I'm not alone
Quão bom?Tu irritas-me, desconcentras-me, mexes comigo e com o meu estômago. Dizes coisas que não fazem sentido, que provavelmente não têm sequer um sentido, dás-me voltas à cabeça, não ages em conformidade, mandas bitaites para o ar e nem pensas que me podes estar a magoar ou sequer a incomodar.
E o que me enerva nem é o que dizes, é a lata com que o dizes. O direito que achas que tens de dizer o que te passa pela cabeça. O direito que achas que tens de isso sequer te passar pela cabeça. Como o direito de propriedade que achas que ainda tens, de me tocar, de me reconhecer ou estranhar o perfume, de me apreciar o corte de cabelo ou a roupa, de olhar para mim, de me provocar, quase de me pedir satisfações, justificações, de me fazer perguntas que me deixam sem resposta. É essa prepotência que me enerva, muito mais do que a minha arrogância a ti.
E o não te poder dizer, porque decido assim, o não te poder esfregar na cara o teu egoísmo, a tua indefinição, o escolher não te atirar nada à cara porque é assim que acho que me mantenho superior, dá-me voltas à cabeça. É coisa para me corroer aos bocadinhos, mas é o meu orgulho e não posso abdicar mais dele.
Jogas baixo, muito baixo, fazes uso da nossa cumplicidade, da intimidade que um dia foi, de coisas que, moralmente, já nem devíamos considerar que existem. Mas existem, claro que existem, até é bom saber que existem, é sinal de que nem tudo se perdeu e muito menos foi em vão. É sinal de que tal como te disse naquela última conversa e tu concordaste, "quando funcionamos, funcionamos muito bem". Mas isso não me consola. Não me consola nem me chega, não podemos viver disso. Não me consolou na altura e não me vai servir de consolo nunca. Não me consola. Confunde-me. É por isso que o amor é um lugar estranho. Não faz sentido.
[Não escrito por mim. Ver autor no link]
Hoje, nem aqui...
Pain is temporary, pride is forever!Ohhh yeahhh
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