A verdade é que também não tenho sabido muito bem o que dizer. Posso por aqui posts altamente simpáticos, bons e fáceis de ler, que não dizem nada e que não mostram nada, posso por coisas altamente melancólicas, tristes e com algumas lágrimas a mistura, mas que também não correspondem inteiramente com o que estou a sentir. Não me apetece exprimir, não me apetece esmiuçar, não me apetece sentir... então, não sei bem o que escrever.
Os dias vão passando calmos, a minha certeza de que faço a coisa certa aumenta, o coitado do meu coração tenta, em vão, gritar que não quer isto e a minha cabeça põem-no em "mute". E eu parece que assisto de fora ao desenrolar de uma vida que não é minha...aquela sensação de espectro que paira e vê tudo de cima.
Às vezes imagino-me a explicar (não sei porque é que ainda acho que se vão importar de me pedir explicações, mas vá), a tentar verbalizar o que estou a fazer, porque o estou a fazer e o que estou a sentir, mas nem sozinha no meu quarto consigo fazer isso. O discurso não me sai coerente, as coisas não fazem sentido e no entanto, ao mesmo tempo, parece tudo tão certo. Por mais estranho que pareça, acho que me doí menos assim...
É que depois de tentar manter alguma coisa, não sendo isso o que queria, descobri que prefiro não ter nada. Que me doí muito mais estar aqui (e ser saco de pancada) do que me vir embora de uma vez por todas.
Mas doí-me o externo como diz a J., ou qualquer coisas naquele sitio que não sei o que é. Dá-me umas guinadas valentes, do nada, no meio de NCRF e de T's, uma dor que não consigo explicar e durante minutos a minha cabeça só pensa numa coisa. Não adianta dizer-lhe que não, nem que não quero, ou que não posso...quando as imagens se começam a desenrolar a frente de todo o Sistema de Normalização Constabilistica não há nada que eu posso fazer para as parar!
I'm just waiting...
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