quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Review



2011 foi, de uma forma geral, um ano para agradecer.

2011 foi o ano em que a minha mãe fez uma cirurgia de 8h ao cérebro, acordada e sobreviveu fresca que nem uma alface;

2011 foi o ano em que finalmente fiz o GMAT e entrei no MBA;

2011 foi o ano em que fiz de mãe durante 1 mês e meio, e descobri que 1) consigo e 2) ainda não estou preparada;

2011 foi o ano em que algumas coisas na minha vida, que eu conhecia como sendo reais e verdadeiras desde que nasci, abanaram forte pela primeira vez;

2011 foi o ano em que provavelmente mais trabalhei;

2011 foi o ano em que comecei a poupar a serio, não somente para comprar coisas, mas para apostar no meu futuro;

2011 foi o ano em que consegui desistir pela primeira vez de alguém. Assumir que há certas coisas que não dão, que gostar só não chega, e que por mais que gostemos de alguém e essa pessoa nos adore, pode não ser suficiente;

2011 foi para muitas pessoas que eu conheço o melhor ano das suas vidas, em que casaram, tiveram bebés, ou foram simplesmente felizes de muitas maneiras;

2011 foi para outras pessoas, o ano em que perderam uma pessoa que amavam de sobre maneira;

2011 foi um ano de transição, um ano de crescimento, um ano importante para o futuro, para me definir como pessoa, a que sou e a que quero ser;

2011 foi o ano em que eu parei definitivamente de ser uma miúda "Vogue" (ou tentativa de), e me assumi como sou. Descobri que tenho muito mais a ver com o lado descontraído, praia e prancha debaixo do braço, do que com saltos altos e bâton;

2011 foi o ano em que fiz franja, e que provavelmente nunca mais vou fazer;

2011 foi o ano em que mais pensei em mim, no meu bem estar, em deixar ficar o que me faz bem e largar o que me faz mal;

2011 foi o ano em que praticamente deixei de sair à noite. Saiu para me divertir, mas gosto de ficar em casa a jantar com amigos, ou simplesmente ver um filme sozinha. Não me faz espécie nem comichão, adoro a minha casa;

2011 foi o ano em que voltei a ficar sozinha. Aquela solidão arrasadora que só se sente antes de o buraco, onde há pouco estava alguém, fechar;

2011 foi provavelmente o ano em que mais senti saudades;

2011 foi o ano em que aprendi a calar, a falar selectivamente e a abolir o diz-que-disse;

2011 foi o ano em que desisti de olhar para trás e que ao fazer isso sinto uma fé ainda maior no futuro;

2011 foi o ano em que comecei verdadeiramente a acreditar na sorte;

2011 não foi O ano, mas foi um ano. Melhor que 2010 (oh Deus, tão melhor) e pior que 2009 (que foi pura alegria).

Com tudo o que 2011 foi, só posso esperar que 2012 seja melhor. Como nos ciclos económicos, mau ano (como o de 2010) só em 2017 outra vez...agora é sempre a subir.

[Queria escrever mais sobre 2011, mas teria de rever os meses pelo blog...e assim que tentei Janeiro correu logo mal, melhor ficar de cabeça o que foi!]

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