Pensei sobre o assunto ontem e hoje voltei a pensar.
Eu esqueço-me que as pessoas me magoaram. Tenho um mecanismo de defesa qualquer que me faz apagar a quantidade de dor que me infligiram (ou que eu me infligi a mim própria), especialmente se for muita. Tento constantemente aliviar a bagagem que trago fingindo que ela não está lá. E se calhar isso faz parte do problema, quando eu achava que era a solução.
Por exemplo, há um blog de alguém, que não escreve há muito tempo, que eu adoro (o blog e a pessoa). Esse blog, apesar de eu adorar a maneira de escrever da pessoa, magoa-me sempre que eu o leio. Magoa-me porque foi escrito numa altura em que as coisas me tocavam, com um sentido específico, para um alguém que eu sei quem é (e não sou eu), a mostrar sentimentos imensos (não por mim) e isso magoa-me. E perguntam vocês…então B. e o que é que tu fazes?! E eu respondo, eu continuo a lê-lo na mesma (de vez em quando), mas nunca por inteiro. Assim que me começa a doer e que eu me volto a lembrar do que senti, fecho-o e ignoro. Finjo que não sinto, que está tudo bem e que afinal não doeu (e não dói) assim tanto e digo para mim “B. olha o drama, vá get over it”.
Até ontem não achava mal fazer isto, fechar a bagagem má toda num sítio e deitar a chave fora. Pelo contrario, achava que era bom, que era uma pessoa muito melhor por isso, por não fazer o que as pessoas normais fazem sempre que é: magoaste-me uma vez PNP*, não volta a acontecer.
Ontem percebi que, se calhar, tenho vindo a cometer os mesmos erros over and over again porque me esqueço, porque burra, me quero esquecer e esqueço mesmo. Recalco a dor para um lugar qualquer muito fundo, de tal maneira que é como se desaparecesse. E se alguém por ventura me lembra, aquilo dá-me uma picada, e eu abano a cabeça e penso “não penses nisso, não vale a pena”. Mil vezes burra…o triunfo da esperança sobre a experiência…it’s sad. Really.
Eu esqueço-me que as pessoas me magoaram. Tenho um mecanismo de defesa qualquer que me faz apagar a quantidade de dor que me infligiram (ou que eu me infligi a mim própria), especialmente se for muita. Tento constantemente aliviar a bagagem que trago fingindo que ela não está lá. E se calhar isso faz parte do problema, quando eu achava que era a solução.
Por exemplo, há um blog de alguém, que não escreve há muito tempo, que eu adoro (o blog e a pessoa). Esse blog, apesar de eu adorar a maneira de escrever da pessoa, magoa-me sempre que eu o leio. Magoa-me porque foi escrito numa altura em que as coisas me tocavam, com um sentido específico, para um alguém que eu sei quem é (e não sou eu), a mostrar sentimentos imensos (não por mim) e isso magoa-me. E perguntam vocês…então B. e o que é que tu fazes?! E eu respondo, eu continuo a lê-lo na mesma (de vez em quando), mas nunca por inteiro. Assim que me começa a doer e que eu me volto a lembrar do que senti, fecho-o e ignoro. Finjo que não sinto, que está tudo bem e que afinal não doeu (e não dói) assim tanto e digo para mim “B. olha o drama, vá get over it”.
Até ontem não achava mal fazer isto, fechar a bagagem má toda num sítio e deitar a chave fora. Pelo contrario, achava que era bom, que era uma pessoa muito melhor por isso, por não fazer o que as pessoas normais fazem sempre que é: magoaste-me uma vez PNP*, não volta a acontecer.
Ontem percebi que, se calhar, tenho vindo a cometer os mesmos erros over and over again porque me esqueço, porque burra, me quero esquecer e esqueço mesmo. Recalco a dor para um lugar qualquer muito fundo, de tal maneira que é como se desaparecesse. E se alguém por ventura me lembra, aquilo dá-me uma picada, e eu abano a cabeça e penso “não penses nisso, não vale a pena”. Mil vezes burra…o triunfo da esperança sobre a experiência…it’s sad. Really.
(*) PNP=Põem-te nas Put**
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