Sinto-me no ar. Parece que estou a viver uma vida que não é a minha!
Sinto-me desconectada das pessoas, dos amigos, da família, do trabalho. Como se nada importasse, tudo fosse irrelevante e indiferente. Ir para a direita ou para a esquerda é totalmente igual, estou perdida no meio da estrada sem saber para onde ir, nem o que quero fazer.
Depois de anos a saber exactamente o que queria (ou o quê com quem), dou por mim perdida sem este sentimento. Mau ou bom, conectava-me com a terra, com alguém, dava-me uma estrada, uma direcção, um objectivo. Não faz sentido nenhum, mas é como se a ausência da paixão (não chamo amor de propósito, porque já não sei se foi) abrisse novos caminhos por onde seguir, novas pessoas, novos problemas, e eu não faço ideia do que escolher nem que decisão tomar.
Claro que o problema não é só esse lado. Há o outro lado da minha vida que também está do avesso, que não sabe o quer, sabe só e apenas o que não quer.
A confusão reina. A alienação também. Vou sentar-me e esperar. Deixar os dias passar, estudar, dar o litro...treinar. Porque o treino é das únicas coisas que ainda me mantém os pés na terra, e deixar ir.
Confio na sorte. Tenho sorte por isso.
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