quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Saber o que se sente

É bom. Sei a todas as horas do dia o que estou a sentir e porquê.
Não é assim tão bom quando as minhas ultimas horas foram de mediano desespero, pessimismo e tristeza.
Sei que daqui a nada isto muda, e passa-me, mas agora só me apetece chorar.
Porque não vou ao IKEA com ele comprar coisas para a minha casa nova, porque apesar de ter uma casa nova não sei quando vou conseguir ir para lá viver, porque a incerteza é uma coisa tramada (e se demorar 20 anos a conseguir um emprego?!), porque ele está sozinho a fazer tudo e o meu coração está sozinho aqui, porque não tenho dinheiro suficiente para mandar tudo para o alto e ir-me embora de qualquer maneira (não quer dizer que o fizesse se tivesse, mas pelo menos tinha opção e assim não tenho).
E os únicos pensamentos que passam pela cabeça é como a) não sou assim tão boa, b) estou aborrecida porque não queria aqui estar, c) apetece-me zero menos dez ter reunião daqui a nada, d) ser boa a trabalhar não garante trabalho, porque as variáveis são imprevisíveis, e) se pudesse ir para casa agora sempre apanhava sol e estava com os meus irmãos a arranjar as coisas para a festa de logo, f) estou desejosa que esta nuvem passe para me sentir motivada e optimista outra vez porque estar assim não leva a lado nenhum.

O que vale é que tenho tanta consciência de tudo, é maravilhoso.

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