Durante muito tempo pensei que queria uma coisa que não queria. Que me faziam falta pessoas que não faziam. Convenci-me que merecia coisas que não merecia. Na verdade vivi assombrada com isso durante anos. Vivi no escuro. Era uma pedinte, e como pedinte aceitava esmolas. Ridícula. No dia em que percebi que não queria, não precisava nem merecia, cortei o cordão. Estraçalhei violentamente o último fio já tão raro. E que bem me soube essa raiva final e o orgulho renascido. Escrevo mais uma vez para nunca esquecer: não sou pedinte e não aceito esmolas.
Os minutos de descontrolo são seguidos por este pensamento: Nunca-mais-na-vida-toda!
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