Como foi dito nos próprios comentários ao post, no blog original: também eu já dei para este peditório. E enquanto me lembrar...nunca mais!
Em Fevereiro do ano passado e numa noite de chuva intensa, lembro-me de encostar o meu corpo à parede fria da casa de banho, cigarro na mão, e descer lentamente até chegar ao fundo, da parede e do poço. Juro que nesse dia teria dado qualquer coisa para me arrancarem o coração, acho que mentalmente gritei até ficar sem voz "tirem-me esta dor, não quero esta dor, tirem-me esta dor daqui". Tudo o que aconteceu, depois, não foi nada, nem as desilusões com uma amiga que se orientava pela pipi aos saltos servindo-se da mesma como bússola, nem a constatação de que as pessoas não mudam e sim, preferem acobardar-se do que enfrentar alguém lhes informando que não, não dá, não gostam, não querem (ah, o ego...).
Naquela noite de Fevereiro e enquanto gritava silenciosamente, jurei que nunca mais iria sentir esse desespero, essa desilusão, a ingenuidade de quem, provavelmente, andou demasiado tempo dentro da sua concha.
Janeiro do ano seguinte, a sensação ainda não voltou e, como uma doença ruim que necessita de exames de rotina, também eu vou verificando o estado da minha alma. Nunca mais quero ter essa sensação fria. Não numa noite de inverno. Não numa casa de banho de luzes apagadas. Não por tão pouco. Nem sei mais do quê,
Nunca mais.
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