segunda-feira, 11 de março de 2013

Oh mood, oh monday

O tempo em que escondia os sentimentos e os ignorava até eles deixarem de existir, já foi. Noites e noites de false pretenses, de copo na mão, companhia de estranhos, e só quero é não sentir, já foi.
Hoje em dia já não finjo que não sinto. Alias sei que sinto, e o que sinto pelo meus comportamentos e vontades. 
A raiva e a frustração fazem-me chorar e desesperam-me. A ansiedade e o stress fazem-me comer e acelerar. A tristeza faz-me querer estar quietinha, sossegada e fazer tudo com calma e bem feito.
Portanto podia dizer que não estou triste, que é indiferente ter uma mãe como a que tenho, que não quero saber, que não sinto nada. Mas não é verdade!
Sinto profunda tristeza pelos problemas dela, por ela não os perceber sequer, e sinto calma quando percebo que aguardo o dia em que vou ter de resolver tudo, a bem ou a mal. Ontem senti frustração (muita) por saber que nunca vai mudar, por não ser justo (sei lá eu o que é justo!) ter uma mãe assim, porque a culpa é de todos mas são sempre os mesmos que sofrem. Enfim, nunca é fácil.
Não sei exactamente que forças é que me fizeram chegar aqui. Sei que se tive azar por um lado também tive muita sorte por outro e sei que tenho ainda, muita sorte. Afinal estamos todos de boa saúde, não se passa nada de novo, só o mesmo de sempre, eu tinha o meu pai, ele tem-me a mim. O que é uma vantagem, porque eu sei exactamente o que lhe dizer, porque já passei pelo mesmo, e o meu pai não fazia ideia do que é que se passava.
É só deixar a tempestade passar, só deixar. Eu controlo as velas.

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