Às vezes tens ideias. Às vezes calas as ideias, porque elas são demasiado más para confessar. Não quer dizer que não as tenhas, mas senão as disseres a ninguém é como se elas não existissem, como se vivessem num limbo de memorias, guardadas num espaço temporal único e sem regras. Não contas, fazes tu as tuas regras.
Às vezes as ideias desaparecem...não contas e elas esbatem-se como tinta de água, evaporam-se do ar como bolhas de sabão.
Outras vezes no entanto, tornam-se resilientes, obstinadas por natureza, a quererem vincar mesmo pelo meio das cinzas do presente ou passado, no deserto do que deveria ser e não é, e onde durante um período foi um oásis verdejante impressionante aos olhos dos outros.
Não faço ideia ainda como vai ser, mas olho complacente para a ideia. Onde ela vai estar daqui a uns dias, ou uns meses, eu não sei. Mas não me apresso pela primeira vez na vida, não me quero apressar sequer. Quero viver o hoje, aproveitar as horas deste dia a rir-me pelo desconhecido do futuro. Rejubilo com as surpresas que virão porque confio na sorte e sei que, seja como for, vai ser muito bom.
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