segunda-feira, 27 de junho de 2011

Certas pessoas, certos tempos



Talvez há 10 anos atrás, uma pessoa que eu achava que gostava muito (acho que cheguei a utilizar a palavra "amar" mesmo), namorava com uma pessoa que não só eu gostava muito na altura, como continuo a gostar muito agora. Uma daquelas coisas que acontecem na vida, estúpidas coincidencias que podiam ter estragado uma amizade, mas que, só não o fizeram, como no final até foi essa amizade (que agora talvez seja só um carinho especial, porque o tempo não perdoa) que me ajudou a ultrapassar e a reduzir o efeito do que eu chamei (infantilmente) de amor.


O ponto é...neste dia há 10 anos atrás, a pessoa que eu "gostava" decidiu terminar, o que quer que eles tivessem, no dia de anos dela. Ela que é das pessoas mais fortes que eu conheço, rija mesmo, nada de se fazer de forte e chorar pelos cantos (como eu), disse-me aquelas palavras que eu tanto admirei na altura: "Deixa, está tudo bem. Estou aqui com o meu amigo Eristoff, e daqui a 2 copos já passou e vêem buscar". Na altura não soube como é que ela fez aquilo, o que é certo é que resultou. Claro que, acho de agora, não foi tão simples como eu percepcionei. Mas o que é certo é que aquela força dela, nesta e em outras várias ocasiões, perante qualquer tipo de desilusão que lhe causassem, era imbatível. Frases como "o que não dá certo à primeira, não vai dar certo à segunda", "não há segundas chances, são completas perdas de tempo", "sentes falta do que algum dia tiveste, não podes sentir a falta do que nunca tiveste"...todas estas e mais uma data delas, fazem com que ela seja uma pessoa que me marcou, bastante.

Acho que é o que se pode chamar admiração. Pela maneira de ser, de estar, pela postura na vida. Não posso dizer que sejamos amigas, não estamos tempo juntas para isso...mas há sempre aquele carinho que fica, aquele período em que se partilharam tantas coisas, as vezes que por alguma razão nos encontramos e parece que passou pouco tempo...não sei explicar.

Se calhar a amizade não se explica mesmo, como as restantes relações com as pessoas. São o que são...sem percebermos como ou porquê.

2 comentários:

  1. Sim as amizades são assim inexplicáveis e surpreendentes. E tem uma capacidade de precisar de tão pouco para subsistir ao longo dos anos.

    Porque um dia me perdi

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  2. Deve ser essa pouca necessidade que ao longo dos anos nos faz ter a certeza...de que é/era amizade!
    =)

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