Há coisas que são escritas com tanto sentimento que transborda. Esta é uma delas...
E depois de horas a mirar o relógio, quase de forma clandestina, num suspiro, fez a mala. Afinal, a espera que se torna sempre longa e não acaba em lugar nenhum, tornou-se pesada. O silêncio violento. Ensurdecedor. A cidade agita-se. Com ela a mente da rapariga. A mala pesada, a espera longa, o silêncio ensurdecedor. Num suspiro, pegou na mala, engoliu o silêncio, despediu-se da cidade, rasgou a espera. Num suspiro, vagaroso, lento. Afinal, ela não tinha nada pelo que esperar.
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