segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Três minutos


Foram apenas três minutos e qualquer coisa.
E quando acho que já nada me magoa mais, engano-me.
Pareço aquelas pessoas que dizem “pior que isto já não fica”, e enganam-se sempre. Pode sempre ficar pior.

Três minutos. Indiferença. Estúpidas lágrimas a caírem pela cara abaixo. Telefone desligado sem meias palavras. Para quê?! Afinal já não é a primeira vez que faço isto.

Não posso mais. Não consigo mais. Não quero mais.

Tenho uma capacidade infinita de gostar. Quando gosto, gosto. E gosto de tudo, sem mudar nada, sem meias medidas, sem complicações, sem pudores e sem medos. Gosto e pronto. Não serve para nada, é certo, mas sou assim.
Já tive vergonha de ser assim, já tentei controlar isto e fingir que não, já tratei pessoas (diga-se homens) muito mal e com uma crueldade que dói só para me proibir de ser assim. Já achei que o amor metia nojo, que pessoas extremamente apaixonadas eram repelentes e deprimentes. Que “ah e tal…o amor é lindo” e é tudo muito bonito mas acaba sempre e coitados daqueles que se atrevem a sentir o que quer que seja…era muito mais infeliz do que sou agora.
Não fui feita para ter uma pedra no lugar do coração. Não fui, não sou.

Sou dura, sou rija, sou forte. Não gosto de demonstrar fraqueza, de ficar vulnerável, de não me controlar, de me sentir humilhada e rejeitada…mas sobrevivo a isso e esqueço-me rápido. Tenho um orgulho parvo, demasiado parvo e demasiadas vezes. Não guardo rancores, mágoas e tristezas porque choro muito, em muitas ocasiões e não tenho medo de assumir, apesar de preferir fazê-lo no aconchego do meu lar e sozinha. Mas sei aquilo que quero, e acho que sei ainda melhor agora.

Afinal pode-se perder muita coisa, mas não se perde a lição. E não perco aquilo que sou, principalmente porque acho que sou uma pessoa extraordinária.

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