terça-feira, 6 de maio de 2014

...vidas mais faceis do que a minha. Há, muitas, eu sei, conheço-as!
Mas só é duro até nos habituarmos.
Encolhe-se os ombros e pronto.
Estou mais dura do que era, muito mais dura.
Tenho-me ouvido dizer coisas que nunca achei possivel, tenho feito coisas que achei não conseguiria, mas o que se acha um dia na vida muda e acabamos por aguentar e fazer o que temos de fazer quando a situação de apresenta.
Dou por mim a dar conselhos ao meu pai, 30 anos mais velho do que eu, porque ele nunca tinha passado por isto. Sorte dele. Tem perto dos 60 anos de, pela primeira vez, tomar decisões relativamente à mãe e sente-se perdido.
Alterar as cadeias de decisão não é fácil. Sempre foi uma pessoa a mandar a outra a obedecer. Mas isso é até ao dia, até ao dia em que temos de tomar decisões como se os nossos pais fossem nossos filhos. E eles choram e dizem que não querem e nós olhamos para eles e fazemos o que tem de ser feito, para os proteger deles mesmos.
É como eu digo. Há vidas bem mais fáceis que a minha, mas também há vidas piores e no meio desta confusão geral, agradeço tudo. O bom que me dá apoio durante esta tempestade que teima em não acabar, e o mau que me faz crescer e ser cada vez mais resistente.
Queria muito que alguma coisa aliviasse e se resolvesse, sim ou sopas sem situações temporárias. Infelizmente não há soluções permanentes, não se resolve nada para a vida...

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