Há alturas em que queiramos ou não as relações acabam.
Independentemente da razão de ter tudo chegado ao fim (tema para futuro post), há uma coisa que fica presente, durante mais ou menos tempo...a dor!
Não é um sentimento de raiva ou ódio, a dor que eu falo hoje é um sentimento calmo, uma resignação latente, um frio que sopra onde em tempos houve qualquer coisa que não se sabe medir. O amor não se mede, ninguém ama mais ou menos que o outro. Ama-se e pronto!E as pessoas perguntam se estamos bem, e aparentemente está tudo bem, afinal as coisas vão correndo, trabalho (no meu caso era faculdade ainda!), lanches com amigos, jantares de família, tudo normal! Mas quando tento olhar para trás e lembrar-me desses dias, a memoria é difusa como se houvesse um nevoeiro a cobrir esses meses, que eu nem sei quantos foram. Só me lembro de não conseguir mudar de cara, de não me conseguir rir, nem ter variações de humor (que é uma característica minha bem marcada), simplesmente não tinha reacção nenhuma! Não posso nem sequer dizer que estava mal, raramente alguém me via chorar, mas era impossível não reparar que eu também não estava bem, não havia aquela minha alegria contagiante, a palhaça mor que acha que vai sempre correr tudo bem, simplesmente ia sobrevivendo um dia depois do outro à espera que passasse!
Foi a pior altura, a que doeu mais. A calma da impotência, porque quando acaba não há nada que se possa fazer! E acreditem em mim quando eu digo - eu fiz tudo o que podia e não podia! Não deixei uma palavra por dizer, uma pergunta por fazer, um grito por dar... quem me conhece saber que eu consigo ser muito persistente, ao ponto da exaustão mesmo!
Mas agora vêm as boas noticias...afinal, é por isso que eu escrevo, não quero andar a carpir magoas no blog, não é?!?!?
A boa noticia é: ACABA!
Pelo menos aquela dor dos primeiros meses, passa. Podem ficar outras dores, a tal raiva, o ódio, outras magoas diversas e rancores, mas a pior dor, um dia desaparece sem darmos conta, assim como por artes mágicas! Um dia acordamos de manhã e aquela pessoa já não é a primeira coisa que vem ao pensamento, só lá para as 11h e que damos conta que isso aconteceu (riso na cara, "ohhh yeahhh estou a conseguir"). Noutro dia, damos conta que já passaram 3 dias sem pensar nisso, sem olhar para o telemóvel de 2 em 2 segundos, sem estar horas a olhar para o msn, sem perguntar ao amigo X, Y e Z o que é que a pessoa anda a fazer.
Como disse anteriormente, foi uma época de brumas...sei quando começou (aproximadamente), mas não sei quando acabou! Mas não é relevante para o caso, tal como não é relevante o que se sucedeu depois.
Cingindo-me apenas ao titulo do post...doí, mas passa!
Oi,
ResponderEliminarvim parar a este blog pq o nome me despertou a atenção... comecei a ler e identifiquei me com muitos dos teus posts...tou a passar por isto neste momento e ler o q escreveste ajudou.
Obrigada,
acho q vou passar a seguir c atenção!
Obrigada.
ResponderEliminarSegue sim =)