domingo, 5 de junho de 2011

You need to declare it



Ainda não me arrependi da decisão que tomei.


Achei que talvez tivesse sido a quente e que com o passar dos dias as saudades iam dar conta de mim e fazer-me arrepender, pela quinta vez num ano. Mas não, as saudades estão aqui (mentiria ao dizer que não), mas as razões pelo que fiz o que fiz continuam presentes, certas, inquestionáveis, a manterem-me sã e algo calma em relação a isto tudo.


Custa-me desistir, não sou pessoa disso. Mas o que ainda mais me custa, é ter feito aquilo que todos diziam que eu não era capaz para manter uma amizade que, se calhar e pelo que vejo agora, não valia a pena tanto esforço da minha parte. Exigiu tanto de mim ser só a amiga, obrigar-me a parar de sentir coisas e continuar a estar perto todos os dias, separar a parte de mim que gritava "fica comigo" da parte do "como amigos", ser o ombro amigo para todas as ocasiões...dei tanto, tanto de mim para agora desistir e perceber que não valia a pena. Isso sim custa-me, bastante mais que desistir.



Mas estou de consciência tranquila, talvez por isso tão calma. Para mim tinha sido para sempre.

No entanto, chega a um certo ponto em que temos apenas de parar de nos debater. É como se vê nas séries dos médicos; eu sou aquela que está lá a desesperar na massagem cardíaca, que diz vamos tentar mais uma vez, mais uma desfibrilação, só mais 300...eu sou sempre essa. E depois, há uma certa altura que é inevitável, temos que declarar, aceitar o inevitável, time of dead 23:28h.



Mas por mim, tinha sido para sempre.

Sem comentários:

Enviar um comentário