Tenho-me prendido ao conceito de felicidade. Não pela sua busca incessante, porque nunca achei que valesse a pena andar atrás dela, mas para tentar perceber do que é que ela e feita. Momentos. A felicidade não se espera, faz-se, todos os dias.
Tenho uma maneira simples de a descrever, provavelmente lido em algum lado (que não sei onde): A felicidade é atingida quando nos sentimos bem connosco, independente de onde estamos e com quem estamos. Apesar de todas as crenças, depende única e exclusivamente da nossa pessoa e do momento agora. Ou és feliz agora ou não vais ser quando alguma coisa acontece.
E é por isso que me irritam os momentos de felicidade obrigatória, porque fazes anos, porque é natal, porque não sei quem vai casar, porque nasceu um bebé, porque...bla bla bla. Se "tens de" estar feliz, à partida a obrigação vai transformar uma coisa natural em forçada...pode não acontecer. A mim acontece-me regularmente nos meus anos, altura em que eu só queria que não fossem os meus anos, ou no Ano Novo, em que normalmente me divirto mais na noite de dia 30, do que na de dia 31.
Afasto-me do ponto.
Se estamos onde estamos, é por alguma razão. Para onde vamos depende de nós. Não há acasos, não há destino, mesmo quando parece que há. Até alguém que ganha o Euromilhões teve que para isso jogar...
O saber que mandamos em nós, trás-nos calma, saber que a dor é temporária, que ultrapassamos, que não há nada assim tão mau que nos derrube, dá-nos paz de espírito.
E eu acredito que a felicidade é feita de paz interior, todos os dias.
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