quarta-feira, 20 de março de 2013

A verdade é...

...eu nunca estou lá. Ou melhor, vá, nunca é uma palavra muito forte...eu raramente estou lá.
Neste momento da minha vida é preciso muita resistência e persistência para ser meu amigo. Eu não janto fora, não saiu a noite, não tenho tempo para tomar cafés, passo os fins de semana na faculdade, ou com o meu irmão, ou em casa do meu pai...eu raramente estou lá.
Se penso que quando acabar o MBA não vou ter amigos? Claro que penso. Mais ainda quando vejo que a vida deles seguiu tranquila sem mim, e que eles continuam a encontrar-se, e a jantar fora, e a marcar programas, e que falamos de mês a mês e às vezes nem tanto.
O meu ponto é só que...a vida é complicada. O tempo falta, há coisas que se põem a frente, bla bla bla, mas  quando me ligam eu atendo, retorno a chamada, mostro que estou viva. Sei lá. Eu tenho esta teoria que as amizades não acabam enquanto as pessoas gostam umas das outras e se sentem como senão tivesse passado tempo nenhum desde a ultima vez que estiveram juntas, quando estão efectivamente juntas. Tenho amigos a morar lá fora com quem falo 2/3 vezes por ano. E quando estamos juntos é como senão tivesse passado nada.
Não sei...

(...)

E depois de escrever estas linhas decidi ligar aos meus amigos todos com quem não falava à mais de um mês. Demorei menos de 10 minutos, porque apesar de eu estar sentada a estudar, eles estão a fazer coisas giras, jantar fora, jogar paddle, sair para correr, a trabalhar...
A idade muda a maneira como vemos os sentimentos. Isso é certo. Mas eu gosto de acreditar que nem tudo muda. Até hoje deixei 2 amizades, por crer, em plena consciência do que estava a fazer, sem olhar para trás, sem remorso, sem arrependimentos e com culpas no cartório. Uma por acção e uma por omissão.

E não tenho muitos amigos, na realidade tenho poucos até e como se vê pelo que escrevi, a maioria deles não falo à que tempos. Mas sei, quase com certeza absoluta, que nos momentos chave, naqueles que impactam, eu não os vou deixar a eles e eles não me vão deixar a mim. E portanto sim, quando acabar o MBA eu ainda vou ter amigos!!! Tenho fé.  

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