não penses que sou diferente
não preciso de te dizer, já sabes, sou igual.
sabes por isso que penso no teu hálito no meu pescoço na sala de cinema, quando não podíamos fazer barulho e me segredavas coisas só porque sim
que penso na viagem até casa em que íamos morrendo três ou quatro vezes porque não vês um boi sem óculos [eu não sabia, juro]
que penso na tua mão na minha cintura mas sobretudo nas coisas todas que não dissemos não fizemos e nunca havemos de fazer nem dizer.
é sempre assim, descansa, tenho os ouvidos em chama [pronto, é só um] mas isso não me faz esquecer a minha única convição na vida. que só os amores não concretizados duram para sempre.
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