Quanto mais acreditarmos que somos felizes venha o que vier, menos nos preocupamos com o que há-de vir.
Moments that could be mine
segunda-feira, 6 de junho de 2011
As coisas absurdas que me dizem
Acusaram-me recentemente de ser implicativa, de discutir sem razão, de nunca estar bem e encontrar sempre coisas para me chatear. E eu acho que quem me acusou disso não sabe o que diz...mas, como eu não sou pessoa de ouvir criticas sem pensar sobre elas dediquei-me na ultima semana a tentar perceber se a pessoa em questão tem ou não alguma razão.
A verdade é que eu para mulher (e digo isto olhando à minha volta) sou pouquíssimo implicativa. Em parte porque sou distraída e em outra parte porque detesto chatear-me por coisas típicas de gaja. Coisas como "o não sei quantos que não me falou", "a outra que não me convidou para o jantar", "a grupeta que combinou um programa de não disse", "a nova namorada de não sei de quem não sabe quem eu sou", "aquela comprou uma saia não sei onde, igual à minha", "o outro que foi dizer à outra que eu disse não sei o quê" e "bla bla bla...a sério...muito pouco disto me chateia, alias, quase nada mesmo. Deste modo, implicativa eu não sou. Mas se por acaso algo me faz levantar a orelha, eu esclareço e digo logo.
Não fico a pensar no "diz que disse", não assumo coisas, e não esmiúço. Se acho que algo não está como eu acho que devia estar, eu pergunto, esclareço, e o assunto fica arrumado.
Por isso mesmo eu não discuto sem razão. Antes de discutir, e mesmo que o sangue me ferva e eu perca a racionalidade por um minuto ou dois (ou dez vá), eu tento sempre por-me do lado da pessoa. Se alguém combinou alguma coisa comigo, e aconteceu um imprevisto inesperado 3 minutos antes...por mais aborrecida que eu fique, eu sou tolerante, compreensiva, e arrefeço sozinha porque sei que imprevistos acontecem.
Quando eu discuto (geralmente sem gritar), é apenas porque não sou de ficar calada quando me fazem coisas que eu não gosto. Se não gosto digo, e isso não é necessariamente uma discussão, é mais uma exposição. Eu assumo à partida, que os meus amigos preferem saber o porquê de eu estar chateada, em vez de ficar amuada sem ninguém perceber!
Relativamente ao "tu estás sempre chateada" ou "tu encontras motivos para te chatear"...nem vou comentar. É absurdo! Primeiro porque eu ando a maior parte do tempo alegre e a dizer palermices (e todos tempos maus dias, obviamente) e segundo porque o que eu tento sempre é não me chatear, mesmo quando tenho motivos.
O meu ponto de vista é muito simples: não podemos viver a vida sem nunca nos chatearmos. Há sempre motivos pelos quais vale a pena discutir, há alturas em que só a discussão nos faz ultrapassar os problemas e crescer, há coisas que mereçem que nós nos importemos com elas e que dediquemos o nosso tempo a tentar resolve-las. No fundo, é tudo uma questão de bom senso...por no prato da balança e reflectir sobre o que vale a pena, e o que não vale a pena.
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