segunda-feira, 20 de maio de 2024

Dissertações

A ideia do amor foi sempre atrativa, desde que me lembro de ser gente. A minha mãe, uma romântica incurável, passou-me isso no berço. O que é só irônico, dado que esse mesmo amor a destruiu a ela e à mãe dela anos antes. 

Mas eu nunca tive medo de sentir, pelo contrario, tal adrenaline junkie, o que eu sempre mais gostei foi do rush, do não saber, da incerteza que transforma tudo em paixão e consome sem parar. O amor é magia, e a paixão sempre foi a minha porta para Narnia. 

Lembro-me que, do alto dos meus 14 anos, cheguei um dia à brilhante conclusão que depois do "eu amo-te" não havia mais nada. Lembro-me de dar voltas à cabeça a pensar no que vinha depois, e não haver nada. No happy endings, just endings. Então, mais valia nunca dizer essas palavras. E durante os anos que se seguiram, foi assim que levei a minha vida romântica. Ignorante, e sem perceber que o fazia, claro.

Mas agora, juntei a ideia da paixão com o amor, com a atração do abismo, a maturidade e as perguntas, que em olhando para trás, ficaram por responder. Da minha segurança dos quase 40 anos, eu sei porque que é que me apaixonei por quem me apaixonei, sei até porque é que não foi correspondido, sei porque é que tolerei situações intoleráveis, porque é que escolhi amar algumas pessoas mais do que a mim mesma. Sei que às vezes era mais fácil amar estranhos do que me amar a mim. Mas a pergunta que foi feita na terça feira foi: e o que é que eu tirava dai? 

Eu acredito que por mais diferentes que sejam as pessoas, os cérebros são iguais. É um órgão, estudado, e daquilo que se sabe, com comportamentos característicos, que mesmo sendo diferentes de pessoa para pessoa, são categoricamente semelhantes. E por isso, quando um psicologo me pergunta qualquer coisa, que eu nem sempre estou preparada para responder, eu sei que de alguma maneira, com aquela pergunta e insinuação, ele quer chegar a algum lado. Ou melhor, quer que eu chegue a algum lado. Faço terapia há demasiados anos para não saber... 

E portanto, o que é que se tira deste comportamento tóxicos? Sim, porque amor não correspondido é text-book mau. Como é que pode have alguma coisa que tiramos de bom/positivo ou que simplesmente gostamos, em comportamentos maus e que nos destroem no process?

E há duas coisas, talvez mais se procurar bem. A primeira é que eu nunca me sinto tão viva como quando estou apaixonada. E assumo que ninguém na realidade. A dopamina corre muito forte no cérebro e torna tudo o resto inconsequente. Independentemente de qual seja o objecto da paixão. 

A segunda é a questão da desculpa. Usei muitas vezes o amor, tal como usei o álcool, como uma desculpa para fazer o que queria. Porque era incapaz de assumir que, se calhar, não era assim tão boa pessoa como eu queria achar que era. E afinal, toda a gente percebe paixão e desculpa o comportamento dos apaixonados. Portanto, em estando apaixonada, não precisava de admitir que queria uma coisa e que ia lutar por ela doesse a quem doesse. 

Aquilo que nós somos e fazemos na realidade, e a ideia que nós próprios temos daquilo que queremos ou devemos ser, é muito diferente. E a liberdade está só em aceitar. Aceita que dói menos.

terça-feira, 14 de maio de 2024

Maxton Hall

Foram só 6 episódios de seguida ontem! 

Porque nem só de livros vive o Homem. 

Estou literalmente em ressaca da devastação que o meu ultimo livro foi. Só me apetece lê-lo outra vez, e estou a fisicamente a lutar para não o fazer. Daqui a um mês sai o próximo e posso lê-lo outra vez ai...

É estupido ler um livro duas vezes de seguida. E no entanto, este ano já o fiz mais do que uma vez. 

Damn that MotherChucker.

Pessoas na nossa vida

Há pessoas na nossa vida que tornam tudo mais fácil. 

Pensei sobre isso hoje quando deixei a C. na creche e em vez de ficar em prantos como ontem, ela ficou simplesmente bem. 

Pessoas que tratam bem as pessoas que nós mais amamos, fazem-me feliz. Enchei-me o coração de agradecimento por elas existirem e tornarem a minha vida melhor.

Tive sorte. Tive e tenho muita sorte com algumas pessoas que, apesar de não ter escolhido, fazem parte da minha vida de uma maneira ou outra. 

segunda-feira, 13 de maio de 2024

Ideias para começa a semana

Uma meditação.

Um ice bath durante 6 minutos.

Uma corrida 3x3 em zona 5.

Um duche rápido, uma roupa bonita.

Um dia de cada vez, sem medo. Faltam 6 meses para os 40!

Smut e outras coisas

Se bem se lembram (ou não!), uma das cenas mais controversas do livro "50 shades of grey" (e que eu ouvi falar mais de 10 anos antes de ler os livros), foi uma cena em que o Christian (provavelmente o primeiro homem escrito por uma mulher, que nos fez suspirar colectivamente), não querendo esperar por uma coisa tão irrelevante como o período, puxa fora o tampão e segue com a sua vida. 

Meninos, eu nasci nos anos 80 em Portugal. Dizer que o período foi tabu (e é tabu) é dizer pouco. Não se fala sobre o assunto, finge-se que não existe e acredito que a maioria de homens e mulheres, considerem simplesmente uma coisa nojenta, algo que é apenas fisiologicamente natural.

Por isso, um Christian, sem nojo nenhum, não quis nem saber. E com isso abalou as crenças com as quais fomos educados. Benza-o Deus!

Isto para dizer que estas férias conheci Ford Grant. Provavelmente dos melhores homens escritos por mulheres (claro!) de todos os tempos. E o Ford teve uma aproximação ao assunto melhor ainda; "that's what showers and dark towels are for"...assim sem mais nem menos. Com um revirar de olhos e um "oh please" é só o período.

São só homens ficcionais, they say.

Mais cenas das férias

Tenho andado num estado de calma e paz de espirito, que se pode ser descrito como "contentment". 

Pouco a pouco faço pazes com o passado, e anseio menos pelo futuro. 

Depois da dose de romances que tive nas férias e dos tempo integral com os miúdos, impossível não estar constantemente a pensar em amor.  

E bolas, eu já amei muito nesta vida! De repente percebi que não faz mal a quantidade de amor não correspondido (it sucked, of course!), mas eu amei, eu dei, eu vivi todas essas emoções de forma total. Com uns mais do que com outros, mas ainda assim...  

Costumava achar que era um defeito, uma falha minha, um problema de educação, culpa dos meus pais (claro), mas de repente já não acho que tenha sido assim tão mau. Conheci pessoas fantásticas no processo, tive experiencias que não teria de outra maneira, parti o meu coração em 1000 bocadinhos e voltei a cola-lo novamente e acima de tudo, não me arrependo. Não ha nenhum deles com quem não tenha ficado com um carinho imenso. Que é isso que sinto agora quando olho para trás. Sei exatamente porque que é que me apaixonei por cada um deles...  

Continuo, e não há quem me convença do contrario, que estamos nesta vida para sentir. E que infelizmente não podemos só sentir coisas boas, por isso é embrace. Quando é para rir que seja as gargalhadas e quando é para chorar que seja de partir o coração.  

Porque aconteça o que acontecer, vai passar. Até morrer, tudo vai passar. E essa certeza absoluta, essa confiança, faz-me sentir no topo do mundo. 

domingo, 12 de maio de 2024

Expectations could be the mother of all f*-ups...

Esta coisa bonita de ação, pára. 

Estava a espera de diferente. Estava? Mesmo? 

Respira, medita sobre o assunto.

Vazio. Nada.

All good.


...it could, if you had more f* to give.

sexta-feira, 10 de maio de 2024

Bookations light readings


Somewhere along the way, I've come to realize I wasted a lot of years chasing a life I thought I was supposed to have. Spent a lot of time checking off milestones I thought I was supposed to reach. Achieving goals I thought were supposed to make me feel like I'd finally accomplished something. But now, I know I don't want what I'm supposed to. And there's no coming back from that.

Wild Love - Elsie Silver



There was one thing my mother had forgotten to tell me in her letter: how complicated life got when we grow up. Every year on earth added another layer of twists and drama. Life was easy when there was only black and white. It was when the line between them blurred that things got murkier.

King of Sloth -  Ana Huang

terça-feira, 7 de maio de 2024

Isso

 

About dark romance.

Which, strangely enough, is not my favorite. 

quinta-feira, 2 de maio de 2024

Isso