quarta-feira, 10 de março de 2010

Ir contra a Natureza


Descobri que sou realmente boa na minha nova teoria de viver o hoje e amanhã logo se vê...

Ontem ia eu no carro para o gym, a ouvir Rihanna aos berros e a sentir-me feliz sem razão nenhuma aparente a não ser o facto de estar a usar uns óculos de sol (Ohhh yeahhh) quando dei por mim a questionar o porque das pessoas quererem ir contra a natureza e contra aquilo que sentem. Isto porque nos passados 2 meses tentei fazer isso pelo menos 2 vezes, sem qualquer tipo de sucesso, óbvio...

A minha questão aqui é: podemos tentar ir contra aquilo que somos durante muito tempo, mostrar ao mundo uma data de qualidades que não temos, ficar com alguém que até não desgostamos, porque é com aquela pessoa que devemos de ficar...e podemos ser tristes a vida inteira a tentar fazer isto, sem sequer percebermos que o somos, porque simplesmente "é assim que tem de ser"! Mas, tenho para mim que mais tarde ou mais cedo acabamos por quebrar, no final do dia não podemos controlar a nossa natureza...mas podemos morrer miseráveis a tentar, é uma verdade...

Não obstante de ter sido educada (em partes) para ser assim, há muito tempo que deixei de me esforçar para ser a "senhora" que todos esperavam que eu fosse. Já fui mais rebelde do que o que sou hoje (é verdade), já me irritei com a fôrma onde me tentaram por, já chorei por achar que devia ser de uma determinada maneira que não me consigo forçar a ser, e... já desisti de estar preocupada em corresponder às expectativas dos outros.

Às vezes ainda tento, sei o que devo fazer, sei o que estão à espera que eu faça, sei as qualidades que deveria ter (e não tenho), sei o certo e o errado e sei que nem sempre estou certa...mas, também sei que sou boa pessoa e para mim isso chega! I don't need perfection...ou pelo menos a noção que as pessoas tem dela.

Vou ser assim até ao dia que deixar de ser, vou sentir isto até acabar, porque por mais que a minha cabeça me possa dizer que não devo, e por mais que eu me desespere a dar voltas e voltas a esforçar-me para fazer tudo como deve ser, os sentimentos, tal como as vontades, não se controlam...

Salazar dizia que "as vontades que vão contra as regras são só caprichos"...e eu pergunto-me algumas vezes se ele tinha razão, e se serão só caprichos as minhas vontades?! Não nego que já fiz algumas coisas na vida por puro capricho (sou mimada afinal), mas com o tempo aprendi a saber diferenciar o que é do que não é. E por caprichos eu não tenho segundos pensamentos, por caprichos eu não me irrito, por caprichos eu não fico estupidamente feliz...portanto não...pode ser o que for (que eu também não sei bem), mas não é capricho...




P.S: Uiii...tanta filosofia logo pela manhã...

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