quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Acordares dificieis


A ultima coisa que me passa pela cabeça antes de me deitar, a primeira assim que acordo...todos os dias, há tanto tempo que já lhe perdi a conta!
Seria romântico, senão fosse totalmente inútil.
Controlamos o que fazemos, o que dizemos e o que escrevemos. Não controlamos, de todo, aquilo que sentimos.
Esperamos ansiosamente a indiferença, que ela venha de uma vez e que tudo seja totalmente indiferente. É a única coisa que esperamos quando estamos a tentar esquecer alguém, e por outro lado é o que mais tememos...que um dia já nada importe, que tudo o que vivemos e sentimos se desvaneça, e que daqui a 30 anos já nem nos lembremos do tempo que passamos juntos, das horas, da partilha, da intimidade, do amor.
Era bom que a indiferença viesse da quantidade de vezes que dizemos "é-me indiferente" ou "não quero sabes, estou-me nas tintas"...não vem. Podemos repetir 40 vezes por dia, e cada vez que o dizemos é porque sentimos. Dizemos mais para nos convencer a nós próprios do que aos outros, dizemos porque não há nada mais que possamos dizer, porque admitir que não, ainda não somos indiferentes é dar parte fraca, é ceder, é continuarmos a ser estas pequenas pessoas apaixonadas por grandes seres que não nos ligam puto, nada, rien.
Podem até pensar que é triste, eu acho apenas que "quem não sente não é filho de boa gente" e não me arrependo de ter dado, de ter tentado, de ter ido ver se dava até perceber que não, não dava. Na vida temos que fazer as coisas com paixão e por paixão...e eu fiz, todos os dias, durante muito, muito tempo...

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