Em vésperas de fazer 6 meses que desisti...
Já não consigo esbracejar. Sozinha não consigo mudar marés. Não tenho mais armas. Perdi o número às batalhas que seriam precisas. Já não me saberia reinventar. Já tentei tudo. Estou esgotada. Só há uma saída. Baixar os braços. Baixar os braços não é sempre um acto de covardia, pode ser um acto de coragem, até porque só quem nunca desistiu é que não sabe que desistir custa.
Não me arrependi até agora. Das lágrimas, das tentativas, dos sorrisos, dos dias de felicidade suprema aos dias de pura fossa, creio estar a fazer um bom trabalho em tentar reter o bom e largar o mau. Se me perguntarem se compreendo melhor agora? Não, nem por isso. Se continuo sem conseguir perdoar? A verdade é que sim, continuo, mas já não me moí.
Estou a mais de meio caminho, não sei bem de onde, mas sei que já não volto para trás.
Tem dias que ainda sinto a falta, momentos de saudade que me pressionam o externo e não me deixam respirar...mas depois penso que ele não sente isso!! Nem saudades, nem a minha falta (a nossa falta), e que no fim é-lhe tudo sempre indiferente. Esse pensamento alivia-me o peso da decisão que tomei.
Mesmo sabendo que foi a certa, nunca é fácil. Nunca.
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