Uma coisa percebi, a minha transparência incomoda mais os outros do que a mim.
Quero lá saber se sabem da minha vida, dos problemas com a minha mãe, da minha opinião sobre as decisões do chefe...digo como, quando e a quem quiser ouvir, não escondo, nem finjo, não falo ao telemóvel no corredor, e não dou gargalhadas baixas.
Criticaram-me forte e feio, para o meu bem, eu acho.
Umas horas depois cheguei à conclusão que vou ter de mudar esse aspecto sobre mim.
Só porque não gosto de estar sem pontos de melhoria.
Outra coisa bastante perceptível foi a minha auto-estima, eu acho-me o máximo, foi o que concluí.
Os meus colegas do MBA acham-me o máximo menos, os meus colegas acham que não sou assim tão o máximo (situação cliché segundo as teorias em vigor), e os meus chefes, nem responderam, o que é curioso dada a nota máxima que me deram no ano passado...
O professor que analisou os resultados ficou muito preocupado com este enviesamento de percepções entre os outros e eu. Estive quase, quase para lhe explicar que o meu ultimo ano foi cheio de mudanças, ainda não totalmente percepcionadas pelos outros, e que trabalho no mesmo sitio há 7 anos, desde os 21 e que as pessoas já não vão mudar a imagem que têm minha, nem que eu me tornasse a Warren Buffett cá do sitio. Mas depois pensei que tinha que começar a exercer o "expressar menos", surgiu-me a frase: "se eu não gostar de mim, quem gostará?" e sorri-me.
Há coisas piores do que achar-me capaz.
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