Os votos para o novo ano que ai vem são talvez os mais difíceis de escrever desde que eu me lembro. Basicamente eu não sei o que é que quero. Ou melhor, eu até sei o que é que quero, de forma utópica, impossível e quase princesa Disney. O problema é que tenho levado doses cavalares de realidade na veia. Tenho levado com a realidade em cima por todos os lados e não consigo simplesmente pedir coisas que eu já não sei se são as melhores para mim. Podemos querer coisas, mas se de alguma maneira as coisas que queremos, poderem não nos fazer bem…isso deixa-nos onde na hora de pedir?
Todos os meus votos foram sempre com uma pessoa específica na cabeça (basta relembrar os do ano anterior) e o sítio onde esses votos me deixaram este ano (que está finalmente a acabar) não foi bonito, fazia o meteorito do Armageddon parecer um paraíso sem serpente sequer. Portanto, este ano é capaz de isto ir soar algo diferente ou de se resumir facilmente em alguns pontos (ainda não sei bem onde este post vai parar), sendo que existem sempre aqueles votos que eu não conto a ninguém e este ano não vai ser excepção.
- Acima de tudo quero paz. Paz de espírito, sossego, tranquilidade. Acordar de manha e ser eu, sem ninguém a dar-me instabilidade, sem insegurança, sem ansiedade. Não quero andar ansiosa em 2011, não quero. Chegou 2010 para isso, para a estupidez, para dar dar dar e não receber, para querer à parva. 2011 vai ser calmo, ou o mais calmo com a minha maneira de ser. E se houver borboletas e montanhas russas, que pelo menos valham a pena, para não me deixarem com esta sensação de grande nada que eu tento evitar a tanto custo.
- Quero ser melhor pessoa, sempre melhor pessoa. Atenção, eu já acho que sou uma pessoa pretty great, mas tenho defeitos, sou intempestiva, fervo em pouca água, não sou paciente, sou má muitas vezes. Vamos tentar evitar este ano, até porque ferver em 5cm de água já não se coaduna com a calma que eu quero para a minha vida.
- Quero ter resistências para finalmente tratar do meu MBA. Quero muito. E este é tão difícil. Estudar GMAT revelou-se uma tarefa tão árdua, uma coisa tão insuportável que vou ter de ser persistente. E sem distracções este ano.
- Quero (já agora) não ter ataques de asma. Por favor senhores, eu deixei de fumar por causa disso, vamos ver. Eu gostava de fumar, sabia-me bem e não, não foi a morte prematura que me chateou, foi o ter de dormir sentada metade do Inverno portanto, não quero mais ataques de asma. E já que estamos a pedir as pedras no rim também não. É desnecessário, pela quantidade que já tive já percebi como é que ter dez filhos, e não quero mais. Fora que pareço um alambique com tanta água que bebo.
- Quero viajar. Quero sempre eu sei, mas quero sempre mais. Quero o mundo.
- Que a operação (o possível operação) da mãe B. corra bem. Por favor, não aguento mais doenças e dramas e coisas mais. De uma vez por todas que ela fique bem.
- Quero que as minhas pessoas sejam felizes. Que a K. tenha um casamento maravilhoso, que a R. recupere, que a M. e a A. continuem felizes e ainda mais, que a I. tenha paz, que o F. vá para Madrid ter com a V., que a J. saiba o que quer, que o G. fique bem, que o N. tenha o que quer (seja isso o que seja), que o D. assine finalmente o papel, que a C. tenha um pequeno escorpião lindo lindo, que a A. ultrapasse este inicio de ano que está meio tremido, que a sis M. tenha juízo, que a sis C. continue a adorar todos os dias o curso, que o pai B. vá com calma, vai tudo correr bem…E já não sei mais, estou-me a esquecer de pessoas mas vá…que toda gente esteja bem e tenha aquilo que precisa, muito mais do que aquilo que quer.
Acima de tudo um ano de chocolates, confetis, serpentinas, gomas de ursinhos e mel.
Porque a vida não vai ser fácil este ano (é o que dizem), e porque o mundo está um bocado mal tratado e doente, porque há pessoas com todos os tipos de problemas e porque a única coisa que podemos fazer é andar para a frente, e acreditar que por mais fundo que seja o buraco, por maior que seja a pedra, o amor (ele acima de tudo), o sorriso, a bondade, o fazer bem aos outros e a nós mesmos faz com que tudo pareça mais pequeno.
E eu sei que as resoluções de ano novo são só isso, tentativas de por ordem no meio do caos e imprevisibilidade que é a vida, e que normalmente duram a primeira semana de Janeiro. Mas servem para alguma coisa, servem para nos por a fazer planos e para ter fé que o futuro vai ser melhor, muito melhor que o passado.
Bom ano de 2011 a todos.
Quanto mais acreditarmos que somos felizes venha o que vier, menos nos preocupamos com o que há-de vir.
Moments that could be mine
sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
Votos para 2011.
Criatividade #3
(Porque ontem a K. disse para tentar, vai no seguimento disto)
Nunca percebeste que te quis dar o mundo.
Dos 20 anos que vivemos juntos, e que para mim foram os melhores, os maiores, os mais bonitos e felizes, nunca percebeste que eu só te quis dar o mundo.
O meu mundo, aquilo que eu acreditava ser o melhor para ti, para nós, para aquilo que queríamos construir. A verdade é que o meu mundo não chegava para ti, era demais, sempre foi demais tudo o que te quis dar, tudo o que te dei.
20 anos de vida, 20 anos de doação plena e tu, inconsciente. Inconsciente da dimensão do meu amor por ti apenas porque eu nunca disse. Perdoa-me se achei que as vezes que olhava para ti a dormir, o jantar todos os dias na mesa, a tua revista preferida na mesa de cabeceira, a toalha mais fofinha no cabide, os silêncios durante os teus programas preferidos eram mais que suficientes para perceberes. Não, perdoa-me a sério, por não ter posto em palavras aquilo que os meus gestos diziam diariamente.
Mas a culpa foi minha. Fui avisada desde pequena pelos mais velhos que amar demais é errado. Esqueceram-se foi de me avisar que alem de errado era uma luta inglória dar o nosso mundo a alguém que não nos que dar o seu de volta.
Não quero que voltes. Não adianta vires apelar aos filhos e aos anos de vida em comum. Não adianta porque eu só quero que te vás embora, que desapareças da minha vida para eu recuperar o meu mundo e quem sabe, depois de todos estes anos tristes, dá-lo finalmente a alguém que mereça.
Não me interpretes mal. Não te desejo mal, miséria ou infelicidade. Pelo contrário, desejo-te tudo de bom o que alguém possa desejar a outra pessoa, mas longe de mim.
Sei que se ficares eu posso ceder, que me intoxicas como sempre fizeste desde a primeira vez que te vi entrar pelo café da rua a dentro, sorriso nos lábios como se o mundo fosse teu, pose de quem sabe o que diz e os olhos, os olhos mais profundos que alguma vez vi. Foram eles que me fizeram ficar tantas vezes, eles que te traíam quando tu apenas achavas que o silencio era suficiente para me calar.
E não é que me tenhas tratado mal durante estes anos de vida em comum. Não trataste. Apenas não me deste o teu mundo, não fizeste de mim a tua pessoa. Eu sabia no dia em que casamos, sabia e achei que mudavas, achei com a infantilidade dos 19 anos que o meu amor chegava para os dois. Tantas lágrimas depois percebo que não, percebo que até quando te esforças para pensar em mim, é sempre isso, um esforço. Não és tu, não te é simples como respirar, não te sai naturalmente.
“O que é que queres mais?” perguntas, quando eu te tento explicar isto juntamente com as malas à porta. Apenas te posso dizer que quero uma coisa que não me podes dar. Nunca pudeste. É só pena eu ter percebido isso tão tarde.
Tarde, mas não demasiado tarde.
Nunca percebeste que te quis dar o mundo.
Dos 20 anos que vivemos juntos, e que para mim foram os melhores, os maiores, os mais bonitos e felizes, nunca percebeste que eu só te quis dar o mundo.
O meu mundo, aquilo que eu acreditava ser o melhor para ti, para nós, para aquilo que queríamos construir. A verdade é que o meu mundo não chegava para ti, era demais, sempre foi demais tudo o que te quis dar, tudo o que te dei.
20 anos de vida, 20 anos de doação plena e tu, inconsciente. Inconsciente da dimensão do meu amor por ti apenas porque eu nunca disse. Perdoa-me se achei que as vezes que olhava para ti a dormir, o jantar todos os dias na mesa, a tua revista preferida na mesa de cabeceira, a toalha mais fofinha no cabide, os silêncios durante os teus programas preferidos eram mais que suficientes para perceberes. Não, perdoa-me a sério, por não ter posto em palavras aquilo que os meus gestos diziam diariamente.
Mas a culpa foi minha. Fui avisada desde pequena pelos mais velhos que amar demais é errado. Esqueceram-se foi de me avisar que alem de errado era uma luta inglória dar o nosso mundo a alguém que não nos que dar o seu de volta.
Não quero que voltes. Não adianta vires apelar aos filhos e aos anos de vida em comum. Não adianta porque eu só quero que te vás embora, que desapareças da minha vida para eu recuperar o meu mundo e quem sabe, depois de todos estes anos tristes, dá-lo finalmente a alguém que mereça.
Não me interpretes mal. Não te desejo mal, miséria ou infelicidade. Pelo contrário, desejo-te tudo de bom o que alguém possa desejar a outra pessoa, mas longe de mim.
Sei que se ficares eu posso ceder, que me intoxicas como sempre fizeste desde a primeira vez que te vi entrar pelo café da rua a dentro, sorriso nos lábios como se o mundo fosse teu, pose de quem sabe o que diz e os olhos, os olhos mais profundos que alguma vez vi. Foram eles que me fizeram ficar tantas vezes, eles que te traíam quando tu apenas achavas que o silencio era suficiente para me calar.
E não é que me tenhas tratado mal durante estes anos de vida em comum. Não trataste. Apenas não me deste o teu mundo, não fizeste de mim a tua pessoa. Eu sabia no dia em que casamos, sabia e achei que mudavas, achei com a infantilidade dos 19 anos que o meu amor chegava para os dois. Tantas lágrimas depois percebo que não, percebo que até quando te esforças para pensar em mim, é sempre isso, um esforço. Não és tu, não te é simples como respirar, não te sai naturalmente.
“O que é que queres mais?” perguntas, quando eu te tento explicar isto juntamente com as malas à porta. Apenas te posso dizer que quero uma coisa que não me podes dar. Nunca pudeste. É só pena eu ter percebido isso tão tarde.
Tarde, mas não demasiado tarde.
Música do dia #13
Tinha que por esta ainda antes de ir dormir.
Estive 20 minutos à procura da música do anuncio ao Gossip Girl do SonyTv.
Cá está ela. No other than Lady GaGa.
Óptima.
We do the dance right, we have got it made like
Ice cream topped with honey, but we got no money
Daddy I'm so sorry, i'm so s-s-sorry, yeah...
We just like to party, like to p-p-party, yeah
Bang bang, we're beautiful and dirty rich
Bang bang, we're beautiful and dirty rich
Estive 20 minutos à procura da música do anuncio ao Gossip Girl do SonyTv.
Cá está ela. No other than Lady GaGa.
Óptima.
We do the dance right, we have got it made like
Ice cream topped with honey, but we got no money
Daddy I'm so sorry, i'm so s-s-sorry, yeah...
We just like to party, like to p-p-party, yeah
Bang bang, we're beautiful and dirty rich
Bang bang, we're beautiful and dirty rich
Que giro...
Ainda não perdi a minha capacidade de me fascinar. Há muito tempo que não ouvia ninguém falar assim, a saber tanta coisa, a fazer tanto sentido...gostei!
Fiquei, literalmente, de boca aberta apenas a absorver conhecimentos, durante horas a fio. E durante esse tempo não me lembrei de nada, nem de ninguém, fui eu, estive totalmente presente e sem nenhum tipo de esforço. Tão bom. Já nem me lembrava sequer que isto era possível de acontecer.
Descobri também, que ainda não perdi a minha capacidade de corar. Agora deu-me para isto, meia volta coro. Hoje há hora de almoço, pimba. Agora ao jantar, pumba.
O meu corpo voltou à adolescência e não me avisou. Fantástico.
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
Viagens noutros blogs #31
Desliguei a televisão tarde.
Mas não desliguei tarde demais.
Before the worst
Há sempre uma primeira vez; a primeira cedência ao encanto do outro, o primeiro toque descoordenado de duas mãos, o primeiro beijo que tem tanto de desajeitado como de delicioso, o primeiro olhar cúmplice que comprova que "tu és eu" porque "tás a pensar no mesmo que eu", a primeira vez em que despes a roupa e a alma e deixas-te ir, fechar os olhos e cair para trás sabendo que alguém [alguém não, Ele] estará lá para te segurar, amparar e, com sorte, te beijar carinhosamente o pescoço. Há sempre uma primeira vez para fechar os olhos e arriscar tudo na pessoa que pode ser [é] the special one. Sempre. Há sempre um momento em que vês dois caminhos e escolhes aquele que te faz sentir feliz porque nem vês o outro, porque não há como não seguir em frente, porque é o único oásis no deserto que foi a tua vida antes dele. Ele.
E depois, por vezes, há um momento em que sabes que dali para a frente só vai existir chuva. E dor. E insónias. Há sempre um momento em que sabes [porque sabes] que dali para a frente, tudo vai virar-se do avesso e, caso continues, só irás ouvir o uivo do lobo solitário que, se parares para pensar, serás tu.Há sempre um minuto, dois, vá, em que realizas que dali para a frente não irás adormecer facilmente porque os batimentos do teu coração farão tanto barulho, tentando encaixar o ritmo, que não poderás descansar, e sabes que, a partir daquelas palavras, daquela constatação, daquele momento que pode até ser insignificante para todos mas que te farão sentir serem a curva da estrada, Tudo irá mudar. Na mente, acredita em mim, irão ecoar frases em inglés, normalmente é o "the point of no return" e depois, para alternar, darás por ti a cantar Gilbert Becaud e o doloroso "Et maintenant". Tens o filme todo à tua frente. Sabes.
E sábio é aquele que se entregou quando teve vontade, sem reservas nem merdas e apostou o seu coração naquela pessoa que, como por magia, lhe encheu o coração de gomas e confetis. E sábio é aquele que sabe que, a partir daquele momento, aquele gesto, frase, pressentimento ou seja o que for [quando acontecer, tu sentes, descansa] vira as costas antes de se transformar no tal lobo solitário que uiva desalmadamente. Bonito é manter a coisa na ilusão, escolher acabar ali o filme por saberes que irá acabar mal. Não é cobardia, sabes? acho que lhe chamam protecção. Sabes que daquele ponto tudo irá ficar nublado e feio e desligas a televisão. É uma opção. Não sei se digna, sei que menos dolorosa.
Mas não desliguei tarde demais.
Before the worst
Há sempre uma primeira vez; a primeira cedência ao encanto do outro, o primeiro toque descoordenado de duas mãos, o primeiro beijo que tem tanto de desajeitado como de delicioso, o primeiro olhar cúmplice que comprova que "tu és eu" porque "tás a pensar no mesmo que eu", a primeira vez em que despes a roupa e a alma e deixas-te ir, fechar os olhos e cair para trás sabendo que alguém [alguém não, Ele] estará lá para te segurar, amparar e, com sorte, te beijar carinhosamente o pescoço. Há sempre uma primeira vez para fechar os olhos e arriscar tudo na pessoa que pode ser [é] the special one. Sempre. Há sempre um momento em que vês dois caminhos e escolhes aquele que te faz sentir feliz porque nem vês o outro, porque não há como não seguir em frente, porque é o único oásis no deserto que foi a tua vida antes dele. Ele.
E depois, por vezes, há um momento em que sabes que dali para a frente só vai existir chuva. E dor. E insónias. Há sempre um momento em que sabes [porque sabes] que dali para a frente, tudo vai virar-se do avesso e, caso continues, só irás ouvir o uivo do lobo solitário que, se parares para pensar, serás tu.Há sempre um minuto, dois, vá, em que realizas que dali para a frente não irás adormecer facilmente porque os batimentos do teu coração farão tanto barulho, tentando encaixar o ritmo, que não poderás descansar, e sabes que, a partir daquelas palavras, daquela constatação, daquele momento que pode até ser insignificante para todos mas que te farão sentir serem a curva da estrada, Tudo irá mudar. Na mente, acredita em mim, irão ecoar frases em inglés, normalmente é o "the point of no return" e depois, para alternar, darás por ti a cantar Gilbert Becaud e o doloroso "Et maintenant". Tens o filme todo à tua frente. Sabes.
E sábio é aquele que se entregou quando teve vontade, sem reservas nem merdas e apostou o seu coração naquela pessoa que, como por magia, lhe encheu o coração de gomas e confetis. E sábio é aquele que sabe que, a partir daquele momento, aquele gesto, frase, pressentimento ou seja o que for [quando acontecer, tu sentes, descansa] vira as costas antes de se transformar no tal lobo solitário que uiva desalmadamente. Bonito é manter a coisa na ilusão, escolher acabar ali o filme por saberes que irá acabar mal. Não é cobardia, sabes? acho que lhe chamam protecção. Sabes que daquele ponto tudo irá ficar nublado e feio e desligas a televisão. É uma opção. Não sei se digna, sei que menos dolorosa.
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
E os votos?
Nada de estarem escritos ainda.
Já dei voltas e mais voltas e nada!
Nada, nadica de nada, não me sai nada.
Não sei o que quero, é oficial.
Já dei voltas e mais voltas e nada!
Nada, nadica de nada, não me sai nada.
Não sei o que quero, é oficial.
Baralha e dá outra vez
Este final de ano não está nada como era previsto.
É que não está. E a culpa não é minha, não é!!!
Também não é tua. Não é de ninguém, é do geral da sucessão de acontecimentos que levam a subsequentes consequências e tudo se vai desenrolando de uma maneira pouco simétrica, nada lógica e muito longe do que tínhamos pensado. Alguns chamariam...vida, eu ainda não sei o que lhe chame.
Posso dizer que não é nada, posso dizer que está tudo bem, que é sereno e pacifico. Porque até é, ou está a ser. Mas eu não sei o que vou sentir amanha!
Sou a pessoa mais instável que conheço. Às 19h estou a tentar sentir porque não sinto nada e às 23h estou a tentar não sentir porque sinto tudo. E é por isso ninguém se pode guiar por mim, porque eu não sou exemplo, faço tudo ao contrario e raramente acerto. Não quero afundar ninguém comigo, ou pior, não me afundar e afundar os outros, porque eu já não sei o que sinto.
Misturou-se tudo, baralharam-se as cartas e deram-se outra vez e eu já não sei.
Mas eu não tenho nada a perder. Já perdi tudo e já recuperei algumas partes (graças a Deus), que agarro como senão houvesse amanhã para não voltar a chegar sequer perto de voltar a perder. Eu sou impulsiva, não penso, não sou racional, faço só o que quero. Eu não sou exemplo.
Só sirvo de mau exemplo. Logo o "tu fizeste eu também faço" não é de todo um bom principio, de todo.
Blog e eu a preparar a entrada em 2011
Acima de tudo as amigas. Aquelas que estão cá sempre, com tempo, palavras, silêncios. Que ouvem desesperos, desabafos, segredos que não se contam a mais ninguém, sonhos impossíveis.
Acima das festas, dos gajos, da mesquinhez, das discussões algumas vezes parvas. Acima de tudo, as amigas.
Só havia uma pessoa a fazer-me pensar duas vezes. Infelizmente, é talvez a única pessoa com quem eu tenho plena certeza que não vou estar...
Não consigo ainda não querer isso. Mas não deve tardar. Para o ano!
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
...
Ando uma desnaturada com o blog...eu seiiii!!!
Só ainda não percebi bem porquê.
A verdade é que parece que tenho um ovo na mão, ainda não percebi é se ele está cozido ou não. Só vou saber quando ele cair ao chão, e ando com muito cuidado porque tenho medo!
Portanto não tenho tido muita coisa a declarar. Anda tudo tão calmo...
Só ainda não percebi bem porquê.
A verdade é que parece que tenho um ovo na mão, ainda não percebi é se ele está cozido ou não. Só vou saber quando ele cair ao chão, e ando com muito cuidado porque tenho medo!
Portanto não tenho tido muita coisa a declarar. Anda tudo tão calmo...
Reivindicativa? Eu?!
Lista de entidades com as quais eu me ando a irritar praticamente diariamente:
- EMEL
- Vodafone
Sou eu que ando reivindicativa ou estes senhores abusam da minha paciência?
Portanto eu mudei de casa há mais de 1 mês e não há maneira de a EMEL me responder ao e-mail. Continuo a ter de restringir as minhas horas de sair com carro, ou então pagar parquímetro o dia todo...É um abuso!
E a Vodafone está-se a preparar para tirar o meu telemóvel do Clube Viva e não me dá uma resposta.
Lá se vai o tempo em que eu não me chateava com nada...la la la la
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
Música do dia #12
Acabei de conhecer.
É amorosa, doce e quentinha...
Maybe I know somewhere deep in my soul
That love never lasts
And we've got to find other ways
To make it alone or keep a straight face
And I've always lived like this
Keeping a comfortable distance
And up until now I swored to myself
That I'm content with loneliness,
Because none of it was ever worth the risk
But you are the only exception
É amorosa, doce e quentinha...
Maybe I know somewhere deep in my soul
That love never lasts
And we've got to find other ways
To make it alone or keep a straight face
And I've always lived like this
Keeping a comfortable distance
And up until now I swored to myself
That I'm content with loneliness,
Because none of it was ever worth the risk
But you are the only exception
Coisas dificeis ainda para 2010...
Escrever os meus votos para 2011.
Estou a pensar num formato diferente do que nos anos anteriores...
É que não sei bem o que desejar, visto que há coisas que eu claramente ainda desejo mas já não quero.
Talvez as coisas mudem mesmo quando não estamos a olhar.
Eu só ainda não sei o que isso significa, como é que posso escrever votos para um ano inteiro assim?!
Não, não me facilitem a vida, continuem assim...Oh karma...
Estou a pensar num formato diferente do que nos anos anteriores...
É que não sei bem o que desejar, visto que há coisas que eu claramente ainda desejo mas já não quero.
Talvez as coisas mudem mesmo quando não estamos a olhar.
Eu só ainda não sei o que isso significa, como é que posso escrever votos para um ano inteiro assim?!
Não, não me facilitem a vida, continuem assim...Oh karma...
Eu já concordei...
...e agora não é tão linear.
Só um Mundo de Amor pode Durar a Vida Inteira
Há coisas que não são para se perceberem. Esta é uma delas. Tenho uma coisa para dizer e não sei como hei-de dizê-la. Muito do que se segue pode ser, por isso, incompreensível. A culpa é minha. O que for incompreensível não é mesmo para se perceber. Não é por falta de clareza. Serei muito claro. Eu próprio percebo pouco do que tenho para dizer. Mas tenho de dizê-lo.
O que quero é fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.
Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios.Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem. A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas.
Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há,estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço. Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas. Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo?
O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida,o nosso "dá lá um jeitinho sentimental". Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar.
O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto. O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não é para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende.
O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem. Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado,viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir. A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a Vida inteira, o amor não.
Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também.
Miguel Esteves Cardoso
Um amor assim como ele diz é óptimo. Cego, estúpido, doente, arriscado, ousado, perigoso, impossível, incondicional, incompreensível, incontornável, incontrolável...
É óptimo mas magoa. Talvez seja por isso, pela sanidade mental, que se deva gostar um pouco menos, dar um pouco menos e controlar um pouco mais.
Já concordei, simplesmente agora já não sei se vale a pena.
O Natal em review
Foi mais ou menos como sempre.
A tarde de 24 estou sempre nostálgica, sento-me no sofá a ver a azafama, junto-me à lareira, agarro o meu pai sempre que ele passa por mim e digo-lhe "promete que vais estar sempre aqui", penso no meu avô e em como ele devia estar aqui, em como tudo seria diferente se ele estivesse, sinto-me normalmente sozinha mesmo no meio de toda gente. Seria um natal normal se a minha cabeça não me pregasse partidas, com pensamento quase absurdos que percorrem o meu espírito enquanto me encosto no sofá a ver a lenha a arder. Este é o problema dos pensamentos, não os conseguimos evitar, e depois de os termos já não dá para voltar atrás.
Depois começam a chegar pessoas, assim que o meu primo chega a solidão vai-se embora, nós os dois sempre nos demos bem, e é raro estarmos juntos... Jantamos, prendas, ceia às 2h e tal da manha. Mudo de casa, almoço de Natal, filmes a tarde toda. Este ano foi só um filme de 4h, "E tudo o vento levou", adoro clássicos. Eu, a minha mãe e a caixa dos bombons.
E acabou o Natal.
Rápido. Quase sem dor.
Para o ano à mais.
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
Perfume
Her kiss, her smile, her perfume
Não é por causa dos braços do Rodrigo Santoro. É porque é lindo, e romantico e é Natal!
Cocaine
The cocaine shot into Duncan Andrews’ antecubital vein in a concentrated bolus after having been propelled by the plunger of a syringe. Chemical alarms sounded immediately. A number of the blood cells and plasma enzymes recognized the cocaine molecules as being part of a family of compounds called alkaloids, which are manufactured by plants and include such physiologically active substances as caffeine, morphine, strychnine, and nicotine.
In a desperate but vain attempt to protect the body from this sudden invasion, plasma enzymes called cholesterases attacked the cocaine, splitting some of the foreign molecules into physiologically inert fragments. But the cocaine dose was overwhelming. Within seconds the cocaine was streaking through the right side of the heart, spreading through the lungs, and then heading out into Duncan ’s body.
The pharmacologic effects of the drug began almost instantly. Some of the cocaine molecules tumbled into the coronary arteries and began constricting them and reducing blood flow to the heart. At the same time the cocaine began to diffuse out of the coronary vessels into the extracellular fluid, bathing the hardworking heart muscle fibers. There the foreign compound began to interrupt the movement of sodium ions through the heart cells’ membranes, a critical part of the heart muscle contractile function. The result was that cardiac conductivity and contractility began to fall.
Simultaneously the cocaine molecules fanned out throughout the brain, having coursed up into the skull through the carotid arteries. Like knives through butter, the cocaine penetrated the blood brain barrier. Once inside the brain, the cocaine bathed the defenseless brain cells, pooling in spaces called synapses across which the nerve cells communicated.
Within the synapses the cocaine began to exert its most perverse effects. It became an impersonator. By an ironic twist of chemical fate, an outer portion of the cocaine molecule was erroneously recognized by the nerve cells as a neurotransmitter, either epinephrine, norepinephrine, or dopamine. Like skeleton keys, the cocaine molecules insinuated themselves into the molecular pumps responsible for absorbing these neurotransmitters, locking them, and bringing the pumps to a sudden halt.
The result was predictable. Since the reabsorption of the neurotransmitters was blocked, the neurotransmitters’ stimulative effect was preserved. And the stimulation caused the release of more neurotransmitters in an upward spiral of self-fulfilling excitation. Nerve cells that would have normally reverted to quiescence and serenity began to fire frantically.
The brain progressively brimmed with activity, particularly the pleasure centers deeply embedded below the cerebral cortex. Here dopamine was the principal neurotransmitter. With a perverse predilection the cocaine blocked the dopamine pumps, and the dopamine concentration soared. Circuits of nerve cells divinely wired to ensure the survival of the species rang with excitement and filled afferent pathways running up to the cortex with ecstatic messages.
But the pleasure centers were not the only areas of Duncan ’s brain to be affected, just some of the first. Soon the darker side of the cocaine invasion began to exert its effect. Phylogenetically older, more caudal centers of the brain involving functions like muscle coordination and the regulation of breathing began to be affected. Even the thermoregulatory area began to be stimulated, as well as the part of the brain responsible for vomiting.
Thus all was not well. In the middle of the rush of pleasurable impulses, an ominous condition was in the making. A dark cloud was forming on the horizon, auguring a horrible neurological storm. The cocaine was about to reveal its true deceitful self: a minion of death disguised in an aura of beguiling pleasure.
Cocaine - Robin Cook
In a desperate but vain attempt to protect the body from this sudden invasion, plasma enzymes called cholesterases attacked the cocaine, splitting some of the foreign molecules into physiologically inert fragments. But the cocaine dose was overwhelming. Within seconds the cocaine was streaking through the right side of the heart, spreading through the lungs, and then heading out into Duncan ’s body.
The pharmacologic effects of the drug began almost instantly. Some of the cocaine molecules tumbled into the coronary arteries and began constricting them and reducing blood flow to the heart. At the same time the cocaine began to diffuse out of the coronary vessels into the extracellular fluid, bathing the hardworking heart muscle fibers. There the foreign compound began to interrupt the movement of sodium ions through the heart cells’ membranes, a critical part of the heart muscle contractile function. The result was that cardiac conductivity and contractility began to fall.
Simultaneously the cocaine molecules fanned out throughout the brain, having coursed up into the skull through the carotid arteries. Like knives through butter, the cocaine penetrated the blood brain barrier. Once inside the brain, the cocaine bathed the defenseless brain cells, pooling in spaces called synapses across which the nerve cells communicated.
Within the synapses the cocaine began to exert its most perverse effects. It became an impersonator. By an ironic twist of chemical fate, an outer portion of the cocaine molecule was erroneously recognized by the nerve cells as a neurotransmitter, either epinephrine, norepinephrine, or dopamine. Like skeleton keys, the cocaine molecules insinuated themselves into the molecular pumps responsible for absorbing these neurotransmitters, locking them, and bringing the pumps to a sudden halt.
The result was predictable. Since the reabsorption of the neurotransmitters was blocked, the neurotransmitters’ stimulative effect was preserved. And the stimulation caused the release of more neurotransmitters in an upward spiral of self-fulfilling excitation. Nerve cells that would have normally reverted to quiescence and serenity began to fire frantically.
The brain progressively brimmed with activity, particularly the pleasure centers deeply embedded below the cerebral cortex. Here dopamine was the principal neurotransmitter. With a perverse predilection the cocaine blocked the dopamine pumps, and the dopamine concentration soared. Circuits of nerve cells divinely wired to ensure the survival of the species rang with excitement and filled afferent pathways running up to the cortex with ecstatic messages.
But the pleasure centers were not the only areas of Duncan ’s brain to be affected, just some of the first. Soon the darker side of the cocaine invasion began to exert its effect. Phylogenetically older, more caudal centers of the brain involving functions like muscle coordination and the regulation of breathing began to be affected. Even the thermoregulatory area began to be stimulated, as well as the part of the brain responsible for vomiting.
Thus all was not well. In the middle of the rush of pleasurable impulses, an ominous condition was in the making. A dark cloud was forming on the horizon, auguring a horrible neurological storm. The cocaine was about to reveal its true deceitful self: a minion of death disguised in an aura of beguiling pleasure.
Cocaine - Robin Cook
Viagens noutros blogs #30
não esquecer
o amor renova-se, portanto quem sabe seja para sempre.
Intriga-me.
Nunca tinha pensado nisto.
Gosto de blogs.
o amor renova-se, portanto quem sabe seja para sempre.
Intriga-me.
Nunca tinha pensado nisto.
Gosto de blogs.
Bom Natal
Vinha desejar bom natal.
Mais que isso vinha desejar coisas boas. Que isto de desejar um bom natal basicamente é desejar que sejam felizes...cada um há sua maneira, em família ou sozinho com o gato, a ajudar o próprio ou a ajudar-se a si mesmo, em NY em Lisboa ou no Japão...
Sejam felizes. Ser feliz é todos os dias, nos detalhes, nos sorrisos, nos olhares, no sol, numa música, no treino que correu mesmo bem, no projecto que ficou fantástico, na pessoa que vos faz sonhar. Eu sei que este blog não tem andando exactamente um raio de sol intenso, muito pelo contrario, à minha imagem e semelhança tem andando um desastre, de coração partido e sonhos desfeitos, uma catástrofe com pernas, como eu me chamo. Apesar disso, o que posso dizer é que me esforço todos os dias para ter pelo menos um momento de felicidade.
E nem sempre é um esforço fácil, muitas vezes é inútil, porque por mais que o mundo esteja mau, a nossa dor é sempre pior que a dos outros, os nossos sonhos eram sempre os mais bonitos, a nossa pessoa (mesmo quando ela não quer estar aqui) é sempre mais perfeita e devia ficar connosco. Somos humanos, parabéns!
Hoje em conversa com a C. ela disse-me que sempre que sofremos muito por qualquer coisa, encontramos algo melhor em nós. Quando a dor é tão insuportável que se torna quase física, mudamos, crescemos, adaptamos, descobrimos coisas sobre nós, reacções, sentimentos...quando doí também estamos vivos. Só que da pior maneira.
Faz parte. É equilíbrio. Pelas alturas em que fomos tão felizes que levitamos e andamos 10cm acima do chão com caras de parvos, há outras em que é tudo tão negro, num buraco tão fundo que não há saída. Mas há. Não só no Natal, mas todos os dias.
É acordar todos os dias de manha, mesmo de cara inchada de quem chorou metade da noite, e pensar que o sol nasceu hoje (outra vez!) e portanto eu vou estar o melhor que eu conseguir estar. Esquecer as perguntas parvas como, "o que é que eu tenho de errado?", que não levam a nada, e ser feliz.
E se isso for trabalhar 12h por dia, que seja.
E se isso for perceber que por hoje não dá mais e deitar na cama às 20h, que seja.
E se isso for estorricar dinheiro, que seja.
E se isso for meter o pé na argola outra vez, que seja.
E se isso for arranjar um rebound guy, que seja.
E se isso for esforçar-me ao máximo, chegar ao limite, que seja.
E se isso for gritar, chorar e por tudo na mesa, que seja.E se isso for mostrar fraqueza, ser fragil, ser aparentemente pior pessoa, que seja.
Ninguém tem nada a ver com isso. Todos os dias só temos que estar bem.
A vida é curta (tão curta) e é feita de uma sucessão de dias.
Os que estamos no cimo do mundo compensam (mais que compensam) pelos que estamos no fundo do poço. E um dia achamos o equilibrio. E aí vai ser tudo verde. Promess R., promess.
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
"O que sempre soube das mulheres, mas tive à mesma de perguntar"
Tratam-nos mal, mas querem que as tratemos bem. Apaixonam-se por serial-killers e depois queixam-se de que nem um postalinho. Escrevem que se desunham. Fingem acreditar nas nossas mentiras desde que tenhamos graça a pregá-las. Aceitam-nos e toleram-nos porque se acham superiores. São superiores. Não têm o gene da violência, embora seja melhor não as provocarmos. Perdoam facilmente, mas nunca esquecem. Bebem cicuta ao pequeno almoço e destilam mel ao jantar. Têm uma capacidade de entrega que até doí. São óptimas mães até que os filhos fazem 10 anos, depois perdem o norte. Pelam-se por jogos eróticos, mas com o sexo já depende. Têm dias. Têm noites. Conseguem ser tão calculistas e maldosas como qualquer homem, só que com muito mais nível. Inventaram o telemóvel ao volante. São corajosas e quando se lhes mete uma coisa na cabeça levam tudo à frente. Fazem-se de parvas porque o seguro morreu de velho e estão muito escaldadas. Fazem-se de inocentes e (milagre!) por esse acto de vontade tornam-se mesmo inocentes. Nunca perdem a capacidade de se deslumbrarem. Riem quando estão tristes e choram quando estão alegres. Não compreendem nada. Compreendem tudo. Sabem que o corpo é passageiro. Sabem que na viagem há que tratar bem o passageiro e que o amor é um bom fio condutor. Não são de confiança, mas até a mais infiel das mulheres é mais leal que o mais fiel dos homens. São tramadas. Comem-nos as papas na cabeça, mas depois levam-nos a colher à boca. A única coisa em nós que é para elas um mistério é a jantarada de amigos - elas quando jogam é para ganhar. E é tudo. Ah, não, há ainda mais uma coisa. Acreditam no Amor com A grande mas, para nossa sorte, contentam-se com pouco.
Crónica de Rui Zink
Crónica de Rui Zink
A bomba
Como Hiroshima e Nagasaki...pumpumpum...acabou, silencio.
Precisei de 5 minutos para absorver a informação, não estava a espera, não estava mesmo nada a espera. E não me interpretem mal, eu estou feliz com a situação. Os meus "ex-amigos" estão a casar e a ter bebés. Os meus "ex-amigos" do picanço, da conversa descarada, do encontra na noite e dá uns beijinhos, do relacionamento fácil e que nunca ia dar em nada…
É sério, já não somos miúdos a brincar ao toca e foge agora. Já não agimos por impulso, e nos deixamos levar pela noite com álcool, pela pele, pelo orgulho e pelo joguinho de quem é que manda mais. Somos adultos agora. I know we're cool!
Fico contente por ficar sempre com um enorme carinho pelas pessoas com quem me relacionei. Acho que é assim que tem de ser. Lembrar-me de tudo com um sorriso nos lábios, e a certeza que vivemos bons momentos, engraçados e que no final seguimos por onde tínhamos de seguir. Sem mágoa, sem ressentimento, sem culpas.
Espero conseguir fazer isso sempre.
Mas que foi uma bomba, e que não estava nada a espera...isso foi!
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
Eu explico
Aqui vai ser sempre Verão
Não gosto de chapéus de chuva. Irrita-me, perco-os, é raro andar com um atrás.
Ser obrigada a isso então, não melhora nada o meu dia.
Já está a chover há 2 semanas e ainda estamos em Dezembro, não sei onde é que isto vai parar.
Então, decidi que neste blog é sempre Verão. Aqui vai fazer sempre calor, a brisa vai ser agradável e vai cheirar a mar...
Para compensar, a chuva lá fora que só vai cair quando for fim de semana e eu puder ficar com um chá quente e uma manta a vegetar em frente à TV.
Quero um Inverno selectivo.
Dito isto, vou só ali ter mais um almoço de amigas e já volto. A L. vai para Itália.
Durante a tarde vou-me dedicar a marcar a minha viagem para a ir visitar. É o espírito do Natal!
Música do dia #11
Acordei com esta música na cabeça.
Atrasada como se vê...mas a cantar isto!!!
You rocked my world, you know you did (Girl)
And everything I’m gonna give (I want you, girl)
Atrasada como se vê...mas a cantar isto!!!
You rocked my world, you know you did (Girl)
And everything I’m gonna give (I want you, girl)
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
...
O meu BlackBerry está esgotado!
É o que dá deixar de fazer compras de impulso.
E viva a crise, é o que eu posso dizer.
É o que dá deixar de fazer compras de impulso.
E viva a crise, é o que eu posso dizer.
Hoje: Lanche de Natal
O melhor chocolate quente de sempre...LA Café!!
Com scones...
Ca bom.
Só porque estou farta de sair tarde, e porque o espírito de Natal tardou mas quando veio, veio com força.
E falando em filmes eternos
Casablanca.
Segundo a minha avó, o meu avô era a cara do Humphrey Bogart quando era novo.
Eu vejo alguns traços também...mas não sei se não é por ter estado sugestionada desde sempre, ou se é mesmo.
Com o tempo os traços daqueles que nos são queridos vão desaparecendo da nossa cabeça. Já não é tão nítido como era.
As minhas amigas não são boas!
Já não se fazem galãs como antigamente
Aposto que a minha avó concordaria comigo.
Há dias choquei com esta frase do Clark Gable: It is an extra dividend when you like the girl you've fallen in love with.
Nunca tinha pensado realmente sobre este assunto. O certo é que, de facto, podemos não gostar da pessoa por quem nos apaixonamos. Quando eu digo gostar, digo, gostar como pessoa.
Já disse há uns post atrás aquela piada do "há pessoas que se apaixonam por serial killers, vá, não estou assim tão mal".
Deve ser por ai. Da mesma maneira que podemos gostar imenso de uma pessoa e não estarmos apaixonados por ela...
Dizem que sim.
P.S: Entretanto descobri outras frases maravilhosas. Frankly my dear I don't give a damn - "E tudo o vento levou" é dos meus filmes preferidos...
Música do dia #10
Música do gym de hoje.
35 minutos a correr. 30, vá...5min foram a andar...
Gosto desta senhora!
I ain't ever met a man like that (No)
I ain't ever fell so far, so fast (No)
You can turn me on, throw me off track
'Cause you do it, do it
You do it, do it
You're doin' it well
35 minutos a correr. 30, vá...5min foram a andar...
Gosto desta senhora!
I ain't ever met a man like that (No)
I ain't ever fell so far, so fast (No)
You can turn me on, throw me off track
'Cause you do it, do it
You do it, do it
You're doin' it well
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
Azul
Cinto azul.
Finalmente.
Eu sei que a maioria achava que eu apenas não conseguia não ir, e que quando eu dizia "não posso não treinar porque senão não mudo de cinto" eram tangas...não eram.
Já mudei de cinto.
Agora, senão puder ir treinar, já não vou. Acima de tudo está a minha cabeça e a minha paz.
Para chegar a castanho ainda vai demorar uns anos...pode esperar mais uns meses, se necessário for.
domingo, 19 de dezembro de 2010
Quotes #47
Espírito de Natal
É altura de parar com esta parvoíce.
O Natal é o antever de um novo ciclo. É mais dias de férias, é arroz doce a todas as refeições, é não estar sozinha, é comprar cuidadosamente presentes para todos, e pensar nas caras de "eu não acredito que me compraste isto?! És a maior", é o sorriso dos meus irmãos, os votos do novo ano, o vestido para a noite de passagem de ano...é, tentar ser feliz...
Vou fazer a árvore.
Estou farta do escuro, das lágrimas, do buraco negro que se tornou a minha vida.
Vou fazer a árvore e encher a minha casa de luzes e a minha vida de paz.
O resto há-de vir, há-de vir.
Como me disse o meu mestre há dois dias e o meu avô tantas vezes antes dele: "A sorte favorece os audazes". Talvez por isso nunca me tenha faltado sorte na vida.
I have it all. And, what I don't have is because I don't need.
O circo
Só pelo meu irmão.
Odeio circo. Não vou ao circo desde que o meu avô morreu, e só ia com ele porque ele adorava circo.
Detesto palhaços. Acho-os tristes. Aquela boca sempre a rir, independentemente se estão alegres ou tristes...the show must go on. Não consigo achar minimamente divertido.
Gostava da parte dos leões e do domador de leões. Agora nem isso. Os bichos são também eles tristes, obrigados a fazer malabarismos para entreter as massas.
Só mesmo pelo meu irmão.
Música do dia #9
Arde.
Mas o que arde cura.
http://www.youtube.com/watch?v=KqpL7Zk3xnk
(Não dá para incorporar)
Um homem quando está em paz não quer guerra com ninguém
Eu segurei minhas lágrimas, pois não queria demonstrar a emoção
Já que estava ali só pra observar e aprender um pouco mais sobre a percepção
Eles dizem que é impossível encontrar o amor sem perder a razão
Mas pra quem tem pensamento forte o impossível é só questão de opinião
E disso os loucos sabem
Só os loucos sabem
Mas o que arde cura.
http://www.youtube.com/watch?v=KqpL7Zk3xnk
(Não dá para incorporar)
Um homem quando está em paz não quer guerra com ninguém
Eu segurei minhas lágrimas, pois não queria demonstrar a emoção
Já que estava ali só pra observar e aprender um pouco mais sobre a percepção
Eles dizem que é impossível encontrar o amor sem perder a razão
Mas pra quem tem pensamento forte o impossível é só questão de opinião
E disso os loucos sabem
Só os loucos sabem
sábado, 18 de dezembro de 2010
A new morning
Hoje acabei com o meu telemóvel, apaguei tudo o que faltava, mais ou menos 150 fotografias. Finalmente um sentimento mais ou menos desejado, aquele que me chamava de parva durante os 15minutos em que apagava tudo. Cada momento, estúpida, cada tentativa de mostrar coisas bonitas, de partilhar, atrasada mental, cada amanhecer, por-do-sol, sitio diferente, concerto, que anormal...para quê?!
Eu sei para quê, mas não quero escrever, é demasiado ridículo...
E acabei de ver um BlackBerry lindoooo, que vai ser o meu presente de Natal, porque eu mereço e porque este me traz 1000 recordações que já não quero ter (ou melhor, que já não vale a pena ter) e me quero livrar dele.
Acordei óptima, com um dia inteiro pela frente (apesar de estar a ver "As feiticeiras" enquanto tomo o pequeno almoço, mesmo gira a serie), em que basicamente tenho 1000 coisas para fazer entre entrar num carro com a minha baby sister a conduzir, ver vestidos de noiva, procurar um fato de surf, ir buscar o meu mano a casa...
And time to go now.
Adoro este filme
Practical magic
Sally Owens: Can love really travel back in time and heal a broken heart? Was it our joined hands that finally lifted Maria's curse? I'd like to think so. But there are some things I know for certain: always throw spilt salt over your left shoulder, keep rosemary by your garden gate, plant lavender for luck, and fall in love whenever you can.
Gillian Owens: You ever put your arms out and spin really, really fast?
Antonia Owens: She does it all the time.
Gillian Owens: She does? Well, that's what love is like. It makes your heart race. It turns the world upside down. But if you're not careful, if you don't keep your eyes on something still, you can lose your balance. You can't see what's happening to the people around you. You can't see that you're about to fall.
Young Sally Owens: He will hear my call a mile away. He will whistle my favorite song. He can ride a pony backwards.
Young Gillian Owens: What are you doing?
Young Sally Owens: Summoning up a true love spell called Amas Veritas. He can flip pancakes in the air. He'll be marvelously kind. And his favorite shape will be a star. And he'll have one green eye and one blue.
Young Gillian Owens: Thought you never wanted to fall in love.
Young Sally Owens: That's the point. The guy I dreamed of doesn't exist. And if he doesn't exist, I'll never die of a broken heart.
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
People don't change
Há uns dias li num blog uma coisa que me deixou algo perturbada. Não pelo que dizia em si, mas por eu ter pela primeira vez dado alguma razão ao que a pessoa escreveu (entretanto queria voltar ao sitio onde li e já não sei onde foi!).
Esse post em especifico falava sobre a relação Carrie vs. Mr.Big, que para quem não sabe é um casal que demorou exactamente 6 seasons até ficar junto. O que o post dizia é que se calhar a Carrie nunca devia ter voltado para ele. Talvez devesse na primeira ou na segunda vez…mas voltar pelo menos 6 vezes?! Depois de ele a ter magoado vezes sem conta, de não ter assumido que gostava dela, de se ter ido embora para outro pais, de ter casado com outra pessoa, de ter traído a mulher com ela fazendo dela “dirty mistress”, de ter tentado acabar cada relação dela cada vez que ela estava a ficar bem mostrando uma dose de egoísmo gigante…depois disto tudo, devia a Carrie ficar mesmo com ele? Faz sentido?
Foi a primeira vez que eu olhei para isto e pensei: Bem, se calhar é estúpido!
As pessoas magoam-nos vezes sem conta e nos voltamos e perdoamos?! Mas porquê?
A falar com o G. há 3 dias chegamos ambos à mesma conclusão. Não é suposto ser tão difícil, não é suposto doer tanto, não é suposto termos de nos esforçar tanto e o outro lado não se esforçar nada, estar apenas complacente a desfrutar da quantidade de sentimentos e atenção que lhe damos…não pode ser normal assim.
Claro que na série (e filme), ao contrario de na vida real o Mr. Big muda. Acorda um dia de manha a pensar que a Carrie é a tal. É ela, claro que é ela, que estúpido que eu fui em não ver isto antes. E tal cavaleiro andante vai até Paris para a ir buscar…bonito. Se é bonito. Mas não acontece. Portanto o Mr. Big nunca na vida dele mexeu uma palha para estar com a Carrie, esteve com ela sim, em casa dele, no seu ambiente e quando lhe dava jeito...e de uma hora para a outra percebe que ela é a mulher da vida dele?!
Foi perturbador duvidar disto. Para série de TV é óptimo, para a vida real, nem tanto.
As pessoas não mudam. O que acontece à primeira, vai efectivamente acontecer à segunda…então porque é que insistimos?
Eu já sabia esta, mas mais uma vez não fui eu que escrevi:
quem ama, perdoa. sendo assim, quem nos ama pode fazer o que quiser. se não perdoares não amas, se ele te magoar pode amar-te mas não é perfeito. uma porra. tudo depende do tamanho do passado juntos.
A minha questão nem é perdoar, perdoar é uma palavra que eu não gosto. Quem perdoa é Deus. Nos humanos passamos por cima das coisas, esquecemos e seguimos em frente sendo momentaneamente atormentados pelas lembranças do passado (quem diz que perdoa e nunca mais se lembra é mentiroso). A questão é voltar a achar que vale a pena.
Mas há um dia de manha em que acordamos e pensamos, senão mudou nada, se a pessoa não muda, porque é que eu me vou fazer passar por isto outra vez?
A historia da Carrie e do Mr.Big, como tantos depois e antes deles nos ecrãs, é só isso. Uma historia.
Aqui vivemos a vida real. Gostar só não chega, ou melhor, gostar só já não chega.
Esse post em especifico falava sobre a relação Carrie vs. Mr.Big, que para quem não sabe é um casal que demorou exactamente 6 seasons até ficar junto. O que o post dizia é que se calhar a Carrie nunca devia ter voltado para ele. Talvez devesse na primeira ou na segunda vez…mas voltar pelo menos 6 vezes?! Depois de ele a ter magoado vezes sem conta, de não ter assumido que gostava dela, de se ter ido embora para outro pais, de ter casado com outra pessoa, de ter traído a mulher com ela fazendo dela “dirty mistress”, de ter tentado acabar cada relação dela cada vez que ela estava a ficar bem mostrando uma dose de egoísmo gigante…depois disto tudo, devia a Carrie ficar mesmo com ele? Faz sentido?
Foi a primeira vez que eu olhei para isto e pensei: Bem, se calhar é estúpido!
As pessoas magoam-nos vezes sem conta e nos voltamos e perdoamos?! Mas porquê?
A falar com o G. há 3 dias chegamos ambos à mesma conclusão. Não é suposto ser tão difícil, não é suposto doer tanto, não é suposto termos de nos esforçar tanto e o outro lado não se esforçar nada, estar apenas complacente a desfrutar da quantidade de sentimentos e atenção que lhe damos…não pode ser normal assim.
Claro que na série (e filme), ao contrario de na vida real o Mr. Big muda. Acorda um dia de manha a pensar que a Carrie é a tal. É ela, claro que é ela, que estúpido que eu fui em não ver isto antes. E tal cavaleiro andante vai até Paris para a ir buscar…bonito. Se é bonito. Mas não acontece. Portanto o Mr. Big nunca na vida dele mexeu uma palha para estar com a Carrie, esteve com ela sim, em casa dele, no seu ambiente e quando lhe dava jeito...e de uma hora para a outra percebe que ela é a mulher da vida dele?!
Foi perturbador duvidar disto. Para série de TV é óptimo, para a vida real, nem tanto.
As pessoas não mudam. O que acontece à primeira, vai efectivamente acontecer à segunda…então porque é que insistimos?
Eu já sabia esta, mas mais uma vez não fui eu que escrevi:
quem ama, perdoa. sendo assim, quem nos ama pode fazer o que quiser. se não perdoares não amas, se ele te magoar pode amar-te mas não é perfeito. uma porra. tudo depende do tamanho do passado juntos.
A minha questão nem é perdoar, perdoar é uma palavra que eu não gosto. Quem perdoa é Deus. Nos humanos passamos por cima das coisas, esquecemos e seguimos em frente sendo momentaneamente atormentados pelas lembranças do passado (quem diz que perdoa e nunca mais se lembra é mentiroso). A questão é voltar a achar que vale a pena.
Mas há um dia de manha em que acordamos e pensamos, senão mudou nada, se a pessoa não muda, porque é que eu me vou fazer passar por isto outra vez?
A historia da Carrie e do Mr.Big, como tantos depois e antes deles nos ecrãs, é só isso. Uma historia.
Aqui vivemos a vida real. Gostar só não chega, ou melhor, gostar só já não chega.
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
Viagens noutros blogs #29
E depois há sempre alguém que diz aquilo que eu não consigo.
Porque há uma semana e picos que andava a tentar explicar o que quis dizer com a frase "tens um desvio no padrão moral". Eu disse esta frase...sem saber bem o que significava na altura (eram 7h da manha e eu tinha bebido 1 copo de vodka a mais, vá). Na realidade, o que eu queria dizer (e também disse) foi "és muito diferente de mim". Nem bom, nem mau, só isso. Sinceramente indiferente, senão me tivesse magoado.
Essa diferença é visível. Eu também tenho os meus defeitos, também já fiz coisas levianas, já me deixei levar pelo álcool, ou cedi a uns beijinhos com um desconhecido só porque somos jovens e inconsequentes. Mas não o fiz, nem faço de forma regular, evito se conheço o historial da pessoa e todas as vezes que por acaso me cruzo com alguém que já tinha cruzado a vida de outra pessoa (com mais ou menos importância), evito. É uma questão de respeito, de não ser necessário, de amor próprio. Se pessoa A, B ou C já se enrolou com uma amiga minha, se a mim a pessoa até não me diz nada de especial, e não vai certamente passar disto, se não há razão...não se faz. É simples. Só dizer que não.
Chamem-me então racional se eu prefiro dar-me quando gosto, quando acho que vale a pena, quando estou ali e não queria estar no mundo em mais lado nenhum. Racional, pudica, com a mania que é diferente dos outros, que não dá hipóteses, parva (esta adoram chamar-me), etc etc...pode ser. Eu não me importo. Nem acho que seja diferente de ninguém, são opiniões.
Já fiz e sei a diferença entre "estou aqui como podia estar a dormir ou a tomar banho" ou "estou aqui e quero ficar aqui durante muito tempo".
Sinceramente, ser porque sim acho que não vale a pena. Especialmente quando se pode estar a magoar alguém.
(...) no "ao menos que valha a pena", e quando me perguntam que regras eu seria capaz de quebrar, respondo sempre "as que valem a pena quebrar", ou então a frase que me ficou famosa em casos defuntos "não havia como não".
A verdade é que, se um dia me apanharem numa transgressão, prefiro justificar-me com um "não consegui evitar" do que um leviano e inconsequente "apeteceu-me", prefiro um "apaixonei-me" do que um "estava entediada" ou mesmo um "estava com pressa" em vez de um "queria ver até onde o motor do carro aguentava". É uma questão de dignidade, de não se dar por tuta e meia, porque sim, porque o vento estava para norte e estavam quatro graus em Bragança. No post abaixo, perguntava que sentimentos estavam em extinção, sinceramente, acho que o amor próprio anda em baixo, damos-nos porque sim, fodemos porque sim, fodemos os outros "porque não?" trocamos de línguas porque sim, confessamos os segredos mais deprimentes porque sim e estamos porque sim. Não há tusa, não há desejo nem confiança, é tudo automático, tudo leviano e um encolher de ombros no fim do dia quando os cheiros no corpo se confundem e nem sabemos já quem é quem.
Porque há uma semana e picos que andava a tentar explicar o que quis dizer com a frase "tens um desvio no padrão moral". Eu disse esta frase...sem saber bem o que significava na altura (eram 7h da manha e eu tinha bebido 1 copo de vodka a mais, vá). Na realidade, o que eu queria dizer (e também disse) foi "és muito diferente de mim". Nem bom, nem mau, só isso. Sinceramente indiferente, senão me tivesse magoado.
Essa diferença é visível. Eu também tenho os meus defeitos, também já fiz coisas levianas, já me deixei levar pelo álcool, ou cedi a uns beijinhos com um desconhecido só porque somos jovens e inconsequentes. Mas não o fiz, nem faço de forma regular, evito se conheço o historial da pessoa e todas as vezes que por acaso me cruzo com alguém que já tinha cruzado a vida de outra pessoa (com mais ou menos importância), evito. É uma questão de respeito, de não ser necessário, de amor próprio. Se pessoa A, B ou C já se enrolou com uma amiga minha, se a mim a pessoa até não me diz nada de especial, e não vai certamente passar disto, se não há razão...não se faz. É simples. Só dizer que não.
Chamem-me então racional se eu prefiro dar-me quando gosto, quando acho que vale a pena, quando estou ali e não queria estar no mundo em mais lado nenhum. Racional, pudica, com a mania que é diferente dos outros, que não dá hipóteses, parva (esta adoram chamar-me), etc etc...pode ser. Eu não me importo. Nem acho que seja diferente de ninguém, são opiniões.
Já fiz e sei a diferença entre "estou aqui como podia estar a dormir ou a tomar banho" ou "estou aqui e quero ficar aqui durante muito tempo".
Sinceramente, ser porque sim acho que não vale a pena. Especialmente quando se pode estar a magoar alguém.
(...) no "ao menos que valha a pena", e quando me perguntam que regras eu seria capaz de quebrar, respondo sempre "as que valem a pena quebrar", ou então a frase que me ficou famosa em casos defuntos "não havia como não".
A verdade é que, se um dia me apanharem numa transgressão, prefiro justificar-me com um "não consegui evitar" do que um leviano e inconsequente "apeteceu-me", prefiro um "apaixonei-me" do que um "estava entediada" ou mesmo um "estava com pressa" em vez de um "queria ver até onde o motor do carro aguentava". É uma questão de dignidade, de não se dar por tuta e meia, porque sim, porque o vento estava para norte e estavam quatro graus em Bragança. No post abaixo, perguntava que sentimentos estavam em extinção, sinceramente, acho que o amor próprio anda em baixo, damos-nos porque sim, fodemos porque sim, fodemos os outros "porque não?" trocamos de línguas porque sim, confessamos os segredos mais deprimentes porque sim e estamos porque sim. Não há tusa, não há desejo nem confiança, é tudo automático, tudo leviano e um encolher de ombros no fim do dia quando os cheiros no corpo se confundem e nem sabemos já quem é quem.
B. grilo
Eu já estava com a ligeira sensação que as minhas ricas calças não andavam a apertar como deve de ser. Quando voltei de Madrid, tive a certeza que não era impressão e ontem disseram-me (não se faz)...
Estou mesmo mais gorda!
É que se tivesse sido uma mulher a dizer, vá...há e tal, sim sim está bem.
Sendo um amigo gajo, a coisa complica-se. Hoje enfrentei a balança e pronto, agora sou um grilo.
Almoço de hoje: grande pote de alface, cenoura e queijo fresco.
Escusam de vir com as piadinhas que para a semana é Natal e beca beca beca. Estou sem espírito mesmo, posso bem comer meia posta de bacalhau e meio kg de couves. Senão houver arroz doce nem às sobremesas vou. (teorias)
Se eu não gostasse de comer era tão mais fácil.
Alias, os meus problemas resumem-se a isso. Gosto e não posso.
Odeio o mundo.
Wikileads
Hoje a ver as noticias da manha enquanto tomava o pequeno almoço só me veio este pensamento: O Wikileads mais parece o Gossip Girl.
Estou mesmo a ver as secretarias dos ministros, o pessoal que envia os telegramas, que ouve as conversas ou whatever a escrever um email ao Sr. Julian Assange a contar as ultimas. E ele a agradecer as dicas e a acabar com XoXo Wikileads.
É estúpido, eu sei!!!
A minha cabeça tem destas coisas.
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
Pai Natal
Este ano não precisas de aparecer.
Não há realmente nada material que me faça falta...claro que um BlackBerry ou um dinheirinho para viagens vinha a calhar, mas não é realmente necessário.
Não tenho espírito e não fiz sequer árvore para te acolher à chegada. Estás portanto, por tua conta e risco se apareceres. Vens se quiseres vir, senão quiseres, olha tudo bem na mesma, amigos como sempre.
Aquilo que quero que tragas às minhas pessoas já tens a lista...vê lá senão te esqueces nem te enganas.
A verdade é que não sei o que pedir para mim. E há certas coisas que não se pedem. Esta minha versão meia adulta racional está a deixar de acreditar em ti. Não é por querer, a serio! Também não gosto muito dela, mas parece que toda gente a prefere. Ela pondera as acções antes de as fazer, tem medo de se magoar, dorme a noite toda descansada e põem acima do que quer aquilo que precisa e que acha que deve ser. O pior é que até eu começo a pensar que esta versão é melhor do que a criança romântica irracional.
Essa ia ter uma coisa gigante para te pedir, ia ter a casa toda cheia de enfeites e cantar o "all I want for christmas is you" com tudo aquilo que tem. Como no ano passado...lembras-te?
Posto isto, não tenho mais grande coisa para te dizer. Se puderes fazer com que a minha vida faça algum sentido, que as coisas sejam coerentes e que eu seja feliz...era bom. Mas, és o pai natal, não um génio. É capaz de ser um pedido além das tuas capacidades. Fica feito de qualquer maneira.
Prometo tentar fazer com que o ano de 2011 seja melhor, para o ano ter um presente bom para te pedir e um espírito natalício melhor ainda. Aqui a crescida está a dizer que com ela ao comando vai tudo correr bem, não vai haver lágrimas nem desilusões ou corações partidos para o ano (as pedras partem com mais dificuldade, mas não lhe digas que eu disse isto). Vamos ver se ela tem razão, é sempre bom tentar coisas novas, dado que as antigas correram algo mal (dizendo de uma maneira leve).
Beijinhos.
Até para o ano.
Sonhos (há muitos)
Sonhos
Um sonho não se constrói
Um sonho desconstrói-se
Pois sempre que tentas torna-lo real
Ele assume outra posição
E ai, deixa de ser um sonho
Um sonho é perfeito,
A realidade não
E se gostas de sonhar
Jamais tentes concretizar os teus sonhos
Vive com eles
Luta com eles
Mas não os tires do lugar
Um sonho não se constrói
Um sonho desconstrói-se
Pois sempre que tentas torna-lo real
Ele assume outra posição
E ai, deixa de ser um sonho
Um sonho é perfeito,
A realidade não
E se gostas de sonhar
Jamais tentes concretizar os teus sonhos
Vive com eles
Luta com eles
Mas não os tires do lugar
Suarez - BlueNote
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Há compras dificies
Não sei o que é que vai acontecer quando tiver de comprar uma prancha. Mas a antever pelo que está a acontecer para comprar o fato...bem...vai ser difícil.
Lá se foi a B. compras sem pensar. Agora é ver e comparar tudo até ao ultimo detalhe.
O meu fim de semana vai ser passado entre lojas de surf em Lisboa, Ericeira e quem sabe Peniche. Giro!
E na sequência...
Sinto-me a Sally Owens no Pratical Magic.
É impossível, mas... O meu homem de sonho era mais ou menos assim:
- Um sorriso lindo. Espontâneo e genuíno de preferência com um toque infantil;
- Esperto, mesmo que não altamente inteligente;
- Perspicaz. Que entenda as minhas indirectas directas e as minhas metáforas complicadas;
- Que cheire bem, mesmo depois de 2h de treino (e sim, isto é possível!). Eu sou uma pessoa de cheiros, e adoro cheiros que me intoxiquem completamente, género 212 Carolina Herrera;
- Que seja responsável e ambicioso. Que saiba o que quer e que tenha um plano em como consegui-lo. Que não se deixe levar pela preguiça. Mas ao mesmo tempo que saiba ser descontraído, que se sente no passeio se for preciso, que se ria à parva com coisas estúpidas e que faça gazeta (quando e se puder fazer). Enfim...uma pessoa medianamente equilibrada.
- Que me mostre coisas que eu nunca vi antes. Desde músicas a filmes, sítios ou pontos de vista.
- Que me deslumbre com a mais simples das coisas;
- Que não se amedronte facilmente por um conversa, uma situação mais chata ou um problema mais complicado;
- Que esteja aqui sem eu ter de pedir. Porque sim, faz sentido e não queria estar em mais lado nenhum;
- Que lute por mim. Quando eu sou estúpida, quando tenho ciumes, quando faço cenas e acho que não vale a pena e me quero vir embora;
- Que saiba amenizar o meu feitio. Pôr-me na ordem quando eu abuso e ser tolerante nos dias em que entro em combustão;
- Que me fale ao ouvido e me diga coisas que nunca disse a ninguém. Que me faça sentir especial e única;
- Que tenha uns braços grandes onde eu caiba lá dentro e uns olhos transparentes que comuniquem comigo sem dizer uma palavra;
- Que saiba cozinhar e que me alimente (eu e a cozinha temos um problema eterno);
- Que seja agri-doce. Umas vezes mauzão, macho da casa, guia, fazemos à minha maneira e outras que me deixe escolher e que faça o que a princesa quer.
- Que não seja demasiado sarcástico, ou pelo menos não comigo (acho sempre que me estão a gozar e não gosto, mesmo que seja feitio).
- Que me observe, me conheça e saiba os meus detalhes;
- Que me faça arrepiar quando me toca, ou só por estar perto;
- Que não se leve demasiado a sério e se saiba rir quando as coisas parecem negras;
- Que não olhe para nenhuma das minhas amigas, jamais. Mas que, obviamente, saiba apreciar uma mulher bonita;
- Leal em qualquer situação, boa ou má;
- Que me diga sempre a verdade, mesmo que essa seja "acordei hoje e já não gosto de ti";
- Com altos valores morais, que saiba distinguir perfeitamente o certo do errado e o fácil do difícil. Mesmo que cometa erros de percurso, como toda a gente;
- Que tenha defeitos e detalhes e que eu os conheça todos e adore;
- Que saiba discutir. Que se importe em discutir, argumentar e mostrar opiniões diferentes das minhas, que me levem a parar e a ponderar sobre o facto de se calhar estar errada;
- Que goste de crianças e queira ter bébés comigo;
- Que olhe para mim sempre, daquela maneira que só as pessoas apaixonadas olham;
- Que seja decidido. "És tu quem eu quero, agora". Não há nada mais sexy;
- Que me trate sempre com o respeito, mesmo que a briga seja feia;
- Que tenha alguma coisa só dele, um desporto, um hobbie, qualquer coisa;
- Que seja um ser individual e não manipulável. Com personalidade vincada;
- Que nunca me tome por garantida, nunca ache que eu vou estar sempre aqui independentemente do que ele faça, porque as coisas não são assim;
- Que goste de ler;
- Que tenha tido a mesma educação que eu, a mesma estrutura familiar vincada e os mesmos valores bases;
- Que faça coisas só de gajo (faz parte do ser individual);
- Que saiba distinguir o essencial do acessório;
- Que seja medianamente romântico, mas não lamechas;
- Que jamais me dê um ursinhos de peluche;
- Que me faça surpresas, boas;
- Que me saiba dar o que eu preciso para ser feliz. A certeza de um amor imenso, mas alguma instabilidade, algum spice. É que eu aborreço-me facilmente.
Deve haver mais coisas...
A única expressão que me ocorre agora é: You don't need a man, you need a champion.
É impossível, mas... O meu homem de sonho era mais ou menos assim:
- Um sorriso lindo. Espontâneo e genuíno de preferência com um toque infantil;
- Esperto, mesmo que não altamente inteligente;
- Perspicaz. Que entenda as minhas indirectas directas e as minhas metáforas complicadas;
- Que cheire bem, mesmo depois de 2h de treino (e sim, isto é possível!). Eu sou uma pessoa de cheiros, e adoro cheiros que me intoxiquem completamente, género 212 Carolina Herrera;
- Que seja responsável e ambicioso. Que saiba o que quer e que tenha um plano em como consegui-lo. Que não se deixe levar pela preguiça. Mas ao mesmo tempo que saiba ser descontraído, que se sente no passeio se for preciso, que se ria à parva com coisas estúpidas e que faça gazeta (quando e se puder fazer). Enfim...uma pessoa medianamente equilibrada.
- Que me mostre coisas que eu nunca vi antes. Desde músicas a filmes, sítios ou pontos de vista.
- Que me deslumbre com a mais simples das coisas;
- Que não se amedronte facilmente por um conversa, uma situação mais chata ou um problema mais complicado;
- Que esteja aqui sem eu ter de pedir. Porque sim, faz sentido e não queria estar em mais lado nenhum;
- Que lute por mim. Quando eu sou estúpida, quando tenho ciumes, quando faço cenas e acho que não vale a pena e me quero vir embora;
- Que saiba amenizar o meu feitio. Pôr-me na ordem quando eu abuso e ser tolerante nos dias em que entro em combustão;
- Que me fale ao ouvido e me diga coisas que nunca disse a ninguém. Que me faça sentir especial e única;
- Que tenha uns braços grandes onde eu caiba lá dentro e uns olhos transparentes que comuniquem comigo sem dizer uma palavra;
- Que saiba cozinhar e que me alimente (eu e a cozinha temos um problema eterno);
- Que seja agri-doce. Umas vezes mauzão, macho da casa, guia, fazemos à minha maneira e outras que me deixe escolher e que faça o que a princesa quer.
- Que não seja demasiado sarcástico, ou pelo menos não comigo (acho sempre que me estão a gozar e não gosto, mesmo que seja feitio).
- Que me observe, me conheça e saiba os meus detalhes;
- Que me faça arrepiar quando me toca, ou só por estar perto;
- Que não se leve demasiado a sério e se saiba rir quando as coisas parecem negras;
- Que não olhe para nenhuma das minhas amigas, jamais. Mas que, obviamente, saiba apreciar uma mulher bonita;
- Leal em qualquer situação, boa ou má;
- Que me diga sempre a verdade, mesmo que essa seja "acordei hoje e já não gosto de ti";
- Com altos valores morais, que saiba distinguir perfeitamente o certo do errado e o fácil do difícil. Mesmo que cometa erros de percurso, como toda a gente;
- Que tenha defeitos e detalhes e que eu os conheça todos e adore;
- Que saiba discutir. Que se importe em discutir, argumentar e mostrar opiniões diferentes das minhas, que me levem a parar e a ponderar sobre o facto de se calhar estar errada;
- Que goste de crianças e queira ter bébés comigo;
- Que olhe para mim sempre, daquela maneira que só as pessoas apaixonadas olham;
- Que seja decidido. "És tu quem eu quero, agora". Não há nada mais sexy;
- Que me trate sempre com o respeito, mesmo que a briga seja feia;
- Que tenha alguma coisa só dele, um desporto, um hobbie, qualquer coisa;
- Que seja um ser individual e não manipulável. Com personalidade vincada;
- Que nunca me tome por garantida, nunca ache que eu vou estar sempre aqui independentemente do que ele faça, porque as coisas não são assim;
- Que goste de ler;
- Que tenha tido a mesma educação que eu, a mesma estrutura familiar vincada e os mesmos valores bases;
- Que faça coisas só de gajo (faz parte do ser individual);
- Que saiba distinguir o essencial do acessório;
- Que seja medianamente romântico, mas não lamechas;
- Que jamais me dê um ursinhos de peluche;
- Que me faça surpresas, boas;
- Que me saiba dar o que eu preciso para ser feliz. A certeza de um amor imenso, mas alguma instabilidade, algum spice. É que eu aborreço-me facilmente.
Deve haver mais coisas...
A única expressão que me ocorre agora é: You don't need a man, you need a champion.
Pensei mesmo que sim
Que quando deixasse de fumar que iria deixar de ter bolas de coisas (não vale a pena dissecar isto!) a sair do meu pulmão.
Estava enganada. Não agravei o estado dele, mas também não o melhorei. Aparentemente, pelo menos.
Claro que Madrid e a noite da semana passada não ajudaram a festa. Acusei logo o toque.
Antes não era tão flor de estufa. Aiiiiii a idade pesa. Pesa, pesa.
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
De signo para signo
Só um outro Escorpião teria a capacidade de saber aquilo que eu não me atrevo sequer a dizer.
A R. foi incisiva. Foi ao ponto, àquele sitio onde não nos atrevemos a passear quando os outros estão a ver. Sabia o que estava a dizer. E eu, mesmo sem dizer nem ai nem ui, sabia que ela sabia.
Foi terapeutico de alguma maneira.
Feeling better!
Acho que já tinha publicado isto aqui
According to Elisabeth Kübler-Ross, when we're dying or have suffered a catastrophic loss, we all move through five distinct stages of grief. We go into denial because the loss is so unthinkable we can’t imagine it’s true. We become angry with everyone, angry with survivors, angry with ourselves. Then we bargain. We beg. We plead. We offer everything we have, we offer our souls in exchange for just one more day. When the bargaining has failed and the anger is too hard to maintain, we fall into depression, despair, until finally we have to accept that we’ve done everything we can. We let go. We let go and move into acceptance.
@ Grey's Anatomy
Ou eu não estou a sofrer uma catastrophic loss como tenho pensado ou então sou tão estranha que nem nos estágios da dor eu me consigo integrar.
É que eu acho que estou algures entre o bargain (de mim para mim, óbvio), a depression e já um bocadinho de acceptance.
Damn...não custava nada ser normal em alguma coisa!
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