quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Viagens noutros blogs #21

(...) Ninguém gosta de nos ver tristes, perguntam como estamos mas só esperam ouvir uma resposta agradável. Mesmo os que realmente querem saber como estamos, esperam que nos recuperemos em tempo record.
As pessoas nao têm pudores nenhuns de apregoar aos quatro ventos a felicidade, o amor, o coração cheio, a vida que transborda de amor e alegria. Mas parece mal geral esta vergonha de sofrer, de se admitir que apesar de tudo, de tanto trambulhão no passado, ainda não se aprendeu a andar com cuidado. Talvez por isso, quando algo corre mal façam o que aprenderam a fazer aos sete anos, levantam-se e sacodem as maos, desenham um sorriso na cara e fingem que não doi, que não importou tanto assim.
Se há coisa que eu sei é que quem não sente não é filho de boa gente. Que como é normal sentir borboletas no estômago e entoar a marcha nupcial na cabeça depois da primeira noite com o homem dos nossos sonhos (mesmo que seja só por uns breves meses), também é normal ficarmos tristes quando as coisas não funcionam, é normal ficarmos muito tristes.
É uma ilusão estúpida acreditar que por muitos trambolhões que dermos vai doer menos. Não vai. Se alguma coisa, vai doer mais.O maior erro que cometi nestas coisas do coração não foi ter confiado muito, ter dado muito, ter gostado muito. Essa sou eu e espero nunca ser menos que isto. O maior erro que cometi foi ter fingido que não me importava que tudo isso tivesse sido em vão.

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