sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Another day


Ando tão stressada com o trabalho que não tenho tempo para os meus amigos.
Eu que jurei que isso nunca ia acontecer, aconteceu...não me consigo desligar daqui.
Neste momento o meu trabalho absorve a maior parte das horas do meu dia, roubando horas de sono e lazer que tanto me fazem falta. Pelo menos tenho trabalho, o que eu agradeço e gosto muito, especialmente numa altura destas...

A parte disso, ontem foi duro, foi difícil, foi forte. Não se esperava nada de diferente, afinal foi um de nós, talvez o primeiro...E estivemos reunidos, prometemos não nos esquecer uns dos outros (o jantar é dia 19!!) e enterramos ontem velhos machados de guerra. E eu que estava com dúvidas, dissipei-as, conseguimos todos crescer e tornarmos-nos pessoas melhores.
Gostei de ver o Prof. V., aquela pessoa tão presente durante a nossa adolescência, aquele pilar moral inabalável, valores certos, rigor, sorriso franco, prometemos que íamos ao jantar...
Voltei às fotografias quando cheguei a casa, passei em revista o Gerês, o Porto e os Açores. Tão giros! Tão miúdos! Tão cheios de expectativas e de futuro! Confesso que quando o F. anunciou que se ia dedicar ao sonho dele e deixar a escola, eu pensei que os meus pais nunca me deixariam fazer isso. Na minha família também o meu primo A. se deparou com essa decisão no ultimo ano e decidiu continuar (pelos motivos dele, que ele não ouve ninguém quando quer uma coisa). Eu também decidiria continuar, pelo futuro, pelo construir de qualquer coisa solida mais depressa, pelo caminho que segue a maioria, pela maior certeza e conforto, ou simplesmente porque não tinha nada que me apaixonasse dessa maneira.
A minha questão é, o F. seguiu o sonho dele, desistiu da nossa realidade para ir perseguir a dele e ainda bem que o fez...

Neste momento parece que ouço a J., de cada vez que decidimos uma coisa à partida irracional (e que 1 dia antes tínhamos pensado que não podia ser), com o coração na boca e as mãos a tremer, e nos queremos justificar uma perante a outra: "B. se morresses amanha gostavas de o ter feito, não gostavas?" ou ainda "B. se eu morresse amanha queria ter feito isto".
E eu riu-me, somos iguais e contra esta justificação, cada vez menos, tenho o que argumentar.

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