sexta-feira, 31 de março de 2023

quarta-feira, 29 de março de 2023

Por hoje

Purga sempre ajuda. Não sei porquê, mas há algo de libertador em deixar as palavras soltas, livres.

Então deixei-as. Disse-as em alto, as duvidas e as certezas. O que sei e não sei. E chorei, não lágrimas de descontrolo, mas lágrimas nonethless.

Perdi 3kg em 2 semanas, sinto-me cansada beyond words. Continuo sem saber o que se passa, mas por hoje estou calma. Talvez deva começar a meditar outra vez...não talvez, mas com certeza, devia começar a meditar outra vez.

segunda-feira, 27 de março de 2023

Isso

 


Continuo às voltas...

Será que foi isso que se partiu naquela tarde de 16 Janeiro de 2010? A minha crença infinita no amor, estilhaçada e espalhada pelo chão. Morta, acabada.

Pelo menos isso explicará a razão para 1 ano de lágrimas infinitas; todos os dias durante esse ano. Não por ele, como eu já suspeitava, mas pela a parte que se partiu com ele. Pela parte que deixei de acreditar! E pela a parte de mim que morreu nesse dia, eu chorei mais de 1000 lágrimas.

E depois disso decidi caber na forma. Finalmente rendi-me; "um dias vais ter de crescer, um dia vais ter de obedecer às regras", disse-me o meu pai durante anos e anos a fio... e o que ele me disse seria feito. Por ele e por mim. Para me afastar o mais possível da minha mãe, para ser o mais distante dela que pudesse ser, eu entrei na forma e apertei-me a mim mesma. Acolhi cada olhar de aprovação do meu pai, engoli a parte de mim que gritava a cada volta que apertava, e segui em frente. Pelo o unico caminho que achei possível.

E agora este nó no estômago que não me larga. As hipóteses todas em cima da mesa e a incerteza do que é que se passa comigo. A tristeza pelo que me deixei ser, pelo cinismo que me assolou, pelo pragmatismo de quem não acredita mais em magia. O medo que me larga e que a cada passo que me deixa me torna mais forte, mais eu mesma, mais de volta aquela que eu deixei lá atrás, mas melhor. Mais forte. Mais adulta. Mais eu.

E de repente só penso em mim, só me amo a mim, só me quero a mim. Uma certeza crescente dentro dos meus ossos que, em me tendo a mim, tenho tudo, consigo tudo, faço tudo funcionar. Uma confiança que só lia nos livros e nos filmes, que almejava e achei nunca ia alcançar e agora? Agora que o meu pai me deixou de vez e que cada vez o sinto mais longe, sinto que não quero controlar o futuro. Não posso. Não quero mais ter medo, mesmo. E de alguma maneira consegui deixar de olhar para pés da cama e de o ver ali, ao medo. Sentado a minha espera. Já lá não está e com ele gone, só vejo tudo o que pode ser, tudo o que quero, tudo o que mereço...

Continuo às voltas. Mas pelo menos sei o que quero. E isso só por si é uma bênção.  


sexta-feira, 24 de março de 2023

Tantas perguntas...

 When was the life turn that made me a cynical afraid person? When did I stopped dreaming and replace those dreams with less bad realities? Better than nothing things?

Are you really going to shattered everything to pieces for a dream your don't know it will exist? And then, if it does not happen? What will happen then?  

When did I stopped believe in magic, wonder, love?

To the beast in the mirror

 


quinta-feira, 23 de março de 2023

Eu

 

Everything looks the same, but everything feels different.



segunda-feira, 20 de março de 2023

No squares


Pedalei com vento e chuva na cara a mascarar-me as lagrimas.

Não sei mesmo quando é que entrei no quadrado. Quando é que adquiri o medo e entrei para dentro do comboio...aquele que eu jurei não iria entrar há tantos anos atrás.

Algures ao longo do tempo o quadrado pareceu-me mais seguro, mais longe da minha mãe que tanto o odiava. Ao quadrado, a forma, aquilo que querem que sejamos mas que não somos. E ao fugir dela, fugi de mim. Com medo de me parecer com ela fugi e escondi-me atrás da forma. Calei-me e deixei que ela me moldasse até não consegui mais respirar. Até o meu pai morrer e o mundo desabar.

Muito antes disso o molde já me estava a magoar, muito antes disso já gritava em silêncio. No mesmo silencio em que repetia para mim mesma os sonhos que queria e que jurava, jurava só assim conseguiria. Como senão houvesse outra maneira!?

Assim que perdoei a minha mãe, a paz instalou-se. Sem brigas, ofensas, cobranças nem porquês aceitei-a finalmente. A ela e àquela parte de mim que sempre foi igual a ela. À rebelde, à que vestiu apenas preto e branco durante mais de um ano, à que usava roupa larga, correntes, penteados estranhos e ao mesmo tempo argolas e pulseiras do bonfim. À que tinha sempre música, cadernos e livros à sua volta. Que dizia o que queria a quem queria ou não ouvir. Quando perdoei a minha mãe percebi que ela sempre foi muito mais corajosa do que eu. Que ela nunca se escondeu ou fingiu ser quem não era mesmo que sem perceber, que ela se recusou a entrar no quadrado e a subjugar a sua essencia por segurança ou qualquer outra coisa. Os sonhos dela eram volateis, sim isso é certo, mas ela sempre fez tudo e somente o que quis. Para o bem e para o mal e por isso, só e apenas merece brindes infinitos.

E eu? Eu que tenho dito há meses que apesar de nada parecer, uma revolução está a acontecer... Eu que me sinto a vir ao de cima a cada dia que passa. Que me vejo, analiso e escuto. Paro, sinto e tento perceber. Ainda estou aqui. Cada vez mais estou aqui. No regrets. Muitos jamais. E muito mais para vir...

Isso

 


Issues much?


I have trust issues, and I've known it for a long long time. Meaning, I trust no one entirely. Although some people with some parts and a few people with lot's of it.

It's just as a way of controlling, to be sure I will see it coming if it comes to that. It shows not only my control-freakness in all it's power, but isolates me. Makes me think over and over again that I am here in this world all alone, and for that I should be prepared...

The thing is, I am not alone! The few I trust more are here since almost forever and never once disappointed me. So I decided to be more open. Just put it into the world, trust, be sunshine.

I used to be like that you know? Utterly honest about everything, very short brain-mouth connection, you'd always knew here I was standing. Time changed it, fear changed it.

And I am done with the fear.



domingo, 19 de março de 2023

The million dollar question

 


And you? What do you dream? What do you wish?

Riddles

 From my new book obsession…


There are those who seek me a lifetime

but never we meet,

And those I kiss but who trample me

beneath ungrateful feet.


At times I seem to favor the clever and 

the fair,

But I bless all those who are brave

enough to dare.


By large, my ministrations are soft-

handed and sweet,

But scorned, I become a difficult beast

to defeat.


For though each of my strikes lands a 

powerful blow,

When I kill, I do it slow…


A Court of Thorns and Roses

Sarah J. Maas

sexta-feira, 17 de março de 2023

Isso

 


quinta-feira, 16 de março de 2023

Chaos


Não é sempre, mas há alturas em que juro acho impossível que um dia vá sentir saudades desta prisão.

Há dias em que a rotina e a falta de ajuda é só isso, uma prisão à qual não posso escapar. E quanto mais presa me sinto mais vontade tenho que quebrar tudo à minha volta. 

Detesto sentir-me assim. A querer gritar, sair, desaparecer, voar livre e fazer só e apenas o que me dê na real gana. Que usualmente está ligado directamente aquilo que fazia no passado; dançar, beber e restantes coisas...

Estou assim há 3 dias. Derivado claro a noites mal dormidas, uma criança com varicela, uma viagem cancelada no processo e sem vislumbre alivio ou pausa. Sou eu para tudo, e não há volta a dar. A ancora, pilar, leme, abraço, penso rápido, almofada. All good, adoro, mas e eu? Eu que nos últimos dias só me sinto viva dentro dos livros, a viver as historias mágicas dos outros...

Caos ou ordem? Só quero caos.

quarta-feira, 15 de março de 2023

Oh boy...


... I miss the fun so badly that it hurts in my bones.

A entender o tédio.

Talvez seja só isso mesmo crescer. Aceitar as emoções e não agir sobre elas.

Mas há coisas com as quais não sei lidar ainda. O tédio sendo uma delas...

O tédio, com ou sem razão, aparece do ar. Vindo de um qualquer sitio e suponho eu despoletado por uma queda a pique da dopamina que acontece quando passo do mundo dos livros para o mundo real.

Talvez seja por isso que ler me dê tanto prazer e que na minha corrente vida eu o prefira fazer acima de todas as outras coisas. Viver vidas paralelas a minha, deixa-las entrar e fazer-me sentir tudo o que a minha banal existência não faz.

Sempre foi uma das coisas que mais me meteu em apuros; querer sentir. Querer o coração aos pulos, as pernas a tremer e as borboletas na barriga. Querer sempre tudo mais. Mas não consigo evitar de querer, não consigo ser adulta o suficiente para dizer que não quero. Mas sou adulta o suficiente para perceber as emoções, e simplesmente senti-las sem agir sobre elas.

quarta-feira, 8 de março de 2023

Eu


 

A acordar 1h antes de toda a gente para poder ter tempo sozinha em silêncio.


Must be old age


Depois da lesão do joelho e do problema do ferro, finalmente sinto-me novamente com energia para treinar...mas Deus! que dores são estas todos os dias? E o não poder treinar o quanto quero sem estoirar qualquer coisa?

Só pode ser velhice. Só pode. Pela primeira vez na vida dou por mim a dizer "essa aula ainda não posso, é muito mais do que a minha condição física permite agora". E eu que sempre revirei os olhos a este genero de palavreado e sempre disse que isso eram só desculpas. Não são. Juro que se fizesse uma aula de HITT ou crossfit me apagava. E não me levantava mais do chão.

E o medo de me lesionar outra vez? E ter de parar outra vez...Enfim, progredindo e rezando.


segunda-feira, 6 de março de 2023

Save your fucks for magical shit

 

A frase do ano.

Ultimos dias

Senti a noticia. Tanto, que nem sei bem porquê.

É como se uma nuvem tivesse caído, um nevoeiro denso de paz e tristeza. Não sei muito bem o que fazer com ele e nem porque é que apareceu, mas está cá. Lembra-me que estou cá também...

O que me lembro mais da conversa são as palavras "não quero ódio no coração, porque o ódio fica em ti". Sim, já tinha percebido isso. Também eu tenho feito um esforço imenso para viver sem ódio, raiva e aquele sentimento biliar de injustiça.

A vida não é justa nem nunca foi, sentirmos-nos entitleted to perante uma situação injusta é só perda de tempo. E eu não quero perder mais tempo com as mesmas discussões e argumentos, os mesmo apontares de dedo que não levam a lado nenhum. Talvez seja dai que venha a tristeza, do não saber o que é que vem depois de já não me importar. Eu, que fui sempre tão acérrima defensora da luta.

E tenho andado por aqui, atenta ao meu corpo e mente, calma ao ponto de não me reconhecer. A trocar café por chá, vinho por cidra, música por silêncio.

 

quarta-feira, 1 de março de 2023

Hoje

Quase que como inevitavelmente hoje; depois de ter percebido que já nem reacção tenho mais, que tudo é simplesmente an ameba way of life, no warm no faul no problem, aconteceu. 

Sempre me perguntei qual de nós seria a primeira? 

Tenho as palavras do Q. gravadas na minha cabeça "a partir de uma certa idade olhas para o lado e acontece a todos". Eu tinha 28 anos, sabia lá eu do que é que ele estava a falar...

Mas chegou. Como em tudo, juntamente com os meus 10 cabelos brancos e a pele da cara a mostrar o cansaço quando não durmo o suficiente...

Vai correr tudo bem. E é só isso. Vai correr tudo bem.