Agora tenho a mania de querer controlar tudo.
Ou melhor, estou sempre mais calma se controlar a minha vida, se souber onde estou, onde quero ir, o que sinto, o que quero e o que não quero.
Não tinha muita noção que era assim, os momentos que ando perdida são muitos, geralmente juntos com doses gigantes de variações de humor, ataques de choro, alegrias esfuziantes e noites difíceis. Perco o controlo quando me apaixono. Talvez seja por isso que conforme me vai passando me vou sentindo novamente mais eu, dona e senhora da minha vida, sem ter de provar nada a ninguém, sem querer fazer coisas pelos outros (que não merecem), sem a minha vida depender de alguma maneira de alguém, sem querer saber. Eu não quero saber. Não é importante, nem me interessa. Não me acrescenta nada de novo, não leva a lado nenhum.
No entanto, não tenho andado a meditar. Fico com a mania que já estou boa e descuido aquela parte que me faz segurar na bússola e saber exactamente de onde vim, para onde quero ir e onde não quero voltar. E depois, medrosa, quando vejo que algo se passa e que não quero, procuro, procuro, procuro até ver o Norte outra vez. Sempre a brincar com o destino... porque mudar custa, saber fazer bem a nós mesmos nem sempre é o que apetece, ceder e perder o controlo sabe bem, mas daí à queda livre é um passinho. Quando se caminha em cima da linha, qualquer passo em falso pode ser O passo que faz desmoronar o castelo.
O medo faz-me andar recto e em frente (ao menos que sirva para alguma coisa), porque quando olho para ao lado do vazio a minha respiração pára e o meu coração volta a acelerar.
Mantemos o medo, muito medo...
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