Quem é que não tem esqueletos no armário? Quem é que não tem uma ou até duas (ou mais) daquelas pessoas que, sem motivo aparente, quando nos dizem alguma coisa desequilibram o nosso sistema?
Aquelas historias mal acabadas ou mal começadas, aqueles que podiam ter sido e não foram, e os que foram mas deviam ter sido mais, os que não queríamos que partissem e nos trocaram e os que não queríamos que ficassem e acabaram por nos ganhar e ficar da maneira pior possível! Pessoas que tocaram a nossa vida de alguma maneira e que nós sem razão não conseguimos expurgar do nosso sistema.
Eles estão ali, sonhos e esperanças prontos a sair do armário assim que a pessoa dá uma migalha de existência que seja! E normalmente cedemos, contra todas as expectativas e todos os "nãos" que dissemos interiormente vezes sem conta para nos convencermos mais a nós que aos outros!
Mas este post não é sobre as recaídas sucessivas, este post é sobre como acabam esses fantasmas?!
Aquele momento exacto e perfeito em que os transformamos em passado sem olhar para trás, sem pensarmos duas vezes, sem nos importarmos!
Sei que não foi do nada, sei até o porque (mas não o vou dizer) de ter conseguido acabar (finalmente!!) com dois dos meus mais terríveis fantasmas e acho que no final o balanço foi positivo. Porque o fim aproximou-se sem qualquer sentimento mau, ódio ou rancor. Aproximou-se calmo, porque já estava iminente há muito tempo, porque sabia que era isso que queria, e acima de tudo sabia o que já não queria mais! Ficou aquele carinho complacente e maternal, aquele grande nada que já nao treme nem sua, uma pessoa que significou alguma coisa, mas que agora é só mais uma pessoa
E quando aquela pessoa já não é "aquela pessoa", e vemos a realidade muito mais crua e sem dourados, há surpresas desagradáveis do género: "mas tens a certeza que ele sempre foi assim?"..."foi, foi, tu antes é que achavas piada!"...OMG...porque? onde? como? Nãoooo!!!
Mas é assim, há pessoas que nos dizem alguma coisa por dizer, sem razão aparente. Olhamos para elas e desde o primeiro momento há alguma coisa que descompassa. Esse sentimento ou se concretiza ou não, e quando não fica ali, no limbo, entalado, até ao dia em que da mesma maneira, voltamos a olhar e o tudo volta ao mesmo ritmo.
E é como se nada tivesse acontecido!
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