu não sabe - quase nunca - a sorte que tem/teve.
O resto do filme é uma bela porcaria. Tal como ele. O que recebeu. O que foi amado.
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