sábado, 12 de novembro de 2011

Viagens noutros blogs #85

A minha inexistente capacidade em disfarçar o que sinto, penso ou gosto é algo que, em tempos, foi o meu principal motivo de orgulho. Secretamente, penso que a minha genuinidade ainda me faz feliz, fazendo espelhar cada movimentação dos meus sentimentos na minha expressão facial. Contudo, verdade também é que esta minha característica me traz cada vez mais problemas. O mundo não está, de todo, formado para pessoas transparentes. O que é, garantidamente, uma pena.

E acho que quanto mais entramos no mundo dos adultos pior. As pessoas não querem verdades, sinceridades ou realidades, preferem que não se faça ondas, não se seja demasiado directa e que se diga apenas o que elas querem ouvir.
Não entendo este conceito, mas sei que tem dias que assusto as pessoas com a falta de pudor em dizer "não concordo", "fizeste mal" ou "gosto de ti", "não aguento de saudades"...
Os adultos não dizem o que sentem, dizem o que parece bem, o que aparenta calma e controlo, pensamento cuidado e ponderação. Não gosto disso! E se no trabalho tento cumprir o que é esperado de mim , nas minhas relações pessoais, confesso que não me escondo. Quando gosto e quero, gosto e quero, quando não gosto e não quero, também toda a gente sabe logo.
Não gosto de disfarces e de não saber com o que conto, não gosto de todo...

1 comentário:

  1. Penso como tu! Sei que, por vezes, sou sincera demais. Sei que choco as pessoas com as minhas verdades. Sei que as perturbo por falar com elas e olhá-las directamente nos olhos. Não consigo usar máscaras nem dizer o que não sinto.
    Sou directa demais, e sabes uma coisa? Tenho pena que a maioria das pessoas não seja assim também comigo. :)

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