quinta-feira, 21 de abril de 2011

Certo e Impecável


Não sou miúda de meios termos, nunca fui.
Ou 8 ou 80. Ou gosto, adoro, venero ou trato com indiferença que doí, sem querer, simplesmente porque não quero saber.

Ou me porto bem, mas bem, tenho a casa arrumada, deito-me cedo e faço tudo certinho ou atinjo o cumulo da bandallheira e a minha casa fica a parecer a feira de Barcelos e viro Tequillas como gente grande.

Não dou importância aos que os outros pensam de mim, alias, cada vez dou menos.

Nesta fase que estou agora então...gajos? A serio não me chateei. Não tenho paciência para me comportar como se não fosse maluca para não assustar ninguém, não tenho, estou-me nas tintas.
Ter de fingir que sou uma menina frágil e indefesa, que preciso de protecção, fingir-me pequenina porque eles gostam de miúdas pequeninas. Não. Não vai acontecer.
Porque é que temos de ser nós a criar uma aura de mistério à nossa volta, para eles acharem que nos estão a caçar? É ridículo. Eles já não "caçam" nada desde que as mulheres perceberam que tem poder de escolha. Quero este, não quero aquele. E faço o que quero, game over. Temos de criar fantasias para o ego deles não ser afectado, ter cuidado para não ferir a sua masculinidade porque eles não sabem lidar com uma miúda como igual, inseguros. No fundo tudo uma cambada de inseguros. Querem troféus em vez de companheiras, é mais fácil. Cansam-me.

Neste momento cansam-me muito. E isso quer dizer que não faço esforços, nem fretes. Sou com sou, e sou um bocado fixe até. Se isso quer dizer que vou ficar sozinha então, be it. A ultima coisa que eu quero agora é alguém a insistir para ficar na minha vida, a rir-se porque eu sou maluca e a dizer que não se vai embora na mesma, a não se assustar com os meus fritanços e a saber acalmar-me. Desses não quero. Já tenho um amigo assim e não sei como é que vou fazer outra destas, e a sério desta vez. Assusta-me um bocado.

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