quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Viagens noutros blogs #24

Obrigada ême. Eu não ia conseguir escrever isto com discurso tão racional sem acrescentar algumas palavras azedas:

Se as pessoas soubessem o efeito terapêutico que um "não gosto de ti" ou "não estou apaixonado por ti" consegue provocar, talvez não tivessem tanto medo em dizê-lo, mas não sabem, não podem, não querem, não nada e assim provocam uma insegurança atroz do outro lado e a procura de razões/motivos que o façam entender o porquê de atitudes cerebrais e frias. E procurar é cansativo, há milhares de desculpas que o nosso cérebro consegue inventar para negar uma realidade que - uffa- não é ouvida. Sei lá, assim de repente já inventei umas duzentas desculpas para não ser retribuída e uma delas, lembro-me perfeitamente, tinha a ver com arco íris e unicórnios e o pote de ouro do outro lado do arco íris. A sério. Não se enganem, por mais sinais que existam, a verdadeira cura existe em ouvir o outro lado aquilo que os outros sentidos querem, à força, negar. Ao ouvir, há dor, sim, mas uma dor especifica porque "ele não está apaixonado por mim" e acabou. Literalmente acabou, vira-se a pagina, fecha-se o livro, temos enfim o corpo do morto e podemos fazer o ritual do velório sem procurar na morgue qual era o que nos pertencia, aquele que procurávamos. Depois, o que resta, é a dor no ego, essa coisa maldita que nos faz sofrer atrocidades quando atacado mas, convenhamos, nada que umas boas amigas, uns copos de vinho tinto e algumas horas extras de sono não resolvam (e sim, comprinhas, muitas).

Não sei quantas vezes pedi este não, mas foram muitas. Tantas quantas mo negaram sem misericordia nenhuma. E isso é uma coisa que não posso esquecer, não quero sequer...o egoísmo do eu-não-te-quero,-mas-ficas-aqui-porque-me-apetece.
Não posso. Não vou.

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