A minha inexistente capacidade em disfarçar o que sinto, penso ou gosto é algo que, em tempos, foi o meu principal motivo de orgulho. Secretamente, penso que a minha genuinidade ainda me faz feliz, fazendo espelhar cada movimentação dos meus sentimentos na minha expressão facial. Contudo, verdade também é que esta minha característica me traz cada vez mais problemas. O mundo não está, de todo, formado para pessoas transparentes. O que é, garantidamente, uma pena.
E acho que quanto mais entramos no mundo dos adultos pior. As pessoas não querem verdades, sinceridades ou realidades, preferem que não se faça ondas, não se seja demasiado directa e que se diga apenas o que elas querem ouvir.
Não entendo este conceito, mas sei que tem dias que assusto as pessoas com a falta de pudor em dizer "não concordo", "fizeste mal" ou "gosto de ti", "não aguento de saudades"...
Os adultos não dizem o que sentem, dizem o que parece bem, o que aparenta calma e controlo, pensamento cuidado e ponderação. Não gosto disso! E se no trabalho tento cumprir o que é esperado de mim , nas minhas relações pessoais, confesso que não me escondo. Quando gosto e quero, gosto e quero, quando não gosto e não quero, também toda a gente sabe logo.
Não gosto de disfarces e de não saber com o que conto, não gosto de todo...
Penso como tu! Sei que, por vezes, sou sincera demais. Sei que choco as pessoas com as minhas verdades. Sei que as perturbo por falar com elas e olhá-las directamente nos olhos. Não consigo usar máscaras nem dizer o que não sinto.
ResponderEliminarSou directa demais, e sabes uma coisa? Tenho pena que a maioria das pessoas não seja assim também comigo. :)