quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Eu e a minha razão


Muitas vezes sentimos todos o mesmo. A mesma confusão, o mesmo desespero, sim e não, talvez, não sei, e agora, porque não...

Olho à minha volta e é como se visse os caquinhos dos outros misturados com os meus. Quando alguém acaba de se colar outros acabam de se partir... ponho os pés em cima dos meus cacos e cortam-me os pés, os dos outros não cortam, mas magoam-me também de alguma maneira, especialmente se gosto deles.

Ninguém aqui diz que há culpados ou inocentes. Como eu disse à K. no outro dia, eu não sou o capuchinho vermelho e ele o lobo mau...eu sabia, eu queria, eu paguei para ver. E sinceramente, não me arrependo. Tal como eu disse sobre o T. há anos atrás, sim ele fez-me feliz...de uma maneira totalmente distorcida, doentia e que pouca gente compreende, fez. E sem fazer nada de especial, só por existir e estar aqui! Não se explica, é assim e totalmente independente do que veio depois.
Importante é guardarmos as coisas boas e eu, até hoje e de todas as minhas relações (de qualquer tipo) que já acabaram só guardo as coisas boas. Porque quando pára de doer já não faz sentido o rancor e a amargura...só intoxica por dentro.
E eu gosto de guardar coisas boas daquelas que já foram as minhas pessoas.
Mas por enquanto...tenho que me lembrar todos os dias porque é que doí, obrigar-me a pensar nas coisas más, relembrar ponto a ponto porque é que estamos aqui. Só assim é que vou conseguir continuar a fazer aquilo que acho que devo fazer...porque tenho razão!
E vou-me barricar atrás deste muro escondida, eu e a minha razão, sozinhas as duas, até isto morrer de vez.

Sem comentários:

Enviar um comentário