sexta-feira, 11 de maio de 2012

Sometimes

Às vezes tens ideias. Às vezes calas as ideias, porque elas são demasiado más para confessar. Não quer dizer que não as tenhas, mas senão as disseres a ninguém é como se elas não existissem, como se vivessem num limbo de memorias, guardadas num espaço temporal único e sem regras. Não contas, fazes tu as tuas regras.
Às vezes as ideias desaparecem...não contas e elas esbatem-se como tinta de água, evaporam-se do ar como bolhas de sabão.
Outras vezes no entanto, tornam-se resilientes, obstinadas por natureza, a quererem vincar mesmo pelo meio das cinzas do presente ou passado, no deserto do que deveria ser e não é, e onde durante um período foi um oásis verdejante impressionante aos olhos dos outros.
Não faço ideia ainda como vai ser, mas olho complacente para a ideia. Onde ela vai estar daqui a uns dias, ou uns meses, eu não sei. Mas não me apresso pela primeira vez na vida, não me quero apressar sequer. Quero viver o hoje, aproveitar as horas deste dia a rir-me pelo desconhecido do futuro. Rejubilo com as surpresas que virão porque confio na sorte e sei que, seja como for, vai ser muito bom.

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